O HOMEM QUE DERROTOU JOE LOUIS
Max
Schmeling (Henry Maske) um campeão de boxe alemão, famoso em sua terra, recebe um convite de
Joe Louis (Yoan Pablo Hernández), o até então invencível campeão mundial de boxe. Em plena ascensão
nazista, Schmeling passa a ser uma máquina de propaganda nazista, apesar do
lutador ser completamente contra essas diretrizes. Max luta por um lugar ao
sol, uma chance de vencer um campeão imbatível, uma lenda com 17 vitórias, sem
derrotas.
Em 1936 todos os prognósticos apontavam para Louis, mas Schmeling
conseguiu nocauteá-lo, contrariando todas as probabilidades, tornando-se herói
nacional e mundialmente conhecido. Uma revanche em 38, não autorizada pelo
Reich, que tinha medo de Max perder e colocar em cheque o conceito da raça
ariana, ocorreria e, desta vez, Schmeling perderia a luta. Sendo um lutador não
simpatizante da causa alemã, sua derrota fez com que seus opositores se
vingassem mandando-o para a guerra, contando assim com sua eminente morte.
Boa
adaptação da biografia de Schmeling que consta foi um grande esportista e ser
humano, responsável por salvar vidas de perseguidos durante a guerra passando
dificuldades no pós-guerra em uma Alemanha despedaçada.
Ambientado na década de 30, o título brasileiro funciona mais como um chamariz
e passa a impressão que ele lutava pelo Reich. Se em parte o Reich o usou, do
outro lado Schmeling só queria ganhar, não aceitando seu papel de agente da
propaganda nazista.
Com
uma direção segura, simples e direta, o filme não se apega a pormenores e
mostra a vida de Max, suas vitórias e derrotas e sua grande paixão: a esposa
Anny Ondra (Susanne Wuest), sempre ao seu lado em todos os momentos. O semitismo, o medo e a
intolerância funcionam como pano de fundo e situam o espectador dentro da
cronologia do filme. O ator Henry Maske faz muito bem o papel de Max. As lutas
são mais "mornas", mostrando como eram diferentes nos anos 30. O
ritmo ágil impede o filme de cair no marasmo e, dentre as várias produções já
feitas para o pugilista, esta talvez seja uma das mais simpáticas. Uma obra
interessante que mostra que, como Schmeling, muito alemães não viam com bons
olhos o império de Hitler e nem todos agiam numa irracionalidade coletiva.
Neste sentido o filme ganha muitos pontos e mostra outra faceta da guerra,
vista pelo lado alemão.
Trailer:
Curiosidades:
Houve outras versões como "Arenas de Paixões" ("Ring of Passion" 1978) passado em março de 1980 na Tv Globo.
Houve outras versões como "Arenas de Paixões" ("Ring of Passion" 1978) passado em março de 1980 na Tv Globo.
O próprio Max Schmeling disse uma vez que gostaria que Henry Maske o interpretasse se algum dia fosse feito um filme sobre ele.
O boxeador Henry Maske passou por treinamento de atuação por 8 meses para se preparar para sua estreia como ator.
O diretor Uwe Boll fez uma ponta como árbitro de boxe durante a partida de Max Schmeling em 2 de agosto de 1930 contra Heller.
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