domingo, 27 de agosto de 2017

O PRISIONEIRO DE ZENDA / THE PRISONER OF ZENDA (1952) - ESTADOS UNIDOS

           

BOA ADAPTAÇÃO

Rudolf Rassendyll (Stewart Granger) é um lorde inglês, em férias, que chega ao reino (fictício) da Ruritania para o coroamento de seu primo Rudolf V (Stewart Granger) que nunca vira antes e que virá a ser coroado rei. Rudolf V tem muitos inimigos que não desejam ver sua coroação, entre eles seu irmão Michael, o Duke de Strelsau (Robert Douglas) que deseja o trono. A semelhança entre os dois Rudolf é incrível e quando o futuro rei é drogado para que não compareça  à cerimônia, seu primo entra em cena, pois caso contrário seu irmão Michael, pela tradição, será o  coroado. Rassendyll faz com que tudo ocorra como previsto, mas surge algo novo: Rupert de Hentzau (James Mason), um homem ambicioso, sequestra o verdadeiro rei e planeja junto com Michael como se livrar dos dois. O “novo” rei tentará manter a coroa, resgatar o verdadeiro rei sem que ninguém perceba a troca e ainda lidar como uma súbita paixão que surgiu junto à futura esposa do rei.


Aventura de capa e espada dirigida por um cineasta bem tarimbado no assunto: Richard Thorpe e com Stewart Granger em papel duplo. O Prisioneiro de Zenda é uma adaptação do livro de Anthony Hope e a terceira versão para o cinema, a primeira a cores, sendo esses um dos vários  motivos para o seu sucesso.


A história do sósia que se passa por rei e salva o reinado dos homens maus é antiga, mas normalmente rende filmes interessantes. Esta versão de 1952 é uma das melhores porque tem um bom elenco, com um ótimo Mason como vilão, aventura, romance  e uma direção competente. Elementos a destacar não faltam: o romance entre Granger e Deborah Kerr, que estranha a mudança pra melhor em seu futuro rei e se apaixona perdidamente; o ardiloso Mason que deseja poder e dinheiro e, ao descobrir a mudança, fará de tudo para alcançar seu objetivo, a cena da dança onde o maestro para várias vezes a música e o clímax final que culmina em um ótimo duelo de espadas,  muito bem realizada, algo que o diretor sabia fazer com maestria (quem viu "Os Cavaleiros da Távola Redonda" e "Ivanhoé", ambos com  Robert Taylor, vai se lembrar).



Stewart Granger foi um dos grandes nomes de Hollywood com bons filmes como "Scaramouche" (1942) e "As Minas do Rei Salomão" (1950), conseguiu passar a impressão de que estávamos diante de duas pessoas diferentes. Deborah Kerr foi outra atriz conhecida de filmes como "O Rei e Eu" e "A Um Passo da Eternidade" fez uma princesa que não sabia que se apaixonara por um plebeu. James Mason teve também ótimos filmes no currículo como    "A Raposa do Deserto" e  "Viagem ao Centro da Terra". Granger e Kerr vinham da grande produção "As Minas do Rei Salomão". Manson e Kerr estrelaram "O Castelo do Homem Sem Alma". Esse trio conseguiu segurar o filme até o fim onde o espectador aguardava que os dois protagonistas se enfrentassem e decidissem seus destinos.


O Prisioneiro de Zenda é um ótimo filme de aventuras para se descobrir ou redescobrir. Para poder apreciar como eram feitos os filmes de aventura sem efeitos especiais: tudo suportado apenas por grandes interpretações e histórias bem conduzidas. Passatempo divertido que ainda prende a atenção.


Curiosidades:

O Nome de batismo de  Stewart Granger era James Leblanche Stewart

O Nome de batismo de Deborah Kerr era Deborah Jane Kerr-Trimmer


James Mason foi indicado três vezes ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante: Nasce Uma Estrela (1954); Georgy, a Feiticeira (1966) e O Veredicto (1982).

Deborah Kerr foi indicada 6 vezes ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante: Meu Filho (1949); A Um Passo da Eternidade (1953); O Rei e Eu (1956); O Céu é Testemunha (1957); Vidas Separadas (1958) e Peregrino da Esperança (1960). 


Filmografia Parcial:
Stewart Granger (1913–1993)

 









Galante Rendição (1944); Madona das Sete Luas (1945); César e Cleópatra (1945); Espadas e Corações (1946); Sarabanda (1948); As Minas do Rei Salomão (1950); Scaramouche (1952); O Prisioneiro de Zenda (1952); Salomé (1953); A Rainha Virgem (1953); Todos os Irmãos Eram Valentes (1953); Tentação Verde (1954); O Tesouro de Barba Rubra (1955); A Arma de um Bravo (1957);  A Última Caçada / Caçada Final (1956); A Encruzilhada dos Destinos (1956); Fúria no Alaska (1960); Sodoma e Gomorra (1962); O Espadachim de Siena (1962); Flechas Ardentes (1965); O Último Safári (1967); O Cão dos Baskervilles (1972); Os Selvagens Cães de Guerra (1978).

Deborah Kerr (1921–2007) 

 









O Castelo do Homem Sem Alma (1942); Um Estranho na Escuridão (1946); Narciso Negro (1947); Mercador de Ilusões (1947); Inverno D'Alma (1947); Meu Filho (1949); As Minas do Rei Salomão (1950); Quo Vadis (1951); Uma Aventura na Índia (1951); O Prisioneiro de Zenda (1952); Júlio César (1953); A Rainha Virgem (1953); A Um Passo da Eternidade (1953); O Rei e Eu (1956); O Céu é Testemunha (1957); Tarde Demais para Esquecer (1957); Crepúsculo Vermelho (1959); Peregrino da Esperança (1960); A Tortura da Suspeita (1961); Os inocentes (1961); O Olho do Diabo (1966); Casino Royale (1967); Movidos Pelo Ódio (1969).


James Mason (1909–1984)

 






  

O Castelo do Homem Sem Alma (1942); O Homem de Cinzento (1943); Amor nas Sombras (1944); Malvada (1945); Condenado (1947); A Sedutora Madame Bovary (1949); Na Teia do Destino (1949); A Raposa do Deserto (1951); O Prisioneiro de Zenda (1952); A Náu dos Condenados (1952); Ratos do Deserto (1953);Júlio César (1953); Nasce Uma Estrela (1954); 20.000 Léguas Submarinas (1954); Delírio de Loucura (1956); Intriga Internacional (1959); Viagem ao Centro da Terra (1959); Lolita (1962); O Aventureiro do Tahiti (1962); A Queda do Império Romano (1964); Gengis Khan (1965); Georgy, a Feiticeira (1966); Crepúsculo das Águias (1966); Duffy, O Máximo de Vigarice (1968); O Emissário de MacKintosh (1973); A Viagem dos Condenados (1976); A Cruz de Ferro (1977); Jesus de Nazaré (mini série - 1977); O Céu Pode Esperar (1978); O Céu Pode Esperar (1978);  Assassinato Por Decreto (1979); Resgate Suicida (1980); Assassinato num Dia de Sol (1982); Ivanhoé (1982); O Veredicto (1982); Dr. Fischer de Genebra (1984).

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