sexta-feira, 30 de novembro de 2018

DRÁCULA / COUNT DRACULA (1977) - REINO UNIDO



TIDA COMO A PRODUÇÃO MAIS FIEL AO LIVRO

O inglês Jonathan Harker (Bosco Hogan) vai a Romênia levando documentos de uma nova propriedade a um conde chamado Drácula que prepara sua mudança para a Inglaterra. Jonathan é recebido pelo Conde em um castelo soturno, na qual seu anfitrião só aparece à noite e curiosamente não há serviçais. Tudo começa a ficar complicado quando o conde lhe pede que permaneça mais um mês no castelo a fim de aprender melhor o idioma inglês, lhe pedindo, posteriormente, que escreva uma carta para sua família e para a noiva Mina (Judi Bowker) informando de sua partida do castelo e já estando no caminho de volta.




Drácula (Count Dracula no original) foi uma produção da rede BBC londrina que muitos apontam como a mais fiel do livro de Bram Stoker de 1897. Pode ser a versão mais fiel, mas não necessariamente segue exatamente o livro, que narra a história pelos olhos dos personagens. Aqui temos uma atmosfera bem interessante com um Drácula bem estruturado: não é sanguinolento, mas possui arrogância e um ar de maldade sempre presente em palavras e atos. Por ser uma produção para a Tv da época (mas que, em determinadas cenas, me fez perceber que já havia assistido em VHS ou tv há mais de 3 ou 4 décadas, principalmente a cena como uma personagem é morta com uma estaca deitada em um caixão) para o público moderno, o filme, em seus efeitos, soará como antiquado. Na verdade para a década de 70 pode ter até provocado certo medo, apesar de que esses efeitos considero completamente supérfluos (Imagens sobrepostas e negativas com imagens em preto-e-branco junto a tons vermelhos claros). Como foi exibido na Inglaterra, na primeira vez, em formato de mini-série, devia ser o momento em que o filme dava a pausa para o "outro capítulo".




Louis Jordan (007 Contra Octopusssy)  faz um drácula mais instigante, com aquele ar de malevolência, prepotente e intimidador. Sua composição para o personagem ficou ótima. Mas quem se destaca é Frank Finlay como Van Helsing. O ator talvez seja o melhor que interpretou o personagem: simples e seguro na interpretação bem diferente de outros atores que exageravam e quase teatralizavam suas performances. A perfeita química entre Louis Jourdan e Frank Finlay é um dos motivos para assistirmos esta produção. Claro que muitos hão de preferir a dupla Lee e Cushing ou os Dráculas de Lugosi ou Frank Langella. Outro que dá show em cena é Jack Shepherd, como o enlouquecido Renfield, o servo de poderoso vampiro, internado em uma instituição psiquiátrica. Judi Bowker (que pode ser vista nos filmes "Fúria de Titãs" ou "Irmão Sol, irmã Lua") fazendo a noiva de Jonathan e que entra na mira do feroz vampiro também está muito bem.




Drácula tem algumas liberdades (como Lucy e Mina serem irmãs), algo comum no gênero cinematográfico, mas tem um bom clima, bons atores e um roteiro bem coeso com direito a névoas, caixões, espelhos sem reflexo, alho, estacas, as “noivas” de Drácula, lobo e marcas de caninos nos pescoços. Algo que Drácula de Copolla (que criou uma origem para Drácula) melhoraria anos depois. O senão fica pelos (poucos) efeitos que envelheceram bem com os anos. Se o espectador assistir a produção com os olhos setentistas poderá apreciar essa produção da BBC que se encontra disponível no You Tube e que lá fora foi lançada em DVD por ser bem mais conhecida e apreciada. Pode não ser o melhor do gênero, mas prende do início ao fim.
 
Curiosidades:
Louis Jourdan faleceu de causas naturais

Frank Finlay foi indicado ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por “Othello” (1965). Faleceu em decorrência de insuficiência cardíaca



Filmografia Parcial:
Louis Jourdan (1921–2015)

 











Agonia de Amor (1947); Carta de uma Desconhecida (1948); O Pintor de Almas (1948); A Sedutora Madame Bovary (1949); A Vingança dos Piratas (1951); Brincando de Ciúmes (1953); O Cisne (1956); Julie (1956); Gigi (1958); A Vingança de Monte Cristo (1961); Leviathan (1962); Amante à Italiana (1966); O Jovem Rebelde (1967); Fear No Evil (1969); The Great American Beauty Contest (1973); O Conde de Monte Cristo (1975); Drácula (1977); O Monstro do Pântano (1982); 007 Contra Octopussy (1983); As Damas de Beverly Hills (1986); Esquadrão da Morte (1988); A Volta do Monstro do Pântano (1989); O Ano do Cometa (1992)

Frank Finlay (1926–2016) 

 









A Solidão do Corredor de Fundo (1962); A Lei dos Facínoras (1963); Névoas do Terror (1965); Othello (1965); O Golpe do Século (1967); Inspetor Clouseau (1968); As Sandálias do Pescador (1968); Ver-te-ei no Inferno (1970); Cromwell, O Homem de Ferro (1970); Os Três Mosqueteiros (1973); A Vingança de Milady (1974); Selvagens Cães de Guerra (1978); O Fabuloso Ladrão de Bagdá (1978); Assassinato Por Decreto (1979); O Retorno do Soldado (1982); Força Sinistra (1985); A Volta dos Mosqueteiros (1989); Mansão Macabra (1992); Stalin (1992); Férias Malucas (2001); O Pianista (2002); A Confissão (2003);

Judi Bowker

 











Irmão Sol, Irmã Lua (1972); Dr. Jekyll and Mr. Hyde (1973); Drácula (1977); Fúria de Titãs (1981); O Declínio dos Anos Dourados (1985); Anna Karenina (1985); 10 Arenas of Marwood (2011); Tales of Albion (2016)


Jack Shepherd












O Último Refúgio (1971); Drácula (1977); Fuga de Sobibor (1987); Murderers Among Us: The Simon Wiesenthal Story (1989); Luta Decisiva (1990); Objeto do Desejo (1991); Fuga de Absolom (1994); Encontros e Desencontros (1999); A Força de uma Paixão (2000); Férias Malucas (2001); Charlotte Gray - Uma Paixão sem Fronteiras (2001); A Rainha da Era do Bronze (2003); Um Único Homem (2006); A Bússola de Ouro (2007); O Julgamento de Deus (2008); Tempos de Tormenta (2009); Greyhawk (2014)

terça-feira, 27 de novembro de 2018

BOHEMIAN RHAPSODY / BOHEMIAN RHAPSODY (2018) - REINO UNIDO / ESTADOS UNIDOS



VIVENDO SOBRE SUAS PRÓPRIAS REGRAS

1985. O grupo Queen se apresenta no concerto beneficente Live Aid tornando-se um dos momentos mais marcantes para a banda e o próprio evento. 15 anos antes, o jovem Zanzibari Farrokh Bulsara (Rami Malek) começa a sua vida musical ao lado de Roger Taylor (Ben Hardy),  Brian May (Gwilym Lee) e  Deacon (Joseph Mazzello) formando um dos grupos musicais mais carismáticos de todos os tempos, o "Queen", cujo vocalista, com uma vida bem conturbada, envolveu-se em escândalos até sua morte em 1987.


Bohemian Rhapsody foi uma produção cercada de problemas:  o ator Sacha Baron Cohen ("Borat") caiu fora esperando que o filme fosse mais fundo na abordagem da vida do vocalista (outros dizem que o motivo foi Brian May).  O cineasta Bryan Singer (Franquia "X-Men") foi demitido duas semanas antes do término das filmagens por estar cuidando da mãe doente e após uma briga com o ator Rami Malek, que o vinha criticando pelos constantes atrasos. Dexter Fletcher, que havia sido cotado anteriormente para a função, assumiu e foi em frente. Ainda que Singer não conste nos cartazes, ele aparece nos créditos. Regras do meio. Mas a produção continha bons ingredientes:  o produtor Graham King ("Traffic'; "Os Infiltrados"; "Diamante de Sangue"; "Argo"; "Tomb Raider: A Origem' ...) com boa experiência no ramo. E o roteiro, a mola mestra de qualquer filme, foi feito a duas mãos: Peter Morgan (indicado ao Oscar por "A Rainha" e "Frost/Nixon") e Anthony McCarten (de "A Teoria de Tudo" e "O Destino de uma Nação"). Um projeto de 10 anos entre sair do papel e ser filmado. Então o filme foi lançado.


A produção veio cercada de muitas críticas, mas surge aquela pergunta: o quanto isso é relevante ao espectador? Quem vai ao cinema prefere um olhar analítico ou um olhar mais fronteiriço ao seu? sabemos que críticas destroem filmes na estreia e, as vezes, ironicamente, até os promove.  Em duas semanas após a estreia, a obra já arrecadava US$ 294 milhões mundo afora. E aí entra outra discussão: os produtores alegam que seu projeto não é um documentário, então "licenças poéticas" são um recurso válido para uma melhor dramatização, leia-se, emocionar o espectador (coincidentemente, minha análise anterior "Todo o Dinheiro do Mundo" toca neste aspecto), por isso Bohemian Rhapsody homenageia grandemente a Mercury, mas alcança raramente ao mesmo Mercury.


Há os ponto negativos? sim:  Rami Malek aparece com uma prótese dentária que se destaca mais do que a constituição óssea do verdadeiro artista; o filme foge dos escândalos ou os minimiza; há uma distorção na história para fazer do concerto do Live Aid um clímax ; a relação entre Mercury e Jim Hutton, que permaneceu com o cantor até sua morte, foi reduzida drasticamente. E algumas situações não ocorreram como descritas no filme: como Mercury entrou para a banda, a separação dos membros e como conheceu Jim, por exemplo.


Há os pontos positivos? sim: descobrimos como surgiram as músicas (a batida de) “We Will Rock You” ou (o baixo para) “Another One Bites the Dust”, "Love of  My Life" e a canção de 5 minutos e 54 segundos de duração que dá o título ao filme; a não abordagem dos escândalos ou a sua minimização (contraditório, né?); seu relacionamento com Mary Austin (Lucy Boynton);  as músicas apresentas quase em formato de medleys;  a poderosa e magnética representação de Rami Malek (duas vezes indicado ao Globo de Ouro pela série "Mr. Robot"); "....Galileo, Galileo, Figaro ... Bismillah” (se você viu entenderá); Mercury nascera em Zanbibar e Malek no Egito fazendo mais sentido um ator do oriente mesmo que um pouco mais franzino e o fato do guitarrista Brian May e o baterista Roger Taylor, da própria banda, assinarem também como produtores do filme em uma trilha sonora excelente


Quanto ao elenco a poderosa interpretação de Rami Malek vale a entrada, aliado a um time de bons atores:  o trio  Ben Hardy (como Roger Taylor), Gwilym Lee (como Brian May) e  Joseph Mazzello (como Deacon) estão muito bem, assim como Lucy Boynton (de "Sing Street: Música e Sonho")  fazendo a doce Mary Austi;  Aaron McCuskey (da série "Fortitude") como Jim (pouco utilizado no filme); Paul Prenter (Allen Leech), quem mais se aproxima de um vilão e Mike Myers, sob uma maquiagem, fazendo o engraçado figurão da indústria.

Bohemian Rhapsody é um filme, conceitualmente, muito bem realizado. Peca por não seguir fielmente determinados fatos, mas usa, como já dito, sua "licença poética" com uma eficiência que o torna dinâmico do início ao fim. Quem for atrás de escândalos da vida do falecido cantor pode se decepcionar, ainda que o filme opte  em grande parte usar (acertadamente) a sutileza para tratar deste assunto. Filme para fãs e para aqueles que desejam conhecer um pouco mais da banda que quebrou as estruturas dos padrões musicais da época e um vocalista que viveu sobre suas próprias regras com músicas e apresentações memoráveis. 

Trailers:






Curiosidades (contém spoliers):
A entrevista na TV que Paul Prenter (Allen Leech) dá depois que Freddie o expulsa de sua vida é puramente fictícia.

Na vida real, Freddie Mercury não contou à banda seu diagnóstico de AIDS antes do concerto do Live Aid em 1985, e provavelmente nem tinha sido diagnosticado, pois acredita-se que ele recebeu a notícia em 1987. Ele realmente manteve sua doença escondida. por vários anos, mas quando sua aparência começou a mudar ele contou para sua banda e alguns membros da família. Antes de contar a alguém sobre seu diagnóstico, ele começou a fazer barba para esconder seu olhar esquelético e disse às pessoas que ele estava perdendo peso por estar sobrecarregado.

Embora nunca tenha sido mencionado no filme, Paul Prenter (interpretado por Allen Leech) morreu de complicações da AIDS em 1991. No mesmo ano, quando Freddie Mercury sucumbiu à doença. 

No filme, antes de tocar no Live Aid, Roger Taylor diz que faz anos desde a última vez que a banda tocou junto. Na verdade, o último show do Queen antes do Live Aid (13 de julho de 1985) foi em 15 de maio de 1985, no final do The Works Tour, menos de dois meses antes do show de caridade.  

Ray Foster (Mike Myers) pergunta a Freddie o que "Bismillah" significa. É uma frase comumente usada pelos muçulmanos antes de fazer algo e significa "em nome de Deus". É também a primeira palavra no Alcorão. 

O primeiro contato entre Freddie Mercury (Rami Malek) e Mary Austin (Lucy Boynton) no filme é quando Freddie está procurando os membros de Smile após o show e Freddie comenta sobre o casaco de Mary. Na realidade, Brian May (Gwilym Lee) conheceu Mary e Freddie a viu trabalhando na loja "Biba". Brian e Mary tinham ido a alguns encontros, mas o caso não ia a lugar algum, então Freddie expressou para Brian que ele estava interessado nela. Brian apresentou os dois e Freddie convidou-a para sair no aniversário de 24 anos do Freddie. Ela disse que não, mas Freddie persistiu e eles foram em seu primeiro encontro no dia seguinte. Quando Freddie propôs a Mary no filme, fica muito óbvio que eles acabaram de fazer sexo, ambos nus e cobertos por lençóis. Na realidade, era Natal e Freddie deu a ela uma caixa grande, e dentro daquela caixa havia uma caixa menor, e dentro daquela caixa havia uma caixa menor, e assim por diante até encontrar o anel.



O filme deixa de fora a produção da trilha sonora de 1980 para "Flash Gordon" (1980) e também "A Kind of Magic" (1986), considerada a trilha sonora não oficial de "Highlander: O Guerreiro Imortal" (1986). Mas a certa altura, "Who Wants to Live Forever" (do último álbum) é usado no filme.  

Na vida real Paul Prenter recebeu £ 32.000 ao contar a história, para o jornal "Sun". A história durou vários dias e incluiu títulos como "All the Queen's Men". Depois de vender a história, ele realmente tentou ligar para Freddie e alegou que a imprensa estava perseguindo ele, mas Freddie se recusou a falar com ele. Prenter morreu de AIDS três meses antes de Freddie, e é referido como Judas por alguns fãs por suas ações. 

O personagem chamado Ray Foster (Mike Myers) nunca existiu na realidade, sendo uma composição de várias pessoas, além de uma licença dramática. Seu nome é baseado em Ray Featherstone, que, embora expressasse dúvidas sobre a duração da música "Bohemian Rhapsody", geralmente apoiava a banda. 

Na vida real, os olhos de Freddie Mercury eram castanhos, mas no filme Rami Malek não usa lentes para combinar com os olhos do falecido Freddie, ao invés disso, mostra seus próprios olhos verdes. 

Queen gravou e lançou vários outros álbuns com Freddie após o show Live Aid ("A Kind of Magic" em 1986, "The Miracle" em 1989, "Innuendo" em 1991 e "Made in Heaven" em 1995), até e após a morte de Mercury em 1991. No entanto, o filme não cobre esse período de tempo e, portanto, os álbuns não são mencionados e apenas duas músicas deles aparecem no filme. "The Show Must Go On" (do último álbum lançado - mas não o último álbum gravado - durante a vida de Freddie, "Innuendo"), que é tocado durante os créditos finais, e "Who Wants To Live Forever" (de "A Kind" of Magic "), que é tocado quando Freddie visita a clínica de saúde e descobre que ele é HIV positivo. 

A 20th Century Fox demitiu o diretor Bryan Singer em 5 de dezembro de 2017 por supostamente estar em desacordo com sua estrela, Rami Malek. Singer jogou um objeto no ator quando Malek reclamou para o estúdio sobre as ausências do diretor.

Em 1970, o baterista Roger Taylor foi perguntado se ele consideraria deixar Smile e se juntar a uma nova banda inglesa chamada Genesis. Ele recusou a oferta e o "Genesis" acabou contratando o jovem Phil Collins como seu novo baterista. 

Mike Myers, que interpreta Ray Foster, o produtor que "perde" o Queen, é responsável por um ressurgimento da popularidade do Queen. Myers durante a produção de "Quanto Mais Idiota Melhor " (1992) insistiu que a música que ele e seus amigos ouvem enquanto dirigem fosse "Bohemian Rhapsody". Os produtores do filme acharam que a música não seria apropriada e vetaram a ideia. Myers se manteve firme, ameaçando desistir do filme. Myers conseguiu o que queria e o filme se tornou um enorme sucesso, o que levou a música a retornar às paradas dos Estados Unidos na segunda posição.  




O cantor canadense Marc Martel empresta sua voz ao filme biográfico como Freddie. Eles usam uma mistura de sua voz e Freddie juntos, em cima de Rami Malek. Em uma entrevista, Malek disse que seu canto foi perfeitamente misturado com os de Freddie e Martel.

Sacha Baron Cohen foi a escolha original para interpretar Freddie Mercury com Stephen Frears dirigindo. Ele deixou o projeto devido a diferenças criativas com o guitarrista da banda, Brian May, e com o baterista Roger Taylor, que têm o controle sobre os direitos de música e cinema. O acordo com Baron Cohen desmoronou depois que May manifestou-se chateado após descobrir que o projeto seria apenas um filme biográfico de Mercury e não o resto do Queen. Eles não gostaram do rascunho original dos escritores Stephen J. Rivele e Christopher Wilkinson que foi considerado por Baron Cohen como um retrato historicamente preciso e ultrajante de Mercúrio que não evitava as arestas da história, incluindo seus encontros homossexuais bem documentados e promiscuidade. May foi muito negativo sobre Baron Cohen, a quem ele achava que era um ator cômico demais para fazer a história dramática de Mercury.

Há algum debate sobre quão precisa é a caracterização de Paul Prenter em relação à sua pessoa na vida real. O filme o demoniza como alguém que tentou separar a banda controlando a vida e a carreira de Freddy, e encorajando sua descida a um estilo de vida decadente que resultou em Freddy contraindo AIDS, mas há certas imprecisões históricas sobre ele no filme (tal como ele não foi demitido por Freddy depois do concerto do Live Aid ou se Freddy sabia sobre o Live Aid, independentemente de Prenter). O que é verdade é que Roger Taylor, em particular, tinha uma enorme antipatia por Prenter,  resultando em vários confrontos físicos (possivelmente violentos)  durante o tempo que Prenter estava no comando. No entanto, como Taylor foi um personagem chave na produção deste filme (ao lado de Brian May) e Prenter morreu em 1991 da Aids, então ele não é capaz de se defender, só podemos especular se ele realmente era o manipulador que o filme sugere ou se a percepção de Taylor e May dele se infiltrou no roteiro. 

Lady Gaga (nome verdadeiro Stefani Joanne Angelina Germanotta) baseou seu nome artístico na música "Radio Ga Ga". 

"Bohemian" é definido como "uma pessoa socialmente não convencional, especialmente uma pessoa envolvida nas artes". Refere-se originalmente ao povo checo, mas no século XIX Paris adquiriu o seu significado moderno. "Rapsódia" é um termo musical, mas também pode se referir a uma explosão de emoção.

Antes de Rami Malek ser escalado, Ben Whishaw (o jovem "Q" do filme "007 - Operação Skyfall") foi citado na mídia como o intérprete  de Freddie Mercury.  

Adam Lambert como motorista de caminhão. Quando Freddie (Rami Malek) entra em contato com a noiva Mary Austin (Lucy Boynton) de um telefone público, o homem à espera de um banheiro público no fundo não é outro senão Lambert. Lambert vem se apresentando com o Queen desde 2012. 

Trilha Sonora:
The Show Must Go On - Queen
Don't Stop Me Now (…revisited) - Queen
We Are The Champions (Live Aid) - Queen
Hammer To Fall (Live Aid) - Queen
Ay-Oh (Live Aid) - Queen
Radio Ga Ga (Live Aid) - Queen
Bohemian Rhapsody (Live Aid) - Queen
Who Wants To Live Forever  - Queen
Under Pressure - Queen [feat. David Bowie]
I Want To Break Free - Queen
Another One Bites The Dust - Queen
We Will Rock You  - Queen
Love Of My Life (Live at Rock in Rio Festival) - Queen
Crazy Little Thing Called Love - Queen 
Now I'm Here (Live at The Hammersmith Odeon) - Queen
Bohemian Rhapsody  - Queen
Fat Bottomed Girls (Live in Paris) - Queen
Killer Queen - Queen
Keep Yourself Alive (Live at The Rainbow) - Queen
Somebody To Love - Queen
20th Century Fox Fanfare - Queen
Doing All Right - Smile
 


Entrevista Exclusiva com Rami Malek  (Legendado)




Bohemian Rhapsody (traduzido)




Matéria completa da Globo News:



Filmografia Parcial:

Rami Malek
 

 










Uma Noite no Museu (2006); Uma Noite no Museu 2 (2009); Larry Crowne: O Amor Está de Volta (2011); Battleship: A Batalha dos Mares (2012); O Mestre (2012); A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 2 (2012); Need for Speed: O Filme (2014); Uma Noite no Museu 3: O Segredo da Tumba (2014); Papillon (2017); Bohemian Rhapsody (2018); Mr. Robot: Sociedade Hacker (seriado 2015 a 2019)

Lucy Boynton
 














Miss Potter (2006);  A Enviada do Mal (2015); Sing Street: Música e Sonho (2016); O Rebelde no Campo de Centeio: A Vida de J.D. Salinger (2017); Assassinato no Expresso do Oriente (2017); Apóstolo (2018); Bohemian Rhapsody (2018);

Gwilym Lee
 













O Turista (2010); The Last Witness (2018); Bohemian Rhapsody (2018).

Ben Hardy 












EastEnders (seriado 2013 a 2015);  X-Men: Apocalipse (2016); Homens de Coragem (2017); Bohemian Rhapsody (2018);  6 Underground  (2019);

Joseph Mazzello
 













Acima de Qualquer Suspeita (1990); Radio Flyer (1992);  Jurassic Park: Parque dos Dinossauros (1993);  Terra das Sombras (1993); O Rio Selvagem (1994); A Cura (1995);  Os Três Desejos (1995); O Mundo Perdido: Jurassic Park (1997);  Pequeno Milagre (1998); Um Presente para Helen (2004); A Rede Social (2010); G.I. Joe: Retaliação (2013);  Bohemian Rhapsody (2018)

Allen Leech
 

 










Caubóis e Anjos (2003); Através do Tempo (2009); Toque de Mestre (2013); O Jogo da Imitação 92014); Bohemian Rhapsody (2018) 


Aidan Gillen

 











Paixão Solitária (1987); The Courier (1988); Três Amigas e uma Traição (1995); Mães em Luta (1996); Mojo (1997);  A Força de uma Paixão (2000); Uma Questão de Família (2001); Bater ou Correr em Londres (2003); Blackout - Prisioneiros do Medo (2008); Despertar dos Mortos (2009); Agente C - Dupla Identidade (2012); Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge (2012); Mister John (2013);  Calvário (2014); Maze Runner: Prova de Fogo (2015); Sing Street: Música e Sonho (2016); Rei Arthur: A Lenda da Espada (2017); Game of Thrones (seriado 2011 a 2017);  Maze Runner: A Cura Mortal (2018); Bohemian Rhapsody (2018); Project Blue Book  (seriado 2019); Rose Plays Julie (2019)

Fontes:
Folha de São Paulo
Jornal do Comércio
Rolling stones
the Guardian
The NY Times
O Globo
IMDB