sábado, 3 de outubro de 2015

WARRIORS, OS SELVAGENS DA NOITE / THE WARRIORS ( 1979) ESTADOS UNIDOS





FENÔMENO POP
("o texto contém spoilers")


Cyrus (Roger Hill), líder de uma das maiores prestigiadas gangues de Nova York, os Gramercy Riffs,  convoca todas as gangues para um conclave. Cada grupo deverá comparecer sem armas e com apenas nove membros. Cleon (Dorsey Wright), líder do grupo “The Warriors” (Guerreiros na dublagem), convoca seus prediletos:  Swan (Michael Beck), Ajax (James Remar), Snow (Brian Tyler), Cochise (David Harris), Cowboy (Tom McKitterick), Rembrandt (Marcelino Sánchez) , Vermin (Terry Michos) e Fox (Thomas G Waites). O grupo sai de Coney Island (sul de Manhattan) até o Bronx. Chegando ao local, ouvem o discurso de Cyrus, no Pelham Bay Park, que explica que uma trégua e a união de todas as gangues, resultaria na tomada da cidade de Nova York, pois seriam 60.000 membros contra 20.000 oficiais das forças policiais.  Em meio a explanação, Cyrus é alvejado e morto por Luther, líder da gangue Rogues. Estes, imediatamente, colocam a culpa nos Guerreiros, mas a chegada da polícia dissipa o movimento e todos que estão no local fogem. Cleon acaba sendo morto pelo Riffs, enquanto o restante continua sua fuga da polícia sem saberem que foram acusados do homicídio. Logo a informação começa a ser divulgada através de D.J (Lynne Thipen), uma locutora de rádio (que nunca aparece, somente seus lábios) que  convoca  todos que puderem a capturarem os  “Guerreiros”,  enquanto Luther e sua gangue tentam interceptá-los e evitar que alguma pista surja contra os verdadeiros culpados.  Ao longo do caminho, o grupo enfrentará outras gangues e perceberá que a única chance de permanecerem vivos para provarem sua inocência é chegar de volta a Coney Island.


Warriors tornou-se ao longo dos anos um fenômeno pop, cultuado por gerações e que inclusive virou jogo, em 2005, pela empresa Rockstar Games. Esse talvez seja um dos filmes mais difíceis de explicar o porquê de tanto sucesso. Por isso vamos tentar dissecar alguns aspectos que o tornaram tão famoso e idolatrado.


O confronto das gangues são um dos pontos altos da trama. Os “Guerreiros” enfrentam primeiro os “Turnbull AC’s” uma gangue de Gunhill, no Bronx que se desloca em um tipo de ônibus escolar transformado, com diretos a artefatos como correntes, porretes e tacos de beisebol. A ideia é chegar até estação de trem de mesmo nome.  O segundo confronto ocorre contra os “Orphans”, uma gangue de Tremont que não foi convidada para a o encontro por ser considerada sem expressão. Os Guerreiros tem de atravessar seu território, mas o seu líder é levado a se opor. Aqui surge a figura de Mercy (Deborah Van Valkenburgh de "Ruas de Fogo") que passará a acompanhar o grupo. O terceiro enfrentamento se dá contra os “Baseball Furies”, talvez a gangue mais cultuada pelos espectadores depois dos protagonistas. Os Baseball são uma gangue de caras pintadas, em roupas de jogadores de baseball, sendo suas armas os tacos.  Sem nenhuma fala do grupo no filme é a parte que tem um dos melhores confrontos com Swan, Ajax, Cowboy e Snow. O quinto encontro ocorre com “The Lizzies”, um grupo de mulheres que convida Cochise, Vermin e Rembrandt na estação Union Square em Manhattan a se “divertirem”. O trio (houve uma separação que não vou revelar para não estragar) verá que nem tudo são flores. O sexto grupo que aparece na trama são os “Punks”, um grupo de Bowery, Manhattan, que se deslocam em patins e cujas armas são canivetes, tacos, nunchakus e punhos.  Os integrantes remanescentes do grupo de Cochise e Ajax terão um ótimo momento, com boas cenas de ação. Até o derradeiro encontro com os Rougues que os querem mortos e os “Gramercy Riffs” que procuram justiça a todo custo. Essa pluralidade de situações e personagens já torna o filme interessante, mas o seu sucesso não é apenas pancadaria. 


Em sua terceira direção, Walter Hill de filmes como: Lutador de Rua (1975); 48 Horas (1982); Ruas de Fogo (1984) ; Inferno Vermelho (1988) já mostrava como tratava seus filmes: boas doses de ação com uma estética de primeira linha. Seus personagens têm personalidade. Mesmo quando não falam tem participação na trama, ou seja, não tem ninguém “passeando” no filme. Todos têm sua função em maior ou menor escala, contribuindo para a ação. Alguns críticos reclamaram do uso de câmera lenta em determinados momentos, mas estas contribuíram de forma positiva para as cenas, inclusive com a câmera em um ponto de vista diferente do usual. Lembrou-me (sem querer fazer comparações aos diretores), o filme Comboio (1978) de Sam Peckinpah que também utilizou muito bem esses recursos (Não por acaso Hill já foi considerado com um dos herdeiros de Peckinpah). Hoje, devido ao tempo que se passou, não chama mais a atenção, mas na época foi uma ótima idéia. Em 2005 a Paramount Home Video lançou Ultimate Director's Cut, a versão definitiva do diretor, com uma nova introdução e cenas em formato de quadrinhos  


O elenco foi pinçado de atores desconhecidos, apenas Michael Beck (Swan) tinha feito um filme independente em Israel com Sigourney Weaver. Ele conseguiu o papel em “Warriors” e ela em “Alien” (cujo produtor foi Hill) após Walter tê-los assistido. James Remar (Ajax) foi escolhido por sua forte interpretação nos testes. David Patrick Kelly foi visto em uma peça. Ele, a princípio, pensou que seria um dos guerreiros, mas a ideia de Hill sempre foi tê-lo como vilão. Sua famosa frase “ Warriors ... come out to play” com suas garrafas presas entre os dedos, foi feito de improviso pelo ator, após Hill não acreditar na cena do roteiro. Fox (Thomas G Waites) não apareceu nos créditos do filme e sua morte ocorreu de forma violenta. Na verdade, foi interpretado por um dublê já que o ator teve desavenças com Hill e abandonou o filme, arrependendo-se anos depois. Waites não tinha ideia da força que o filme conquistaria, já que o estúdio tratava a produção como de baixo orçamento. Deborah Van Valkenburgh (Mercy) seria o par de Fox que seria o líder. Com sua saída, o papel passou para Michael Beck, apresentando a química que Hill desejava. Mercedes Ruehl, que faz a policial no parque, ganhou o Oscar de atriz coadjuvante por “O Pescador de Ilusões” de 1991. Deste elenco de desconhecidos à época, Michael Beck afundou em Xanadu e Reimar conseguiu trilhar uma boa carreira.


A vestimenta foi um caso à parte. Hill entregou à duas especialistas (Bobbie Mannix e Mary Ellen Winston) a concepção do visual e o que veio foi uma mistura de personagens, com visual heterogêneo, mas que trouxe a individualidade necessária a eles, permitindo que todos se lembrem de cada personagem.


O roteiro pensado por Hill seria de faroeste, mas os Estúdios queriam um filme para a juventude. O escritor Sol Yurick atuou na polícia de Nova York, nos anos 50, na área de assistência social de casos relativos a participações de gangues.  Yurick alega ter levado três semanas para escrever o livro em 1965, cuja referência era a história grega de Anabasis (O livro parece não ter sido lançado no Brasil, mas em Portugal existe como : ANÁBASE -  A Expedição dos Dez Mil. (A tradução para Anábase é "caminho para o interior"). Na concepção da história de Hill não haveriam personagens brancos, mas os estúdios perceberam que esta formação, assim como a omissão dos fatos pesados narrados no livro, funcionariam melhor comercialmente. Anábase narra a retirada dos dez mil gregos da cidade de Xenofon, um percurso da Mesopotâmia ao Mar Negro. Foram vistas também influências do clássico “Laranja Mecânica” de Stanley Kubrick e “Amor Sublime Amor”.  O escritor Sol Yurick ainda teria ido a imprensa e relatado não haver relação entre o seu livro e o filme.

















Warriors teve problemas em sua distribuição, pois tão logo de seu lançamento nos EUA houve confronto de gangues, depredação e mortes. O filme foi acusado incitar  três assassinatos: um em Boston e dois em cinemas da Califórnia. As propagandas do rádio e TV foram retiradas. Os cinemas contrataram seguranças para garantirem a exibição e a Paramount ofereceu valores compensatórios aos cinemas que tivessem seus espaços depredados. No Brasil o Jornal do Brasil, de 27 de agosto de 1996, em um artigo sobre o filme, cita a derrocada do Cinema Ricamar, em Copacabana, ao quebra-quebra ocorrido em uma sessão à meia noite do filme. Apesar de todos os incidentes já narrados, se formos observar mais criticamente, o filme fica bem abaixo da violência já da época. E se tinha seus detratores, tinha seus admiradores. Ronald Regan chegou a conversar com Michael Beck e elogiá-lo sobre sua performance, revelando ser um fã do filme.



Hill certa vez, numa entrevista, atribuiu o sucesso do filme ao fato de que foi a primeira vez que personagens de gangues não foram vistos como um problema ou distúrbio social.  A maioria mostrava estas produções em estilo de denúncia e qual seria o modo de lidar ou acabar com esses grupos. Hill mostrou-os inseridos em contexto e procurou não fazer julgamentos. A ideia central não era se iam ou não para a escola, mas como sobreviveriam no ambiente hostil do filme.


Essa fantasia sobre a violência, mesmo que carente de realismo (mas em nenhum momento apelativa), caiu como uma luva numa geração que ansiava por algo novo. E “Warriors” trouxe isso. Os críticos fizeram análises ruins sobre o filme, baseado em suas crenças e valores ou porque não compreendiam o gosto daquela geração que elegeria os Rambos e Rockys como seus símbolos de filmes de sucesso. Esse filme de gangues, mas tão distante do universo deles, deu a Hill uma concepção bem diferente do que seria nas mãos de outro diretor. O filme só possui uma arma de fogo, todo o restante é resolvido com armas brancas ou nos punhos. O interessante foi que, anos depois, uma nova geração de críticos saudou o filme como um dos grandes momentos da carreira do diretor. Talvez isso se deva ao fato de que muitas vezes uma produção precisa de tempo para ser compreendida. Se verificarmos, no Brasil, Guerra nas Estrelas e Caçadores da Arca Perdida, hoje filmes de indiscutível qualidade, foram recebidos como meras produções (claro que exibições posteriores na Tv e o advento do VHS impulsionaram sua divulgação).  Saber antecipar o que o publico gostará, com a análise técnica do momento, é algo das mais difíceis. 


Warriors não é um filme com grandes diálogos ou uma história épica. É, na verdade, e esse talvez seja seu maior mérito, ser um filme simples e direto. Diálogos simples, vilões memoráveis com poucas falas, nove heróis, ao contrário do herói solitário, ângulos de câmeras criativos (como a cena do banheiro), uso de câmera lenta no momento certo, lutas muito bem coreografadas, porém sem nenhum super-ultra-expert em artes marciais. Outra ideia que vingou foi não ter posicionado o período da ação, colocando-a no futuro, permitindo que o filme não alcançasse, com o passar dos anos, um período estabelecido. Hill transformou um filme, que deveria ser como tantos outros, em um verdadeiro objeto de culto e inesquecível para muitos.


Curiosidades:
A música "Beat it" de Michael Jackson parece uma alusão ao filme, inclusive um dos principais, ao lado de Michael, usa óculos escuros como os de Gramercy.

Dennis Gregory como Masai, líder dos Gramercy, faleceu em 1993 devido a uma pneumonia

Jery Hewitt (1949–2020) e Konrad Sheehan (ver filmografia abaixo) continuaram a carreira atuando como dublês

Lynne Thigpen (D.J) faleceu em 2003 de hemorragia cerebral aos 54 anos.


 












Paul Greco (líder dos Orphans) faleceu em 2008 de câncer no pulmão aos 53 anos.


Marcelino Sánchez (Rembrandt) faleceu em 1986 de AIDS aos 28 anos















Tom McKitterick abandonou a carreira após The Warriors e foi trabalhar na área jornalística
  

 













Em uma cena Swan esbofeteia Mercy. Esta cena custou a ida da atriz Deborah Van Valkenburgh ao hospital

Deborah Van Valkenburgh, numa cena de corrida no metrô, com o dublê de Michael Beck, sofreu uma queda e fraturou o pulso, obrigando o diretor a lhe colocar uma jaqueta para ocultar a lesão

A ideia era que Swan fosse sequestrado por uma gangue chamada the Dingos, escapando e juntando-se ao grupo no final





O personagem Vermin também morreria nas mãos das Lizzies, no roteiro original. Terry Michos ficou com o papel após o ator Tony Danza, preferido de Hill, ter aceitado o papel em "Taxi"


 
 













Cochise originalmente morreria contra os Baseball Furies



 













A inspiração para o Baseball Furies veio da paixão de Hill pelo esporte e por um dos seus grupos favoritos, Kiss



 












Kevin Bacon teria um papel que acabou não ocorrendo como membro da gangue The Dingos

Tony Scott, irmão de Riddley Scott, de filmes como  iria fazer uma refilmagem, porém suicidou-se em 2012. Tony foi diretor de filmes como Top Gun: Ases Indomáveis, Um Tira da Pesada II, Dias de Trovão, Maré Vermelha e O Sequestro do Metrô 123

Hill conseguiu Orson Welles para fazer uma narração no início do filme, mas a ideia foi recusada pelos estúdios
 
Os Warriors teriam 120 membros

Artistas que viriam a ficar famosos aparecem como extras ou em papéis pequenos: Sonny Landham (que fez o índio em O Predador) como o policial da estação e Steve James (1952-1993) da franquia "Guerreiro Americano" (com Michael Dudikoff)  era um dos Baseball Furies



 











Site de entrevistas com o diretor e elenco (em inglês):

http://www.thefader.com/2005/10/03/new-york-mythology/ 



Trailer do filme:




Por onde andam os atores:




A música In the City – Joe Walsh






Curta de 2015 onde parte do elenco reaparece com a vestimenta dos Guerreiros fazendo o percurso do filme : "Last Subway Ride Home"









Breve Filmografia:

Michael Beck:











Warriors - Os Selvagens da Noite (1979); Xanadu (1980); Blindado Mortal (1982); O Triunfo de Um Homem Chamado Cavalo (1983); O Último Ninja (1983); Um Frio Corpo Sem Alma (1985); Blackout (1985).

James Remar: 










Warriors - Os Selvagens da Noite (1979); Parceiros da Noite (1980); Cavalgada dos Proscritos (1980); Dois Tiras Meio Suspeitos (1982); A Tribo da Caverna do Urso (1986); Quadrilha da Mão (1986); De Médico e Louco Todo Mundo Tem um Pouco (1989); Drugstore Cowboy (1989); Contos da Escuridão (1990); Caninos Brancos (1991); Aliança Mortal (1991); Blink - Num Piscar de Olhos (1994); O Fantasma (1996); Mortal Kombat - A Aniquilação (1997); K-Pax - O Caminho da Luz (2001); Mais velozes, Mais Furiosos (2003); Duplex (2003); O Atirador (2007); Alma Perdida (2009); Red: Aposentados e Perigosos (2010); X-Men: Primeira Classe (2011); Django Livre (2012); Amaldiçoado (2013);  Dexter (seriado 2006 -2013);  Avatar: A Lenda de Korra  (seriado 2013 -2014); A Enviada do Mal (2015); Papa (2015); Homens de Coragem (2016); Amor Não Tem Preço (2017); O Caminho (seriado 2017 -2018); Era Uma Vez Em... Hollywood (2019); Cálculo Mortal (2020); Raio Negro (seriado 2018 -2019)

David Patrick Kelly:









Warriors - Os Selvagens da Noite (1979); 48 Horas (1982); A Morte nos Sonhos (1984); Comando Para Matar (1985); Rodas do Terror (1987); Coração Selvagem (1990); As Aventuras de Ford Fairlane (1990); Malcolm X (1992); O Corvo (1994); O Último Matador (1996); Um Adolescente em Apuros (1997) ; A Conquista da Honra (2006); De Volta ao Jogo (2014).

Deborah Van Valkenburgh 









Warriors - Os Selvagens da Noite (1979); Ruas de Fogo (1984); Síndrome do Mal (1987); Road to Hell / Ruas de Fogo 2 ( 2012); Teia de Mentiras (2013). Helstrom (seriado 2020)


David Harris









Judge Horton and the Scottsboro Boys (1976); Warriors - Os Selvagens da Noite (1979); Attica: A Rebelião Sangrenta (1980); Brubaker (1980); Marcados pela Guerra (1984); A História de um Soldado (1984); O Prêmio do Assassino (1985); Quicksilver: O Prazer de Ganhar (1986); Brincando com Fogo (1986); Beleza Fatal (1987); Cidade Terminal (1988); Escorpião Negro II (1996); James White (2015); His Dying Wish (2016)


Marcelino Sánchez (1957–1986)









Warriors - Os Selvagens da Noite (1979); 48 Horas (1982);
 

Brian Tyler 









Warriors - Os Selvagens da Noite (1979); Vamp Bikers (2013); Vamp Bikers Dos (2015)


Paul Greco (1955–2008)









Warriors - Os Selvagens da Noite (1979);  Amigos para Sempre (1981); Broadway Danny Rose (1984); Crocodilo Dundee (1086); A Última Tentação de Cristo (1988); Marcados Pelo Ódio (1989); Minha Filha Quer Casar (1991); O Pentelho (1996); O Milagre de Berna (2003)


Mercedes Ruehl









Dona Flor e Seus Dois Maridos (1976); Warriors - Os Selvagens da Noite (1979); Amigos para Sempre (1981); A Difícil Arte de Amar (1986); Malícia (1986);  A Era do Rádio (1987); Nunca te Vi, Sempre te Amei (1987); O Segredo do Meu Sucesso (1987); Quero ser Grande (1988); De Caso com a Máfia (1988) Crazy People: Muito Doidos (1990); Um sem Juízo, Outro sem Razão (1991); O Pescador de Ilusões (1991); O Último Grande Herói (1993); A Casa Mágica (2002); Power (seriado 2017 -2018); As Golpistas (2019)

Jery Hewitt (1949–2020)









Warriors - Os Selvagens da Noite (1979); A Gangue da Pesada (1979); Lobos (1981); Tempestade (1982); O Negócio é Sobreviver (1983); A Coisa (1985); Jogo Bruto (1986); Vingança Tardia (1987); Ajuste Final (1990); Malcolm X (1992); Fique Rico ou Morra Tentando (2005)


Konrad Sheehan 









Warriors - Os Selvagens da Noite (1979); A Gangue da Pesada (1979); Brubaker (1980)


Thomas G. Waites









Warriors - Os Selvagens da Noite (1979); Justiça para Todos (1979); O Enigma de Outro Mundo (1982); A Tribo da Caverna do Urso (1986); Kojak: Flowers for Matty (1990); Assalto Sobre Trilhos (1995); Sabotagem em Alpha-4 (1996); Procurado (1997); Vidas Ocultas (1999); Oz  (seriado 2001 -2003); The Savant (2019); 6:45 (2021)


Dorsey Wright









Warriors - Os Selvagens da Noite (1979); Hair (1979); Na Época do Ragtime (1981); Um Hotel Muito Louco (1984); Vamp Bikers (2013);  Vamp Bikers Dos (2015)


Terry Michos









Warriors - Os Selvagens da Noite (1979); Violência na Cidade (1980); The Tragedy of Romeo and Juliet (1982); Shout for Joy (1983)


Sonny Landham (1941–2017)









Sylvia (1977); Warriors - Os Selvagens da Noite (1979);  Glória (1980); O Confronto Final (1981);  Poltergeist: O Fenômeno (1982);  48 Horas (1982);  Os Doze Condenados: A Próxima Missão  (1985);  Os Aventureiros do Fogo (1986); O Predador (1987); Ação Total (1988);  Condenação Brutal (1989);  Operação Kickbox 2 - Vencer ou Vencer (1993);  Fatal Choice (1995);  Carnival of Wolves (1996);  Mental Scars  (2009)



Walter Hill (diretor):
Lutador de Rua (1975); Warriors - Os Selvagens da Noite (1979); Cavalgada dos Proscritos (1980); O Confronto Final (1981);  48 Horas (1982); Ruas de Fogo (1984); A Encruzilhada (1986); Inferno Vermelho (1988); 48 Horas - Parte 2 (1990);
Gerônimo - Uma Lenda Americana (1993); O Último Matador (1996); O Imbatível (2002).

9 comentários:

  1. Boa noite. Uma história simples, tensão, correrias e pancadaria em profusão tornaram esse despretencioso filme um cult. Acredito que a grande sacada de escalar atores desconhecidos foi eficiente tratando, desse modo, de colocar todas as gangues no mesmo patamar. Os diálogos realmente são pobres e, por vezes, até pueris como a cena em que Rembrandt encara seu líder e pergunta o porquê de não estar chovendo ou, quando Snow indaga se a trégua ainda está de pé, que até é um questionamento pertinente, mas que no contexto da cena ninguém teria condições de responder. O acabamento de algumas cenas também ficaram prejudicadas pelo baixo orçamento. Embora seja madrugada, não se vê carros em movimento, com exceção das viaturas e da "banheira" dos Rogues. Quanto às atuações, Cyrus Hill foi muito bem como o líder dos Gramercy Riffs, fazendo um monólogo poderoso, Deborah Van Valkenburgh interpreta uma jovem provocadora e boca suja, onde a maior preocupação é a sobrevivência. James Remar está ótimo como o nervoso e rebelde Ajax e David Patrick Kelly convence como o insano Luther, nada que mereça um Oscar mas o filme não exigia isso. Por outro lado, o trintão Michael Beck exercia uma interpretação insípida fazendo a cara de um "quase-adolescente-que-não-aceita-ser-contrariado". Os demais membros cumprem sua participação de modo sóbrio e correto. Bom filme, final satisfatório tendo o mar como plano de fundo e com um belo sol nascente agindo como uma espécie de luz após uma noite de trevas, perdas e incertezas pelas quais Os Guerreiros passaram. Grande abraço, Luis.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Bom dia Janerson.
      Muito boas as suas considerações a respeito da obra. Sem dúvida Warriors não é um filme para Oscar e sua força reside muito nas interpretações e na direção de Walter Hill, que estava com plena força na carreira. Inclusive Hill é um dos produtores da franquia Alien e vem atuando mais nesse segmento. Seu comentário sobre os carros foi certeiro, assim como a breve descrição de alguns personagens. O final na praia com a música "In the city" surgindo foi uma ideia bem inspirada. Obrigado por mais esses comentários que sempre agregam valor à análise. Um grande abraço.

      Excluir
  2. só fui conhecer esse maravilhoso clássico cult agora, mas antes tarde do que nunca, não é?

    excelente texto, cheio de informações e análises elaboradas. parabéns!

    ResponderExcluir
  3. Boa noite Brauns.
    Esse é realmente um clássico cult como você bem mencionou e um filme que assisti de tempo em tempos durante esses anos. Muito obrigado por deixar o comentário e que bom que o texto agradou. Seja bem-vindo e volte sempre. Um grande abraço.

    ResponderExcluir
  4. Boa noite!
    Tô triste de ver no comentário spoilers sobre o filme.Vim ver uma análise antes de assistir ao filme,agora constatei que vou preferir assistir ao filme primeiro ou não ver os comentários.😏

    ResponderExcluir
  5. Sou Fabiana do comentário acima sem nome.

    ResponderExcluir
  6. Oi Fabiana.
    Alguns filmes antigos aqui criticados acabam, inevitavelmente, sofrendo uma análise mais profunda, visto que a maioria assistiu ao filme e procura um texto com informações que não sejam básicas.
    Diante de sua observação, que pode ser a de muitas pessoas que leem as postagens, colocarei a informação que às vezes agrego abaixo do título: "o texto contém spoilers". As vezes, na correria, a gente esquece e não mais repara nesse grande detalhe. Obrigado pelo comentário, que ajudará as pessoas que ainda não viram ao filme e não gostam de spoilers. Um grande abraço.

    ResponderExcluir
  7. Bom dia!
    Por isso que gosto do seu blog,porque nos passa informações muito detalhadas sobre os filmes.Vc tá de parabéns.Mas o que pegou mesmo,foi o rapaz contar sobre o final do filme.Pode me falar sobre o início,sobre a história parcial do filme,mas não me conta sobre o final porque realmente me tira a vontade de assistir ao filme.
    Abraço.
    Fabiana.

    ResponderExcluir
  8. Bom dia Fabiana.
    O comentário em si, sobre o final do filme, foi feito de um modo sutil, até porque ele não revelou o que eles passaram para chegar até ali, quem chegará e como saíram dessa situação. Ou seja, Warriors é um filme muito movimentado, na qual os protagonistas terão de voltar para a casa e não sabemos se são e salvos. As vezes gostamos tanto de um filme (particularmente sempre gostei muito deste) que desejamos fazer comentários mais abrangentes e acaba escapando um ou outro spoiler. Apesar de tudo ainda recomendo que assista até porque não são mais feitos filmes como este. Obrigado por deixar suas considerações que são sempre importantes. Um grande abraço e volte sempre.

    ResponderExcluir

Olá Cinéfilos.
Obrigado por visitarem minha página.
Estejam à vontade para comentarem, tirarem dúvidas ou sugerirem análises.
Os comentários sofrem análises prévias para evitar spans. Tão logo sejam identificados, publicarei. Quaisquer dúvidas, verifiquem a Política de Conduta do blog.
Sua opinião e comentários são o termômetro do meu trabalho. Não esqueça de informar o seu nome para que possa responder.
Visitem a minha página homônima no Facebook onde coloco muitas curiosidades sobre cinema , séries e quadrinhos (se puderem curtir ajudaria). Comentários que tragam e-mails e telefones não serão postados
Bem-vindos.
Cinéfilos Para Sempre