quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

O VEREDICTO / THE VEREDICT (1982) - ESTADOS UNIDOS

UM DRAMA SOBRE A DECADÊNCIA E A REDENÇÃO

Frank Galvin (Paul Newman) é um advogado em fim de carreira, alcoólatra, solitário e decadente, que passa os seus dias em busca de possíveis clientes em obituários de jornais. Teve quatro casos  em três anos e perdeu todos.  Seu melhor amigo, Mickey Morrissey (Jack Warden), lhe consegue um caso aparentemente simples que poderá equilibrar novamente suas finanças: Deborah Ann Kaye, uma jovem mãe que fora condenada à vida vegetativa após a administração de uma anestesia de forma inadequada durante o parto há 4 anos, em um hospital católico em Boston, que lhe causou um choque anafilático, sofrendo lesões cerebrais permanentes e a perda de seu terceiro filho. Um caso ao que tudo indica de negligência médica.  A irmã e o cunhado de Debora desejam um ótimo acordo fora do tribunal assim como a arquidiocese que administra o hospital. Nenhuma das duas partes se mostra interessada em ir aos tribunais: a família que sabe ser um caso difícil de ganhar e o hospital que não deseja ver seu nome envolvido em escândalos.


Quando Frank visita Deborah e a vê presa a aparelhos, toma uma atitude precipitada: através do advogado sênior Ed Concannon (James Mason) é feita uma oferta de $210.000,00 (em torno de $600.000,00 nos dias atuais) e embora seja um caso típico de negociação entre as partes, Frank decide levar o caso a julgamento, sem consultar a família, confiante da vitória, pois possui um médico, Dr Gruber (Lewis J. Stadlen), que assegura poder comprovar no tribunal que a negligência ocorreu por parte dos dois médicos que estavam a frente do procedimento. E tudo começa a dar errado: o cunhado fica furioso com a recusa de Frank em não receber o dinheiro e Concannon agora deseja uma vitória contundente, que mostre a todos que pensem enfrentar o hospital futuramente que isto poderá ser um grande erro. Além disso, o julgamento é adiantado em 5 dias, seu depoente misteriosamente viaja para um local distante sem comunicação, o juiz do caso repreende Frank por sua má escolha e ainda mostra-se hostil. E uma das enfermeiras que trabalhava no hospital na época, e que preencheu a ficha de entrada da paciente, com informações cruciais, abandonou a profissão mudando para outro estado com  paradeiro desconhecido. Agora o veterano advogado enfrentará uma instituição que possui vários advogados e um forte poderio econômico.  

Em meados dos anos 70, Barry Reed, advogado americano, conseguiu cinco milhões de indenização decorrentes de um erro de diagnostico de um médico. Barry enfrentou o hospital ministrado por uma arquidiocese, um dos mais importantes advogados do ramo e aqueles que preferiam quer tudo fosse resolvido de forma amigável. Reed, posteriormente, transformou sua história em livro que se tornou um Best Seller servindo de base para o roteiro escrito pelo dramaturgo (autor teatral) e respeitado diretor de cinema David Mamet ("Jogo de Emoções" e "As Coisas Mudam"). Mas muita coisa aconteceu antes: Arthur Hiller foi originalmente contratado para dirigir, mas deixou o projeto porque não gostou do roteiro de David Mamet. Robert Redford também entrou no projeto. Depois que o escritor David Mamet entregou seu rascunho, Redford ficou desconfortável com o personagem principal alcoólatra e contratou outro escritor: o roteirista e diretor James Bridges iria escrever o roteiro do filme, e até mesmo dirigi-lo em um ponto, e acabou escrevendo vários rascunhos do roteiro. Bridges alegou ter deixado o projeto quando Robert Redford não gostara de nenhum de seus roteiros. Redford então decidiu que não queria mais fazer o filme. O projeto então foi oferecido a Sidney Lumet que leu todos os rascunhos e identificou a versão original de Mamet como aquela a ser feita. Lumet não leu o romance até depois de fazer o filme por causa do roteiro de Mamet.

O Veredicto (a escrita ainda hoje é correta, é aceito tanto veredito como veredicto) pode ser considerado mais um estudo de personagem do que uma mescla de suspense com drama / filme de tribunal. Lumet nos mostra de forma hábil a luta de um advogado contra o poder judiciário, a igreja e a instituição hospitalar. É uma luta estilo Davi contra Golias. Ao enfrentar uma corporação, ele luta também para resgatar sua vida: de um alcoólatra, para um ser humano livre do vício. O resgate de sua dignidade, a chance de provar e se provar não um fracassado, mas alguém que foi vítima de circunstâncias (um emprego perdido, um divórcio conturbado, uma injusta audiência de cassação). Seu idealismo o levou a desilusão, sendo injustamente acusado e punido e, sem perspectivas e abalado, fraquejou para o lado do álcool e do ostracismo. Frank aprendeu que normalmente igualdade e justiça não caminham juntas, mas lhe caiu nas mãos algo em que acredita poder fazer a diferença, mostrar que o dinheiro não vence tudo, em um caso que poderá lhe resgatar de uma vida que está quase perdida. E, nesse momento, surge ao mesmo tempo o amor e, novamente, o entusiasmo pela profissão.

Sidney Lumet (“12 Homens e uma Sentença”, “Um Dia de Cão”, “Serpico”, “Rede de Intrigas”, "O Homem do Prego"...) sempre saiu-se bem quando optou por focar seus filmes nas relações dos indivíduos e seus sistemas sociais, daqueles que não se adaptam as regras do jogo, sabendo criar com muita perspicácia um clima de tensão que vai crescendo aos poucos, se aproveitando das pausas, dos silêncios incorporados às cenas. Lumet nos mostra que enfrentar o poderio econômico é sempre uma das tarefas mais difíceis. Mostrado como corrupto e negligente, o sistema judiciário americano não viu com bons olhos o filme sendo divulgado em um formador de opinião tão poderoso como o cinema com juízes e advogados indo aos jornais criticar o filme. Paul Newman disse que o filme não era um ataque ao Sistema Judiciário, a Igreja ou Sistema Hospitalar. As instituições seriam um ponto de partida para o desenvolvimento de seu personagem. E o filme, que custara $12 milhões,  alcançaria uma bilheteria global de $54 milhões concorrendo a cinco prêmios da academia e não conseguindo êxito em nenhuma das categorias.  A bem da verdade, o ano de 1982 foi fértil em boas produções e O Veredicto, como os demais filmes, bateram de frente com o papa-estatuetas Gandhi (um ótimo filme) que tomou de O Veredicto os prêmios de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator. Fora outros grandes filmes que também levaram o prêmio: Melhor Ator Coadjuvante (A Força do Destino) e Melhor Roteiro Adaptado (Desaparecido, um Grande Mistério).

Quanto ao elenco, o que dizer de um filme que tem Paul Newman, James Mason, Jack Warden (um dos trios de interpretes mais respeitáveis do cinema) e Charlote Rampling nos papéis principais? Não podia dar errado. E não deu. Newman aos 58 anos foi a primeira e única escolha de Lumet. O filme foi  construído em torno do ator que o fez de um modo crível tanto na decadência quanto na redenção. Seu personagem é visto incialmente bebendo, jogando pinball, uma alma perdida e desiludida frequentando funerais em busca de clientes. Um personagem cujas probabilidades estão contra si desde o início.  Foi sua sexta indicação ao Oscar... e sua sexta derrota. Ganharia posteriormente um pelo "Conjunto da Obra" e outro com o filme "A Cor do Dinheiro". Último longa-metragem americano para um grande estúdio de Hollywood, estrelado pelo ator britânico James Mason. Mason queria trabalhar com Sidney Lumet novamente e, embora o ator tenha recebido a oferta do papel que acabou sendo interpretado por Jack Warden, Lumet não acreditava que ele quisesse fazê-lo. O ator ligou para o diretor e, quando Burt Lancaster, que deveria interpretar Concannon, desistiu, abriu o caminho para Mason. O ator brilhou no personagem de caráter duvidoso, arrogante e vaidoso que busca todos os meios de minar as possibilidades de Frank. Jack Warden fez o antigo sócio jurídico, melhor amigo de Frank e que o ajuda no caso. O filme reuniu Jack Warden e James Mason após coestrelarem "O Céu Pode Esperar" (1978). Como de hábito, Warden fez naturalmente e precisamente o que muitos atores tem muita dificuldade de fazer: um personagem crível, real para quem assiste aos seus filmes. Um ator que sempre brilhou em seus papéis, normalmente, de coadjuvantes. Warden foi o “Jurado nº 7” no filme “12 Homens e uma Sentença” de Lumet. Charlotte Rampling fez uma mulher, também alcoólatra, por quem Galvin se apaixona ao conhecê-la em um bar. Sua personagem parece sem muita importância, mas quando vemos o filme pela segunda vez já sabemos o quão importante ela será para a trama e porque trata Frank de uma maneira tão fria. O restante do elenco também é muito bom. Destaques para Joe Seneca (como o Dr. Thompson) que é desacreditado no tribunal; Milo O'Shea, interpretando um juiz obviamente tendencioso; Roxanne Hart (como Sally, irmã de Deborah); Julie Bovasso (como a veterana enfermeira Maureen Rooney) e Lindsay Crouse (como a jovem ex-enfermeira Kaitlin Costello Price). Atenção a um figurante no tribunal que se tornaria um grande ator: Bruce Wills, quando o juiz diz ao jurado principal que eles podem aumentar o tamanho do prêmio, Willis pode ser visto, atrás de Newman, sorrindo. O ator contracenaria com Newman em “O Indomável: Assim é Minha Vida” (1994).

Sidney Lumet (1924-2011) pegou situações que em outras mãos seriam previsíveis e transformou O Veredicto em um filme de alto nível. Lançado em 1982 o filme praticamente não envelheceu, pois o seu tema universal preenchido de traições e intrigas, e as grandes atuações do elenco, o tornam uma obra atemporal e indicada para todo o público. Na ótima versão original dublada, Paul Newman foi dublado pelo falecido ator Francisco Milani (1936-2005). Música de Johnny Mandel. 


Trailer:


Curiosidades (contém alguns spoilers sobre o final do filme):

Frank usa colírio para esconder a vermelhidão nos olhos causada pelo alcoolismo. De acordo com o comentário do DVD de Sidney Lumet, essa foi uma ideia do próprio Paul Newman.

Depois que o veredicto foi anunciado no filme, o diretor Sidney Lumet filmou duas versões do final. Em uma versão, as cenas finais vistas são de Frank Galvin saindo do tribunal em uma série de planos gerais, nunca vendo o que acontece depois que ele sai do tribunal. Na versão utilizada, vê-se uma sequência após ele sair do tribunal.

Embora intitulado "The Verdict", o rascunho final original do roteiro de David Mamet não continha nenhum veredicto. O produtor Richard D. Zanuck comentou que o título exigiria um ponto de interrogação nos materiais publicitários, tornando-o "O veredicto?". Foi o diretor Sidney Lumet quem convenceu Mamet a adicionar um veredicto para que o filme pudesse ter um desenlace no terceiro ato.

Dois membros do elenco - Edward Binns e Jack Warden - interpretaram os jurados nº 6 e nº 7, respectivamente, em 12 Homens e uma Sentença (1957), também dirigido por Sidney Lumet.

Frank Sinatra se ofereceu para interpretar o papel principal de Frank Galvin de graça.

Julie Christie recusou o papel de Laura Fischer.

Roy Scheider era o favorito para Frank Galvin quando o diretor Arthur Hiller estava envolvido.

Vários atores de alto nível foram considerados ou queriam papéis neste filme em virtude da força do papel central principal. Estes incluíram Dustin Hoffman, Jon Voight, Roy Scheider, Frank Sinatra, Cary Grant, Robert Redford e William Holden.

Sidney Lumet disse que se alguém tivesse lhe enviado o livro para ler antes de ele decidir dirigir o filme, ele teria dito a eles que não havia como o material do livro ser adaptado para o cinema.

Como esse drama jurídico apresenta uma mulher em estado vegetativo permanente, o filme foi feito e divulgado logo após o caso legal de Karen Ann Quinlan dos anos 1970, que estava fresco na mente da consciência pública e recentemente havia sido o assunto do 1977 telefilme "O Direito de Matar: O Caso Karen Ann Quinlan" (1977).

[Junho de 2008] Classificado em 4º lugar na lista do American Film Institute dos 10 maiores filmes do gênero "Drama de Tribunal".

O desempenho de Paul Newman ficou em 19º lugar nas 100 Maiores Performances da Premiere Magazine.

O pôster principal do filme apresentava um longo preâmbulo em língua inglesa que dizia: "Frank Galvin tem uma última chance em um grande caso. Os médicos querem um acordo, a Igreja quer um acordo, seus advogados querem um acordo e até mesmo seus próprios clientes. estão desesperados para resolver. Mas Galvin está determinado a desafiar todos eles. Ele vai tentar o caso".

Os produtores Richard D. Zanuck e David Brown compraram a versão original do livro The Verdict, de Barry Reed, por US$ 150.000. Zanuck e Brown leram o livro uma semana antes de ser publicado pela primeira vez em 1980.

O co-réu Dr. Sheldon F. Marks, MD, interpretado por um ator não creditado, é o personagem principal do filme, como obstetra/ginecologista da sala de parto, mas não fala uma única linha de diálogo durante todo o filme. Ele aparece em segundo plano durante a sessão de ensaio, e cenas de julgamento, e em close-up apenas uma vez na cena final do tribunal por menos de um segundo.

Na cena de abertura e várias cenas depois, Frank Galvin está jogando uma máquina de pinball "Saturday Night Fever" em um bar. Julie Bovasso, que interpreta a enfermeira Maureen Rooney, apareceu como a mãe de John Travolta em Os Embalos de Sábado à Noite (1977).

Depois de O Emissário de MacKintosh (1973), este foi o segundo e último filme de Paul Newman e James Mason juntos.

No romance em que o filme se baseia, a oferta recusada de $ 210.000 é referida como "Guzinta" porque o valor "vai para" três, referindo-se à taxa de contingência de Galvin.

A câmera instantânea que Frank usa é uma Polaroid SX-70 com foco manual. Foi fabricado de 1972 a 1981.

O elenco do filme inclui um vencedor do Oscar: Paul Newman, e quatro indicados ao Oscar: Jack Warden, James Mason, Charlotte Rampling e Lindsay Crouse.

Neste filme, Jack Warden (Mickey Morrissey) faz uma massagem nos ombros de Paul Newman (Frank Galvin); em O Céu Pode Esperar (1978), Warden (Max Corkle) recebe uma massagem de Joe Pendleton (Warren Beatty).

Ambos os advogados, Galvin e Concannon, se envolvem em conduta antiética pela qual ambos estariam sujeitos a cassação. Galvin recebeu uma oferta de acordo da Arquidiocese, mas nunca contou a seus clientes sobre a oferta ou perguntou se eles queriam aceitá-la. Isso é uma conduta antiética e proibida por parte de um advogado. Seus clientes revelam que seu oponente, Concannon, contou a eles sobre a oferta de acordo. Quando um advogado sabe que uma parte é representada por um advogado, o advogado está proibido de falar diretamente com essa parte na ausência de seu advogado. Concannon também se envolve em conduta antiética quando paga Laura para se aproximar de Frank e aprender sua estratégia de julgamento e segredos, o que ela faz. Essa conduta também é expressamente proibida pelo Código de Responsabilidade Profissional dos advogados.

O ator Tobin Bell (Jogos Mortais) aparece, sem créditos, como observador do tribunal.

A última sequência não estava no roteiro. Sidney Lumet idealizou a cena com Paul Newman e Charlotte Rampling, querendo mostrar que Laura estava bebendo enquanto Frank não. Newman confirmou que Frank estava bebendo café no final. Isso serve para mostrar que Frank escapou de seu inferno pessoal, enquanto Laura se meteu em um. A recusa de Frank em atender o telefonema de Laura é sua recusa em ceder aos seus antigos vícios.

A cena final, em que Charlotte Rampling tenta entrar em contato com Paul Newman por telefone, pode ter sido inspirada por uma cena semelhante no final de Julgamento em Nuremberg (1961).


Tobin Bell e Bruce Willis









Paul Newman em A Cor do Dinheiro









James Mason em Intriga Internacional








Jack Warden em Muito Além do Jardim








Charlotte Rampling em Zardoz








Joe Seneca em A Encruzilhada








Roxanne Hart em Highlander - O Guerreiro Imortal


Julie Bovasso em Os Embalos de Sábado à Noite








Cartaz:












Filmografias Parciais:

Paul Newman  (1925–2008) 







O Cálice Sagrado (1954); Marcado pela Sarjeta (1956); O Mercador de Almas (1958); Gata em Teto de Zinco Quente (1958); Paixões Desenfreadas (1960); Exodus (1960); Desafio à Corrupção (1961); O Indomado (1963); Caçador de Aventuras (1966); Hombre (1967); Rebeldia Indomável (1967); Butch Cassidy (1969); Meu Nome é Jim Kane (1972); Golpe de Mestre (1973); Inferno na Torre (1974); Quinteto (1979); 41ª DP - Inferno no Bronx (1981); Ausência de Malícia (1981); O Veredicto (1982); Meu Pai, Eterno Amigo (1984); A Cor do Dinheiro (1986); O Início do Fim (1989); Blaze - O Escândalo (1989); Na Roda da Fortuna (1994); O Indomável - Assim É Minha Vida (1994); Estrada Para Perdição (2002)


James Mason (1909-1984)







O Castelo do Homem Sem Alma (1942); O Homem de Cinzento (1943); Amor nas Sombras (1944); Malvada (1945); Condenado (1947); A Sedutora Madame Bovary (1949); Na Teia do Destino (1949); A Raposa do Deserto (1951); O Prisioneiro de Zenda (1952); A Nau dos Condenados (1952); Ratos do Deserto (1953);Júlio César (1953); Nasce Uma Estrela (1954); 20.000 Léguas Submarinas (1954); Delírio de Loucura (1956); Intriga Internacional (1959); Viagem ao Centro da Terra (1959); Lolita (1962); O Aventureiro do Tahiti (1962); A Queda do Império Romano (1964); Gengis Khan (1965); Georgy, a Feiticeira (1966); Crepúsculo das Águias (1966); Duffy, O Máximo de Vigarice (1968); O Emissário de MacKintosh (1973); A Viagem dos Condenados (1976); A Cruz de Ferro (1977); Jesus de Nazaré (mini série - 1977); O Céu Pode Esperar (1978); Assassinato Por Decreto (1979); Resgate Suicida (1980); Assassinato num Dia de Sol (1982); Ivanhoé (1982); O Veredicto (1982); Dr. Fischer de Genebra (1984).


Jack Warden (1920–2006):  







A Um Passo da Eternidade (1953); 12 Homens e uma Sentença (1957); O Aventureiro do Pacífico (1963); Árvore da Solidão (1971); Amor Feito de Ódio (1973); Shampoo (1975); Todos os Homens do Presidente (1976); O Grande Búfalo Branco (1977); O Céu Pode Esperar (1978); Morte Sobre o Nilo (1978); O Campeão (1979); Justiça Para Todos (1979); Muito Além do Jardim (1979); Dramático Reencontro no Poseidon (1979); Amor na Medida Certa (1981); O Veredicto (1982); Alice no País das Maravilhas (1985); Mais Forte Que o Ódio (1988); O Crime Que o Mundo Esqueceu (1990); O Pestinha (1990);  O Pestinha 2 (1991); Sombras do Mal (1992); A Revolta dos Brinquedos (1992); Tiros na Broadway (1994); O Pestinha 3 (1995); Poderosa Afrodite (1995); Em Busca de um Sonho (1999); Virando o Jogo (2000).


Charlotte Rampling







Os Reis do Ié-Ié-Ié (1964); Os Turbantes Vermelhos (1967); Os Deuses Malditos (1969); O Asilo do Terror (1972); Henrique VIII e Suas Seis Esposas (1972); Giordano Bruno (1973); Zardoz (1974); O Porteiro da Noite (1974); Orca - A Baleia Assassina (1977); O Veredicto (1982); Coração Satânico (1987); Morto ao Chegar (1988); Asas do Amor (1997); O Jardim das Cerejeiras (1999); O 4º Anjo (2001); Vingança Final (2003); A Confissão (2003); Instinto Selvagem 2 (2006); A Lista: Você Está Livre Hoje? (2008); Missão Babilônia (2008); A Duquesa (2008); Melancolia (2011); Trem Noturno para Lisboa (2013); O Quarto Proibido (2015); 45 Anos (2015); O Sentido Do Fim (2017); Red Sparrow (2018).


Joe Seneca (1919-1996)







O Sequestro do Metrô (1974); Kramer vs. Kramer (1979); O Veredicto (1982); Justiça Selvagem (1984); Silverado (1985); A Encruzilhada (1986); Assassinato na Louisiana (1987); Revolução Estudantil (1988); A Bolha Assassina (1988); As Aventuras de Tarzan em Nova York (1989); Mais e Melhores Blues (1990); Mississippi Masala (1991); Malcolm X (1992); Alguém Para Dividir os Sonhos (1993); Tempo de Matar (1996)


Roxanne Hart







O Veredicto (1982); E o Céu Continua Esperando (1984); Highlander: O Guerreiro Imortal (1986); Choque Mortal (1988); Cenas De Um Assassinato (1997); Chicago Hope (seriado 1994 a 1998); Por um Sentido na Vida (2002); O Homem do Presidente 2 (2002); Cartas de Iwo Jima (2006); Salomé (2013); Deadly Lessons (2018) 


Lindsay Crouse







O Veredicto (1982); Krull (1983);  O Homem do Gelo (1984); Um Lugar no Coração (1984); Jogo de Emoções (1987); Estranhos Visitantes (1989); Horas de Desespero (1990); Segredos da Vida (1994); A Chave Mágica (1995); A Jurada (1996); A Invasão (1996); A Verdadeira História de Marilyn Monroe (1996); Prefontaine (1997); Tentação (1998); O Informante (1999); Impostor (2001); Instinto Secreto (2007); Somewhere Slow (2013)


Milo O'Shea (1926-2013)







Nas Sombras da Noite (1940); Grandes Esperanças (1946); Alucinação de Ulisses (1967); Romeu e Julieta (1968); Barbarella (1968); Escondendo a Grana (1970); Sacco e Vanzetti (1971); As 7 Máscaras da Morte (1973); Digby, o Maior Cão do Mundo (1973); O Herói do Pony Express (1977); Uma Aventura na Arábia (1979); O Veredicto (1982); Chama da Liberdade (1984); A Rosa Púrpura do Cairo (1985); Juramento Quebrado (1987); De Médico e Louco Todo Mundo Tem um Pouco (1989); Mamãe Não Quer que Eu Case (1991); Nó na Garganta (1997); O Desafio da Lei (1999)


Fontes;

The New York Times

The Guardian

Variety

BBC

IMDB

Jornal O Globo

Jornal do Brasil


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

FREUD - ALÉM DA ALMA / FREUD (1962) - ESTADOS UNIDOS


DETETIVE DO INSCONSCIENTE

Paris, 1885.  O jovem médico checo Sigmund Freud (Montgomery Clift) se encontra trabalhando em um hospital de Viena para pacientes com problemas psiquiátricos. Para desagrado do Doutor Theodore Meynert (Eric Portman), Freud aceita uma paciente com histeria e com perda dos movimentos da pernas e visão que, ao parecer de Meynert, estaria representando em busca de atenção e cuja histeria seria uma manifestação de uma mentira. Já Freud acredita que a histeria da paciente em questão seja verdadeira. As experiências de um doutor francês chamado Jean-Martin Charcot (Fernand Ledoux) colhem a atenção do jovem médico que decide ir ao seu encontro onde trava contato com a hipnose. Freud se casa com Martha (Susan Kohner). Ao regressar a Viena, apresenta-se em uma palestra a seus pares divulgando as descobertas de Charcot sendo duramente refutado por Meynert cuja plateia respeita e apoia.  Dr Joseph Breuer (Larry Parks) se apresenta a Freud e o convida a conhecer o caso de uma jovem chamada Cecily (Susannah York) que ele vem tratando em segredo com hipnose. Uma amizade surge desse contato e Freud inicia um estudo que o levará a várias descobertas através de sessões com Cecily e outros pacientes



Cinebiografia é um dos gêneros considerados mais ingratos do cinema porque precisa focalizar a vida de um personagem em torno duas horas de projeção. E surge a dúvida: o que escolher, o que destacar e o que enfatizar. Em torno desse dilema está o nosso filme em questão.  John Huston, até então mais conhecido pelo sucesso “Relíquia Macabra” / “O Falcão Maltês”, encomendou o roteiro a Jean-Paul Satre que foi ao seu encontro na Irlanda para trabalharem no desenvolvimento, mas as ideias quanto ao que levar às telas foi conflitante diante de um roteiro de 300 páginas escrito por Satre.  O script encomendado foi considerado infilmável. Huston então buscou os roteiristas Charles Kaufman e Wolfgang Reinhardt para que transformassem o material em um roteiro cinematográfico. A dupla aceitou o desafio e parte do roteiro de Satre foi utilizado, na qual este recebeu 250 mil francos, mas proibiu que seu nome aparecesse  nos créditos. O filme acabou sendo indicado a 2 Oscars: Melhor Roteiro Original e Melhor Trilha Sonora (Jerry Goldsmith). Foi um ano difícil para os concorrentes ao Oscar enfrentando “Lawrence da Arábia”. E dentro, do que seria mostrado na tela optou-se por focalizar apenas uma fase da vida de Freud (cinco anos, de 1895 a 1900).



A bem da verdade, precisamos dizer que em grande parte das vezes o cinema foi visto por olhos psicanalíticos (de forma correta ou errada é outra questão), na qual muitos alegam que este também  flertou com a psicanálise sob um lirismo exagerado. Filmes há dezenas, talvez centenas, que abordem de forma direta ou implícita o tema: "Marnie, Confissões de uma Ladra"; "Psicose"; "Vestida para Matar"; "As Três Máscaras de Eva", "Alta Ansiedade", "O Príncipe das Marés"; "O Homem Que Amava as Mulheres"; "Desejos" (1992); 'Quando Fala o Coração" ... além de filmes do filmes do diretor Ingmar Berman e Woody Allen. Por isso há aqueles que defendam “Freud - Além da Alma” como um grande filme, indicado aos que estão iniciando os estudos da mente e aqueles que alegam liberdades no roteiro que o transformam em um drama a la Hollywood. Diria que há ambos os elementos nele contidos. Se por um lado temos liberdades do roteiro como a que na vida real Freud nunca conheceu a jovem apelidada de "Anna O". (o “caso zero” da psicanálise - aqui com o nome de "Cecily"), apenas através de relatos de seu amigo e colega de profissão Josel Breuer, ou até mesmo a estranha insinuação de um relacionamento amoroso (ainda que platônico) de Freud com suas pacientes, por outro lado o filme nos mostra a descoberta dos métodos (como a "teoria do trauma") que o levaram a desenvolver suas teorias do subconsciente, assim como suas descobertas sobre o Complexo de Édipo, histeria, desejos reprimidos, sexualidade infantil... bem como quando Freud mergulha através da análise dos sonhos (que seriam fruto da atividade inconsciente do cérebro) no subconsciente de seus pacientes revelando o que se passava em pontos obscuros da mente (funcionando como uma auxiliador a trazer desejos reprimidos). Ao mesmo tempo que descobre traumas de seus pacientes e consegue algum esclarecimento (através do método da "livre associação", por exemplo), o médico descobre bloqueios que nem ele mesmo percebia possuir e memórias enterradas  a respeito de seu pai (que até então Freud nunca compreendera porque o odiava). Um dos pontos centrais do filme era a luta de Freud contra um sistema que insistia em não abraçar suas ideias, insistia em acreditar que a medicina não avançaria mais. E aqueles que ousassem apresentar "novas evidências", deviam ser imediatamente desencorajados ou até ridicularizados. Manter os preceitos acadêmicos em torno do que era aceito tinha mais validade do que incentivar  médicos a apresentarem suas pesquisas e mancharem suas reputações tão duramente conquistadas entre seus pares. 


Quanto ao elenco, não podemos deixar de destacar Montgomery Clift com uma atuação bem marcante de seu personagem. Clift, que sempre interpretou heróis vulneráveis, frágeis e ambíguos encarnou um Freud que enfrentou o meio acadêmico com suas propostas, que foi ridicularizado e que quase desistiu de suas pesquisas pela perseguição quanto ao seu trabalho. Foi o penúltimo filme do ator, que teve o rosto desfigurado em acidente de automóvel, (uns dizem que intencional, muito por causa de sua paixão não correspondida pela atriz Elisabeth Taylor, ele estava a caminho da casa da atriz quando houve o acidente). Acidente este, que lesionou o lado de sua face esquerda com um nervo cortado. Além disso, teve o nariz quebrado, esmagamento da cavidade óssea, ambos os lados do maxilar quebrados, dentes perdidos, concussão cerebral grave, deslocamento do pescoço. Cliff, depois de alguns meses se recuperou, mas a desfiguração de seu rosto. dizem, também pareceu ter atingido a sua alma. O envolvimento com o álcool (e alguns dizem, as drogas) se intensificou gradativamente. O ator faleceria aos 45 anos, em 1966, de ataque cardíaco em virtude de uma artéria coronária obstruída. Susannah York (O Homem que não Vendeu a sua Alma) deu vida a inconstante Cecily Koertner e seu caso tão difícil de ser resolvido, que nos remete aos seus traumas de infância. Susan Kohner que fez a esposa de Freud, Martha, teve poucas chances em cena. David McCallum, em rápida aparição, seria lembrado pelo seriado "O Homem Invisível" nos anos 70. Eric Portman faz o descrente Dr. Theodore Meynert, opositor ferrenho às ideias de Freud com uma revelação interessante perto do fim. Larry Parks fez Dr. Joseph Breuer, médico que incentivou Freud a avançar em suas pesquisas. 


Filmado em Viena e Munique, “Freud, Além da Alma” é um bom filme, cuja fotografia em preto e branco de Douglas Silocombe agrega maior valor à obra. Pode ser visto como uma investigação existencial, uma ida ao submundo do inconsciente, de um médico (tido como o pai da psicanálise) que se dera conta de que não seria, por completo, dono de sua personalidade. Se o filme sobreviveu ao longo dos anos deve-se muito a inspirada direção de Huston (1906-1987) e a interpretação de Montgomery Clift. Apesar do ritmo um pouco mais lento no início, o filme consegue se tornar mais interesse de acordo com que os minutos avançam e o espectador se vê preso às descobertas de Freud que mudariam o mundo.


Trailer:




Curiosidades:

Montgomery Clift teve tantos problemas de saúde no set deste filme que a Universal-International o processou pelo custo dos atrasos na produção do filme. Durante o julgamento, o filme estreou e foi um sucesso tão grande que os advogados de Clift levantaram a questão de que o filme estava indo bem por causa do envolvimento de Clift. Clift ganhou um acordo lucrativo.

Robert LaGuardia, em sua biografia de Montgomery Clift "Monty", de 1988, afirmou que o diretor John Huston, que tinha sentimentos paternalistas em relação a Clift depois de dirigir o ator alcoólatra e emocionalmente perturbado em "Os Desajustados" (1961), tornou-se sádico em relação a ele durante o conturbado "Freud". Baseando suas acusações em entrevistas com a co-estrela Susannah York, LaGuardia afirmou que Huston continuou perguntando a Clift sobre o conceito freudiano de "repressão", obviamente aludindo à homossexualidade reprimida de Clift.

Aparentemente, o próprio Huston não conseguia abordar a ideia de que "Monty" (Montgomery Cliff) seria homossexual em sua própria mente, mas, inconscientemente, ele reagiu à homossexualidade de "Monty" de forma bastante negativa. (Marilyn Monroe advertiu "Monty" para não trabalhar com Huston novamente, achando-o um sádico no set de " Os Desajustados". Seu ex-marido Arthur Miller, por outro lado, não culpou Huston em sua autobiografia "Timebends", mas em vez disso, ficou maravilhado com a forma como ele manteve a calma durante as filmagens de "Os Desajustado", que também foram problemáticas devido à doença mental de Marilyn Monroe e às frequentes ausências do set.) O biógrafo de Monty achava que Huston ainda tinha sentimentos paternalistas em relação ao ator, mas estava subconscientemente chocado com a homossexualidade de seu "filho substituto"; assim, ele começou a torturá-lo no set, insistindo em retomadas desnecessárias e que ele realizasse suas próprias acrobacias, como subir em uma corda. Apesar dos muitos problemas de Monty, ele sempre provou ser profissional e deu o máximo que pôde.

Elementos da partitura de Jerry Goldsmith foram reciclados por Ridley Scott para Alien - O 8º Passageiro (1979).

O filme rendeu a Jerry Goldsmith a primeira de suas 18 indicações ao Oscar.

A certa altura, perguntam a Freud quantos anos ele tem e ele responde 30. Montgomery Clift tinha 42 anos quando fez este filme.

O roteiro original de Jean-Paul Sartre para o filme teria uma duração de cinco horas. John Huston exigiu algumas reescritas com o roteiro revisado resultante totalizando oito horas de duração.

John Huston queria lançar Marilyn Monroe em Freud como Cecily Koertner. Horrorizado com o fracasso financeiro de Os Desajustados (1961), o presidente da 20th Century-Fox, Spyros P. Skouras, recusou-se a emprestá-la a Huston para o filme, e o papel foi para Susannah York.

A personagem de Cecily (interpretada por Susannah York) é uma composição de vários pacientes da vida real de Sigmund Freud.

John Huston queria que Marilyn Monroe fizesse o papel de Cecily, mas a filha de Freud, Anna Freud, expressou sua infelicidade por ter membros de sua família sendo retratados no filme. Isso deu a Monroe a opção de exclusão que ela procurava, pois não desejava trabalhar com Huston novamente.

John Huston afirma em sua autobiografia que Susannah York não era uma atriz muito fácil de se trabalhar. De acordo com Huston, ela foi arrogante com a equipe e se recusou a fazer várias cenas, de modo que o gerente de produção teve que ligar para seu agente e pedir-lhe que argumentasse com ela. A versão dos eventos de York é diferente, assim como a de Robert La Guardia.

A última apresentação de cinema desta época de Susan Kohner.

John Huston fornece a narração.

Alguns relatos da filmagem sugerem que a versão preferida de John Huston deste filme durou aproximadamente 170 minutos, mas que a Universal, muito preocupada com seu apelo limitado de bilheteria, o persuadiu a reduzir o tempo de execução para 140 minutos. Isso explicaria vários atores conhecidos ligados ao filme, como Allen Cuthbertson e Moira Redmond, aparecendo apenas por alguns segundos ou nem aparecendo. O filme ainda não era muito popular com o público pagante em 140 minutos e, para exibições no Reino Unido, o filme foi reduzido ainda mais para 120 minutos e recebeu o subtítulo absurdo de "The Secret Passion" ("A Paixão Secreta").

Montgomery Clift causou tantas dificuldades durante as filmagens que John Huston considerou seriamente substituí-lo por Eli Wallach.

Montgomery Clift fez apenas 17 filmes


Cartazes:






Filmografias Parciais:

Montgomery Clift (1920–1966)








Rio Vermelho (1948); Perdidos na Tormenta (1948);  Um Lugar ao Sol (1951); A Tortura do Silêncio (1953); Quando a Mulher Erra (1953); A um Passo da Eternidade (1953); A Árvore da Vida (1957); Os Deuses Vencidos (1958); Por um Pouco de Amor (1958); De Repente, no Último Verão (1959); Rio Violento (1960); Os Desajustados (1961); Julgamento em Nuremberg (1961); Freud - Além da Alma (1962); Talvez Seja Melhor Assim (1966)


Susannah York (1939–2011)







Freud - Além da Alma (1962);  As Aventuras de Tom Jones (1963); Caleidoscópio (1966); O Homem que Não Vendeu sua Alma (1966); A Noite dos Desesperados (1969); Fortaleza Proibida (1976); Superman: O Filme (1978); Reencarnação (1980); Superman II: A Aventura Continua (1980); Um Conto de Natal (1984); Querida Assassina (1987); Uma História de Amor (1988);  Visitors - Nas Profundezas do Medo (2003); O Justiceiro Mascarado (2008)


Susan Kohner







Terrível como o Inferno (1955); A Última Carroça (1956); O Crime Caminha Pela Noite (1957); Imitação da Vida (1959); O Pescador da Galiléia (1959); O Amor Tudo Vence (1961); Freud - Além da Alma (1962)


David McCallum







Almas em Agonia (1957); Na Rota do Inferno (1957); Seduzidos pela Maldade (1958); Somente Deus por Testemunha (1958); Sete Contra a Selva (1961); O Vingador dos Mares (1962); Freud - Além da Alma (1962); Fugindo do Inferno (1963); A Maior História de Todos os Tempos (1965); A Volta ao Mundo Sob o Mar (1966); Os Corruptores (1968); O Horror do Passado (1970); O Homem de Seis Milhões de Dólares: Vinho, Mulheres e Guerra (1973); A Verdadeira História de Frankenstein (1973); O Homem Invisível (seriado 1975-1976); Cães Assassinos (1976); King Solomon's Treasure (1979); Mistério no Bosque (1980); Terminal Choice (1985); Behind Enemy Lines (1985); Em Busca de Liberdade (1988); Morella: O Espírito Satânico (1990); Escute Minha Canção (1991); Pai de Aluguel (1999); NCIS: Investigações Criminais (seriado 2003 -2021)


Eric Portman (1901-1969)







O Sultão Maldito (1935); Sonata ao Luar (1937); O Príncipe e o Mendigo (1937);Invasão de Bárbaros (1941); Viagem Perigosa (1943), Um Conto de Canterbury (1944) ; A Maldição de Caim (1947); Escravo do Passado (1948);  A Máscara de Ouro (1953); Escapando do Inferno (1955); Freud - Além da Alma (1962); Apartamento de Solteiro (1963); O Homem Que Finalmente Morreu (1963); O Caso Bedford (1965); Tarefa Sinistra (1968); Vertigem (1968)


Larry Parks (1914-1975)







Asas da Glória (1942);  Vingança Frustrada (1942); Forja de Bravos (1942); Mulher Contra Homens (1942);Um Cientista Distraído (1942); lvorada Dá Alegria (1943); Sinfonia da Saudade (1943); Quando os Deuses Amam (1947);A Espada Vingadora (1948); O Trovador Inolvidável (1949); Freud - Além da Alma (1962)


Fontes:

The New York Times

Revista Cinemin

Jornal do Brasil

Jornal O Globo

IMDB