quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

PARASITA / GISAENGCHUNG / PARASITE (2019) - COREIA DO SUL




DIFÍCIL DE SE CLASSIFICAR, MAS FÁCIL DE SE ADMIRAR
(o texto contém spoilers)

Kim Ki-woo (Choi Woo-sik) e sua família vivem bem perto da pobreza, em uma casa abaixo da linha da rua, em um bairro sul coreano. Dobram caixas de pizzas para uma empresa, percorrem a pequena casa a procura de um sinal de wi-fi disponível e deixam abertas as janelas quando o bairro está sendo fumigado para assim acabar com seus próprios problemas com insetos. A vida da família está prestes a ser transformada quando um amigo do jovem viaja para os Estados Unidos a estudos e o indica para substituí-lo como professor de inglês de uma jovem de quem se apaixonara. Sem possuir os requisitos básicos, Kim muda o nome para Kevin, forja um diploma e convence a dona da casa, Sra Park (Jo Yeo-jeong), de que possui habilidades na língua começando a dar aulas para Park Da-hye (Jung Ziso) que imediatamente se apaixona por ele.



Kim percebe uma maneira de tirar sua família da incômoda situação financeira que se encontra: ele indica a irmã como se fora uma amiga, que passa a usar o nome de Jessica (Park So-dam), para ser tutora do pequeno filho de Sra Park: Da-song (Jung Hyeon-jun). Em pouco tempo a dupla consegue treinar seus pais em gestos e atitudes e estes também são empregados sem revelarem seus verdadeiros parentescos. A família parece enfim ter encontrado um paraíso, mas as coisas começam a dar terrivelmente errado.


Parasita é um filme difícil de ser classificado: começa com uma comédia / sátira, passa para uma crítica social evoluindo para o trágico, tudo de uma forma bem linear em um roteiro muito bem escrito e uma fotografia (por Kyung-pyo Hong) muito inspirada. Temos uma família que vive quase abaixo do limite da pobreza, talvez a analogia de morarem abaixo da rua. Kim Ki-woo consegue o emprego se passando por algo e alguém que não é. Ele é sorridente, bajulador, manipulador... sabe o que a Sra Park quer do novo professor e sabe dizer as palavras certas que ela deseja ouvir. Ele consegue um emprego para a irmã, ótima falsificadora de diplomas como o pai mesmo elogiara, que se passa por uma professora de artes convencendo a dona da casa  de que seu filho é um talento para as artes (qual mãe não quer ouvir isso). A Sra Park, ingenuamente,  não confere as credenciais dos jovens que astutamente conseguem mandar embora o motorista da família e colocar seu pai desempregado (o ator  Song Kang-ho) no lugar, além de mandarem a governanta (a atriz Lee Jung-eun) de anos com a família para a rua através de um vil ardil. Agora tempos filhos, pai e mãe infiltrados, parasitando aquela família para qual começaram a trabalhar. E Ki-woo & Cia conseguem cruzar o limiar para outro mundo.


O diretor Bong Joon Ho de filmes como "O Hospedeiro" e "Expresso do Amanhã" quer mostrar mais, seja através de diálogos ou situações: vemos a família rica acima, nas colinas, e a de Ki-woo vivendo em bairro pobre frente a inundações da chuva; os espaços limpos e vazios da casa do Sr Park contrastam com o apartamento sujo e apertado da família de Kim; vemos a família dobrar as enormes pilhas de caixas de pizza (em sua cozinha imunda) para ganhar uma ninharia do restaurante;   Sr Park elogia seu novo motorista por não "cruzar a linha", nesse momento podemos ver o distanciamento imposto pelas elites sociais;  os ricos sobrevivendo do trabalho dos pobres, aqui retratados na família de Kim; de certa maneira ao entregarem suas vidas a terceiros a família Park também parasita em torno da família de Kim virando quase uma simbiose, um dependendo do outro; o diretor trabalha muito bem os sentimentos que os contratados adquirem de seus contratantes: uma mistura de respeito e desprezo; outra lição que nos é mostrada é que  muitos creem que para subirem neste mundo, alguém precisa ser derrubado. Tudo para mostrar um sistema que cria, nutre e divide as pessoas em classes. E como esquecer o comentário do Sr Park quanto ao odor do pai de Kim ? - é o cheiro da pobreza em si, um comentário que dói mais na alma do que a infeliz condição social. Há muitos outros elementos contidos nessa obra e poucas linhas para dissecá-las. Interessante notarmos que numa nação mostrada como tendo excelência no ensino os jovens sonhem estudar e voltar com um diploma americano que os destaque dos demais, além de mostrar que a Coreia do Sul também possui seus contrastes sociais como qualquer outro país.


Parasita, que concorre a 6 Oscar, é um filme acima da média e não por acaso concorre ao Oscar de Melhor Filme. A história é muito interessante e os personagens envolventes. Enquanto assistimos temos a impressão de saber para a onde o filme se encaminha e o diretor  nos surpreende dando uma guinada na história ao apresentar um final bem diferente do tradicional e aí pode ser um problema: há os que gostarão e os que não se identificarão com a proposta mostrada, mas não há como ficar indiferente. Uma boa oportunidade para assistirmos a um bom filme fora do circuito hollywoodiano e europeu.

Trailer:



Curiosidades:
Primeiro filme coreano a vencer a Palma de Ouro no Festival de Cannes.

A ideia para Parasita existe desde 2015; o roteiro final foi escrito em três meses e meio.

Filmado em 77 dias.

Primeira produção coreana de Bong Joon Ho desde "Mother - A Busca Pela Verdade" (2009).

As "Pedras de Estudo" ou "Rochas da Paisagem" são conhecidas como "suseok" em coreano, têm uma história profunda no leste da Ásia. O pai do diretor os colecionou quando era mais jovem. A prática de coletar essas pedras de formas atraentes data de milhares de anos, mas elas se tornaram um elemento da sociedade coreana durante a dinastia Joseun (1392-1897), quando eram comumente exibidas nas mesas de escrita de estudiosos confucionistas - daí seu nome em inglês: "pedras de estudo".

Terceira colaboração do diretor Bong Joon Ho e do diretor de fotografia Kyung-pyo Hong. Hong também foi o diretor de fotografia do cinema coreano do ano passado em Cannes, "Em Chamas" (2018).

Para Joon-ho Bong, Parasita é uma tragicomédia que retrata o humor, o horror e a tristeza que surgem quando você deseja viver uma vida próspera juntos, mas depois se depara com a realidade de quão difícil isso pode ser.

Por causa de seu respeito e fascínio pela cinematografia em preto e branco, o diretor / escritor Bong anunciou que relançaria seu aclamado filme em apenas uma versão em preto e branco em janeiro de 2020. Esta apresentação especial de "Parasite" estava planejada para estrear em Roterdã. Film Festival, com exibição nos EUA em Nova York e Los Angeles.

Concorrendo ao Oscar nas categorias Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Filme Estrangeiro, Melhor Roteiro Original, Melhor Direção de Arte e Melhor Montagem. O elenco principal venceu  o principal prêmio do SAG Awards 2020.

Cometário de Joon-ho Bong para o filme: "Para pessoas de diferentes circunstâncias, viverem juntas no mesmo espaço não é fácil. É cada vez mais neste mundo triste que relacionamentos humanos baseados na coexistência ou simbiose não podem se sustentar, e um no meio desse mundo, quem pode apontar o dedo para uma família em dificuldades, travando uma luta pela sobrevivência e chamá-los de parasitas? Não é que eles eram parasitas desde o início. Eles são nossos vizinhos, amigos e colegas, que foram simplesmente empurrados à beira de um precipício.Como uma representação de pessoas comuns que caem em uma comoção inevitável, este filme é: uma comédia sem palhaços, uma tragédia sem vilões, todos os principais a um emaranhado violento e a mergulhar de cabeça nas escadas. Todos estão convidados para esta tragicomédia incontrolável e feroz ".

A música que toca em segundo plano quando os Kims se apossam da casa de Park é "In ginocchio da te", de Gianni Morandi. Na década de 1960, Morandi era uma estrela nos filmes italianos do "musicarello": geralmente era um gênero de comédia, focado nas diferenças entre classes pobres e ricas, assim como Parasite.

 
Cartazes: 



















terça-feira, 28 de janeiro de 2020

O IRLANDÊS / THE IRISHMAN (2019) - ESTADO UNIDOS





"NO FIM DO JOGO, O REI E O PEÃO VOLTAM PARA A MESMA CAIXA"

O Irlandês conta a saga de Frank “The Irishman” Sheeran, um veterano da Primeira Guerra Mundial que trabalha como motorista de caminhões na Pensilvânia. Ao encontrar por acaso Russell Bufalino (Joe Pesci), um poderoso mafioso, sua vida muda completamente: Frank é arregimentado pela máfia para "executar trabalhos". Graças a sua eficiência e sua habilidade de seguir ordens sem questionamentos passa a ser querido por Bufalino que com o passar do tempo o apresenta a um dos homens mais poderosos da época: Jimmy Hoffa (Al Pacino) um político perspicaz e chefe de um dos maiores sindicatos dos Estados Unidos, cujas ações envolvem usar o dinheiro da Máfia em seus fundos. De temperamento dificílimo, Hoffa só faz o que quer, mas simpatiza com Frank e o transforma em um eventual guarda-costas e até líder sindical. O destino começa a dar uma virada quando o Clã Kennedy sobe ao poder: John Kennedy é eleito presidente e Bobby Kennedy, procurador, que passa a perseguir mafiosos e o corrupto Hoffa. Ao sair da prisão, Hoffa bate de frente com o sindicato do crime, fazendo barulho e mostrando que não acatará ordens de ninguém. Bufalino pede que Frank use sua influência e mude o comportamento de seu patrão e amigo antes que a própria Máfia tome uma providência.



Adaptado pelo roteirista Steve Zaillian ("A Lista de Schindler") do livro (2004) de Charles Brandt “I Heard You Paint Houses” ("Eu ouvi que você pinta casas") é um apanhado da vida de Frank durante décadas, cujo envolvimento no desparecimento de Hoffa (em 30 de julho de 1975) nunca foi realmente provado, mesmo que o próprio tenha reivindicado participação no incidente. Scorsese volta a um tema em sua extensa filmografia que lhe é muito familiar: A Máfia americana. Quem não se lembra de "Os Bons Companheiros" (1990), "Cassino" (1995) e "Os Infiltrados" (2006)? 


A pergunta que se faz é? O Irlandês é bom? O tema ainda é capaz de segurar na poltrona de casa (é uma produção da Netflix lançada nos cinemas) o espectador durante 3h29min? E as 10 indicações ao Oscar são realmente justas? Pode ser considerado favorito? Perguntas que merecem algumas considerações.



Primeiro temos que entender que mesmo que o diretor despeje uma série de informações, voltando a narrativa para flashbacks e avançe para nos mostrar um Frank envelhecido, usando sem parcimônia o recurso do dissolve editing (transição gradual de uma imagem para outra), seu interesse principal aqui não está nos fatos (ainda que abundantes), mas em sentimentos. Alguns exemplos: a relação de Bufalino com Frank; a relação de Frank com Hoffa; de Hoffa com Bufalino; a relação da filha de Frank com o Pai, com Hoffa e com Bufalino, além de outros personagens que surgem e desaparecem na tela. O nosso "pintor de paredes" (vocês descobrirão o porquê) é um homem sem remorsos, um assassino frio, talvez um sociopata, que na primeira guerra matava prisioneiros sem arrependimento; um homem ideal para um serviço de "limpeza", mas que se tornou incapaz de aceitar seus sentimentos. Um homem que não hesita em punir um comerciante que empurrou sua filha Peggy (e afilhada de Russell). E aí uma alusão explícita à palavra Máfia: um termo siciliano (entre várias outras especulações) que quer dizer: "non toccare ma figlia" (ou "não toque na minha filha"), segundo o jornal "The Guardian". Um homem que finge não entender as perguntas que lhe são feitas. É quase uma saga parecendo uma combinação de "Os Bons Companheiros" (com personagens mais velhos) com "Era uma Vez na América" e "Morangos Silvestres" de Bergman (a parte da estrada, a ideia da vida como uma jornada). E o apelido de "irlandês", claro, será explicado.


Muito se comenta sobre os efeitos que transformam o personagem de De Niro em um homem entre 30 a 40 anos mais novo. Foi um bom esforço, a gente até se acostuma com o efeito na tela (e isso é a parte boa), mas ainda é artificial, (o rosto meio embaçado). Parece um rosto de 40 em um corpo de 70, mas isso realmente importa no fim das contas? Scorsese também fala da inevitabilidade da vida: surge durante a projeção informações de personagens que morrerão uma década depois de várias maneiras brutais, de certa forma é uma forma de dizer que "No fim do jogo, o rei e o peão voltam para a mesma caixa"


O elenco, como se poderia esperar no filme do diretor, é um dos grandes atrativos. De Niro já fez tantos filmes com Scorsese que este nem ousou colocar um ator mais novo fazendo seu personagem, optou por rejuvenecê-lo por meios digitais e deixá-lo transitar entre as épocas. Foi uma decisão acertada, pois se a interpretação do outro ator fosse inferior o filme não funcionaria. Joe Pesci está ótimo como o mafioso calmo, moderador que sempre pensa antes de falar e um chefão sem exageros. Al Pacino rouba o filme, como seu Hoffa cheio de manias, desconfianças, irritabilidade e mandão. Realmente colocar esses três atores atuando juntos, sob a direção de um dos melhores cineastas da sétima arte, é algo para ser apreciado. Ana Paquim, que faz a filha de Frank, na fase adulta, também está ótima. Seu olhar de medo e desprezo por tudo que vê é a contra-balança na desglamourização desses personagens. Ainda temos no elenco Harvey Keitel; Ray Romano, Bobby Cannavale e um enorme elenco de apoio.



O Irlandês é um filme bem interessante: uns consideram a obra definitiva de Scorsese, outros um grande filme em sua filmografia. É um filme que também divide opiniões quanto a sua longa duração: há que tenha desistido de assistir e outros que consideram que a história para ser devidamente contada precisaria dessa metragem mais extensa. O que pode desagradar alguns espectadores é saber que as evidências oficiais não corroboram com o que foi mostrado no filme. Sempre houve muita especulação e sempre haverá muita controvérsia neste caso. Scorsese deve ter optado por pegar o que parecia mais lógico e percebeu que desta forma tinha um material de qualidade nas mãos a ser lapidado. Ganhará muitos Oscar? Hollywood gosta de produções de longa duração e o filme tem muitas qualidades, mas os concorrentes deste ano também são bem fortes

Trailer:



Curiosidades

De acordo com o prazo, antes de aceitar o papel de Russell Bufalino, Joe Pesci se recusou várias vezes a sair da aposentadoria para aparecer neste filme. Algumas fontes dizem que o número real de recusas foi de cinquenta.

Al Pacino disse que, para ele, o processo de filmagem de The Irishman era como era a filmagem de filmes na década de 1970. 

A casa que aparece no começo do filme é a mesma que aparece em Os Bons Companheiros (1990). 

O filme marca a primeira parceria entre Al Pacino e Martin Scorsese.

Martin Scorsese disse que não poderia fazer com que um estúdio de Hollywood apoiasse seu épico filme da máfia, alegando que ninguém estava mais interessado em fazer um filme com ele e Robert De Niro

Em três horas e trinta minutos, esse é o filme mais longo que Martin Scorsese dirigiu e o filme mais longo, lançado em mais de vinte anos.   

Em um ponto do filme, o personagem de Joe Pesci instrui Frank a se encontrar com "uma fada chamada Ferrie". Esta é uma referência a David Ferrie, que alguns acreditam ter participado tanto da invasão da Baía dos Porcos quanto do assassinato de JFK. Pesci interpretou David Ferrie no filme de Oliver Stone, JFK: A Pergunta que Não Quer Calar (1991).

Quando Frank Sheeran diz: "Três podem manter um segredo, se dois deles estiverem mortos", ele está citando Benjamin Franklin.

Segundo De Niro, o diretor Scorsese o procurou para um projeto "matador de aluguel envelhecido" completamente diferente, para o qual ele leu o livro sobre o irlandês como pesquisa. Posteriormente, ele convenceu Scorsese de que eles deveriam fazer essa história. 

O sétimo filme com Robert De Niro e Joe Pesci. Os outros são Touro Indomável (1980), Era uma Vez na América (1984), Os Bons Companheiros (1990), Cassino (1995), Desafio no Bronx (1993) e O Bom Pastor (2006).   

Mickey Rourke afirmou que Scorsese queria que ele aparecesse no filme, mas que Robert De Niro se recusou a trabalhar com ele como resultado de uma disputa entre ele e Rourke que se estendia até Coração Satânico (1987), onde os dois co-estrelaram juntos. Em um comunicado à Entertainment Tonight, os produtores irlandeses Jane Rosenthal e Emma Tillinger Koskoff e a diretora de elenco Ellen Lewis disseram que Rourke estava enganado e que ele nunca foi apegado ao filme. "Nunca pediram a Mickey Rourke que estivesse em O Irlandês , nem ele sequer pensou, discutiu ou considerou estar no filme", ​​dizia o comunicado. 

Martin Scoresese apontou que, enquanto os atores mais velhos eram digitalmente envelhecidos em seus rostos (e, em alguns casos, envelhecidos), ainda havia o desafio de agir fisicamente mais jovens (ou mais velhos) em sua postura, marcha e nível de energia. Scorsese afirmou que sempre se prestava atenção à idade exata dos personagens em todas as cenas, incluindo mudanças sutis de apenas alguns anos. 

O elenco inclui quatro vencedores do Oscar: Robert De Niro, Al Pacino, Anna Paquin e Joe Pesci; e um indicado ao Oscar: Harvey Keitel.

Robert De Niro e Al Pacino apareceram juntos em O Poderoso Chefão II (1974), Fogo Contra Fogo (1995) e As Duas Faces da Lei (2008). 

A quarta apresenta colaboração entre Martin Scorsese e o diretor de fotografia mexicano Rodrigo Prieto, depois de O Lobo de Wall Street (2013), The Audition (2015) e Silêncio (2016).

O padre que batiza a criança na marca das 11:50 é um verdadeiro padre católico. James Martin S.J.  

Anna Paquin tem apenas 3 linhas de diálogo.

Orçado em $159.000.000,00 Arrecadação Mundial: $961.224.000,00  

O filme transcorre entre 1949 a 2000



Filmografia Parcial:
Robert De Niro:

 








 
O Poderoso Chefão II (1973); Taxi Driver (1976); O Franco Atirador; Touro Indomável (1980); Era Uma Vez na América (1984); A Missão (1986); Coração Satânico (1987); Os Intocáveis (1987); Fuga à Meia-Noite (1988); Não Somos Anjos (1989); Os Bons Companheiros (1990); Tempo de Despertar (1990); Cabo do Medo (1991); Desafio no Bronx (1993); Cassino (1995); Sleepers - A Vingança Adormecida (1996); Cop Land: A Cidade dos Tiras (1997); Ronin (1998); Máfia no Divã (1999); Homens de Honra (2000); Entrando Numa Fria (2000); A Máfia Volta ao Divã (2002); Entrando Numa Fria Maior Ainda (2004); As Duas Faces da Lei (2008); Entrando Numa Fria Maior Ainda com a Família (2010); O Lado Bom da Vida (2012); Ajuste de Contas (2013); Um Senhor Estagiário (2015); Joy: O Nome do Sucesso (2015); Coringa (2019); O Irlandês (2019) 

 
Joe Pesci
 

 








 
Touro Indomável (1980); Era uma Vez na América (1984); Moonwalker (1988); Máquina Mortífera 2 (1989); O Casamento de Betsy (1990); Os Bons Companheiros (1990); Esqueceram de Mim (1990); JFK: A Pergunta que Não Quer Calar (1991); Meu Primo Vinny (1992); Máquina Mortífera 3 (1992); Esqueceram de Mim 2: Perdido em Nova York (1992); Desafio no Bronx (1993); Cassino (1994); Máquina Mortífera 4 (1998); O Bom Pastor (2006); O Irlandês (2019) 


Al Pacino

 










O Poderoso Chefão (1972); Serpico (1973); O Poderoso Chefão II (1974); Um dia de Cão (1975); Justiça Para Todos (1979); Autor em Família (1982); Scarface (1983);  Vítimas de uma Paixão (1989); Dick Tracy (1990); O Poderoso Chefão III (1990); Frankie & Johnny (1991); O Sucesso a Qualquer Preço (1992); Perfume de Mulher (1992); O Pagamento Final (1993);  Fogo Contra Fogo (1995); Donnie Brasco (1997);  Advogado do Diabo (1997); O Informante (1999); O Novato (2003); Contato de Risco (2003); O Mercador de Veneza (2004) 88 Minutos (2007); Treze Homens e um Novo Segredo (2007); Salomé (2013); Má Conduta (2016); O Irlandês (2019) 

Anna Paquin
 












O Piano (1993); Jane Eyre - Encontro com o Amor (1996); Amistad (1997); Ela é Demais (1999); X-Men: O Filme (2000); Encontrando Forrester (2000); A Sétima Vítima (2002); X-Men 2 (2003); A Lula e a Baleia (2005); X-Men: O Confronto Final (2006); Enterrem Meu Coração na Curva do Rio (2007); Filhos da Guerra (2009); O Coração Corajoso de Irena Sendler (2009); Cativeiro (2010); Pânico 4 (2011); Margaret (2011); X-Men: Dias de um Futuro Esquecido (2014); True Blood (seriado 2011 a 2014); O Irlandês (2019);  The Affair (seriado 2019)

Bobby Cannavale
 

 










Sombras da Lei (1996); O Colecionador de Ossos (1999); Parceiros da Vida  (seriado 1999 a 2001); O Julgamento do Diabo (2003); Dança Comigo? (2004); Nação Fast Food: Uma Rede de Corrupção (2006);  Serpentes a Bordo (2006); Dez Mandamentos Muito Loucos! (2007); Uma História de Amor (2007); Má Companhia (2008); A Promoção (2008); Segurança de Shopping (2009); Arquivo Morto (seriado 2008 a 2009); Ganhar ou Ganhar: A Vida é um Jogo (2011); Boardwalk Empire: O Império do Contrabando (2012); Parker (2013); Lovelace (2013); Blue Jasmine (2013); Annie (2014); A Espiã Que Sabia de Menos (2015); Homem-Formiga (2015); Eu, Tonya (2017); Will & Grace (seriado 2004 a 2018); Homem-Formiga e a Vespa (2018); Homecoming (seriado 2018); O Irlandês (2019); Mr. Robot: Sociedade Hacker (2017 a 2019); Superintelligence (2020); Once Upon a Time in Staten Island (2020); Blonde (2020)