PONTAPÉ PARA UMA SÉRIE DE SUCESSO
Jim Rockford (James Garner) é um investigador particular especializado em casos encerrados (Cold Cases) ou arquivados pela polícia e que vive em um trailer. Sara Butler (Lindsay Wagner) procura Jim após a polícia encerrar o caso da morte de seu pai, encontrado estrangulado em uma praia. Sara acredita que o crime não foi um simples roubo cometido contra um homem bêbado. Jim reluta em pegar o caso por saber que a delegacia não gosta que ele solucione os casos arquivados, pois eles parecem ineficientes, apesar de serem obrigados a escolher os casos com maior probabilidade de sucesso por falta de pessoal. Ele adverte Sara que cobra uma taxa fixa de 200 dólares por semana, mais despesas, o que aparentemente para Sara não parece ser problema.
No dia seguinte, Jim
descobre que o cheque dado por Sara para iniciar as investigações não tem
fundos e que o valor que ele cobrara equivale ao faturamento total de
uma semana da loja de biquínis que Sara possuí.
Desesperada, a jovem pede que a acompanhe até o trabalho do irmão Nick
(Bill Mummy) que, curiosamente lhe diz há uma viúva que deseja lhe pagar a
faculdade de medicina e cujo marido, 30 anos mais velho, morreu na noite de núpcias
deixando uma fortuna, apesar da polícia acreditar que não houve nada de
suspeito, nem consideram uma morte induzida. Jim não consegue ver uma conexão
entre os casos, mas Sara estranha o fato dessa mulher morar em outro bairro e
com lojas semelhantes para comprar. Por que ir a loja de seu irmão e oferecer pagar toda a sua faculdade d medicina? Teria o morto envolvimento com o pai de
Sara ou os dois casos em nada se assemelham, apesar da data da morte de ambos ter
sido bem próxima? Jim entra no caso sabendo que não receberá e tudo começa a se
complicar quando questiona o legista e descobre que agora está sendo seguido
por Jerry (William Smith) sem saber que este matou o pai de Sara e está ligado a
tal viúva, Mildred Elias (Nita Talbot). Jim e Sara resolvem solucionar o caso
juntos.
Arquivo Confidencial estrearia nos Estados Unidos, pela rede ABC em 27 de março de 1974 com um episódio piloto de 98 minutos. No Brasil, no início, passava na Tevê Globo as 22:30, nas terças-feiras de 1976. A série durou seis temporadas (123 episódios), com 22 episódios por temporada, sendo que na última foi cancelada na metade, não por falta de audiência, mas porque seu protagonista apresentava sérios problemas de saúde: lesão nos joelhos, nas costas e uma úlcera que lhe causava sangramentos. Garner (conforme entrevistas posteriores) foi convencido pelos médicos a parar por um ou dois meses, o que teria irritado o estúdio que teria promovido uma ação indenizatória contra o ator que contra-atacou também impetrando uma ação. A alegação da Rede foi que a série se tornou muito cara para produzir, principalmente devido às filmagens em locais externos e ao uso de atores de alto nível como estrelas convidadas. O caso durou anos até que houve um acordo fora dos tribunais. Nos anos 90 Arquivo Confidencial voltaria, agora pela Rede CBS, em uma série de oito telefilmes entre 1994 e 1999, 15 anos depois de seu cancelamento. Foi a chance de amarrar algumas pontas e entregar um final. Mas muitos disseram que não tinha o charme da série original, que durante anos, foi eleita entre os 50 melhores de todos os tempos.
A origem de Arquivo Confidencial é bem curiosa. Diz-se que tudo surgiu com um seriado chamado “Toma”, uma série de drama policial americana que foi exibida na mesma rede ABC de 21 de março de 1973 a 10 de maio de 1974. A série era estrelada por Tony Musante como o detetive Dave Toma, que era um mestre do disfarce e do trabalho secreto. O programa encerrou a produção após uma temporada, já que Musante concordou em filmar apenas uma temporada completa, citando o desejo de não ficar preso em apenas interpretar um personagem por um longo período de tempo. A emissora e os produtores inicialmente presumiram que se tratava de uma manobra de negociação, mas Musante se manteve firme e não voltou para uma segunda temporada. Muitas das pessoas da equipe de roteiristas do Toma continuariam escrevendo episódios de Arquivo Confidencial, que estreou logo após o cancelamento de Toma. Uma das primeiras versões do personagem de Jim Rockford foi originalmente concebido como um personagem convidado para um episódio nunca filmado de Toma; o roteiro foi reescrito e se transformou no piloto de 98 minutos de Arquivo Confidencial e todas as conexões e referências a "Toma" foram descartadas. O próprio Tony Musante surgiria em um episódio da série chamado “A Mulher Misteriosa” (“Charlie Harris at Large”), episódio 19, da primeira temporada.
Muitos creditam os ótimos roteiros como um dos sucessos da série e quem estava por trás dos escritos eram, principalmente, Stephen J. Cannell (Bareta, Contrato de Risco, Esquadrão Classe A, O Homem da Máfia ...) e Roy Huggins (Maverick, O Homem de Virgínia, O Fugitivo, Smith & Jones, Baretta ..) , este último havia trabalhado em alguns episódios com Garner em “Maverick” (1957-1962), o que beneficiou a escolha do ator como protagonista: o ator certo para o icônico personagem. Foi o espírito de Maverick que inspirou Huggins a criar Arquivo Confidencial. E muitos desconhecem que a série Magnum (1980–1988) nasceu em Arquivo Confidencial: Tom Selleck surgiria no episódio 4 da quinta temporada “White on White and Nearly Perfect” (“Branco no Branco e Quase Perfeito”), episódio que foi ao ar 20 de out. de 1978. Selleck visitaria a série novamente em 1979 no sexto episódio da sexta temporada “ Nice Guys Finish Dead” (1979) fazendo o mesmo personagem: Lance White. Selleck chegou a propor que Magnum se aproximasse mais desse personagem: de terno. Só que os produtores queriam um visual mais descolado e Magnum foi outro personagem a entrar para a cultura Pop. Não por acaso Arquivo Confidencial e Magnum hoje são consideradas as duas melhores séries de investigadores particulares da Tv.
Quanto ao elenco, neste telefilme de apresentação (muito comum antes de apresentarem a série regular) já se percebia como seria desenvolvido o personagem de Garner: um ex-presidiário que cumpriu 5 anos por um crime que não cometeu e ganhou o perdão do Governador. Trabalhara na polícia, está quebrado e arruma clientes que eventualmente acabam não lhe pagando. Neste episódio, vemos que Jim é um cara de bom coração, esperto e pronto para ação: bate, apanha (não aqui, mas durante a série) e dirige seu Pontiac Firebird em altas perseguições. Curiosamente o nome do verdadeiro do ator, James Scott Garner, foi adaptado para “James Scott Rockford”. Garner, após a série, foi indicado para o Emmy por cinco anos seguidos (ganhando em 1977). Lindsay Wagner (a eterna mulher Biônica), aos 25 anos, já vinha de participações em séries e no elogiado filme “O Homem Que eu Escolhi”. A atriz teve uma atuação sólida mostrando muita personalidade em seu papel. Havia planos para Lindsay Wagner se tornar uma personagem recorrente durante o show regular. Embora isso não tenha acontecido, ela voltaria à série com a mesma personagem em "Aura Lee, Farewell" (1975), episódio 14, da primeira temporada. No ano seguinte, participaria de um episódio de "O Homem de Seis Milhões de Dolares", agradaria tanto que receberia uma série própria e construiria uma (elogiada) carreira sólida em vários telefilmes americanos. Em 1977, ela ganhou o "Emmy Award" por "Melhor atriz em um papel dramático" por sua participação na já citada série “A Mulher Biônica”. Em 1984, Lindsay Jean Wagner foi homenageada com uma estrela na “Caçada da Fama de Hollywood”. William Smith, ex-fisioculturista, vinha de uma longa carreira com participação esporádicas em várias séries e de forma regular em Laredo (1965-1967). Aqui faz um vilão psicopata que resolve eliminar Rockford e proporciona bons momentos em cena. Smith esteve no filme Maverick (Com Garner e Mel Gibson) fazendo uma rápida participação em um jogo de cartas. O ator faleceu aos 88 de causas não reveladas. Bill Mumy (o menino Will Robinson de Perdidos no Espaço) fez o irmão de Sara. O ator estava com 20 anos na época e teve pouco tempo em cena, mas retornou no mesmo episódio de Lindsay Wagner como o irmão de Sara. Robert Donley (1911–2004) fez o pai de Jim, Joseph 'Rocky' Rockford, apenas nesse telefilme. Quem se tornaria conhecido nesse papel seria o ator Noah Beery Jr. que faleceu em 1994 e não participou dos telefilmes anos 90. Joe Santos (1931–2016), como Dennis Becker, esteve como personagem regular na série, assim como Stuart Margolin como Angel Martin (39 episódios). Nita Talbot que fez a vilã Mildred Elias fez participação em várias séries. Ela e William Smith estiveram juntos na série Mr. Lucky (1960) no episódio “The Gladiators”, temporada 1”, episódio 20. A atriz encerrou a carreira em 1997.
Arquivo
Confidencial apresentou um ótimo telefilme como cartão de visitas mostrando o
caminho que a série seguiria, com um personagem muito bem trabalhado e estórias
sempre muito interessantes que conquistaram público e crítica. O personagem não tinha, oficialmente, permissão de carregar ou usar uma arma (por sua condenação). Composto
por Mike Post (Super-Herói Americano, Hill Street Blues, Magnum, Contra Tempos,
O Homem da Máfia ...) o tema da série fez tanto sucesso que chegou até ser
tocado em estádios ingleses, pois a serie fez muito sucesso naquele país.
Enquanto a mensagem de voz de Rockford toca durante a introdução de abertura, um close de seu telefone mostra seu número como 555-2368, curioso é que o número foi usado no filme "Os Caça-Fantasmas". E o telefone é o mesmo de um episódio de "Além da Imaginação: Chamada Noturna" (1964), onde uma idosa cadeirante recebe ligações misteriosas nas primeiras horas da madrugada.
A placa do carro de Jim, 853 OKG refere-se a agosto
(mês 08) de 1953 quando Garner começou a atuar em seu estado natal, Oklahoma,
e seu ultimo nome (Garner). A cada temporada a placa mudava
Originalmente mostrado como um piloto de duas horas, não fazia parte da numeração original da série. Mais tarde, foi adicionado à sexta temporada encurtada como episódio '0' e mostrado como um episódio de duas partes
Bill Quinn, que interpreta o pai de Sara que é assassinado, também apareceu em três outros episódios de Rockford; dois como juiz: "Arquivo Confidencial: Pastoria Prime Pick" (1975) e "Arquivo Confidencial: The Dog and Pony Show" (1977); e um como um magnata que contrata Rockford em "Arquivo Confidencial: White on White and Nearly Perfect" (1978)
Quando Jim tem Jerry Grimes pendurado no banheiro do Mayfair Music Hall
e vasculha sua carteira, ele encontra uma carteira de motorista. A licença
mostra o aniversário de Grimes como 25/03/43. William Smith, que interpreta
Grimes, nasceu em 24/03/33 - uma década e um dia de diferença.
William Smith faleceu de causas não reveladas
No Brasil, o episódio piloto foi exibido com o nome de "Arquivo", em 21 de fevereiro de 1976, no programa "Primeira Exibição Especial" (em um sábado). No original esse episódio chamou-se "Backlash of the Hunter"
Atores que participaram da série: James Woods (O Especialista, Paixões Violentas); Tom Atkins (Halloween 3: O Dias das Bruxas); Jill Clayburgh (Hanna K.; Uma Razão Para Viver); Paul Michael Glaser (do seriado Starsky & Hutch: Justiça em Dobro); Lee Purcell (Caçada Impiedosa; A Volta do Incrível Hulk); Sid Haig (007 - Os Diamantes São Eternos; Kill Bill: Volume 2); Ned Beatty (Superman, Amargo Pesadelo); Pat Delaney (do seriado A Família Robinson); M. Emmet Walsh (Blade Runner; Escorpião Vermelho); Hector Elizondo (Uma Linda Mulher); Pamela Hensley (Buck Rogers); Diana Muldaur (A História de Elsa); Reb Brown ("Capitão América" anos 70); Michael Conrad (Triângulo do Diabo); Stefanie Powers (Casal 20); Charles Napier (Rambo II); Richard Herd (Carro Comando); Isaac Hayes (Fuga de Nova York); John Saxon (Operação Dragão); Ron Silver (Timecop; A Invasão); Louis Gossett Jr. (Águia de Aço I a IV; Inimigo Meu); Jack Colvin (O Incrível Hulk) Burt Young (Rocky I a 5); Kim Richards (A Montanha Enfeitiçada; O Cão do Diabo); Paul Koslo (Robojox); Robert Loggia (Quero Ser Grande; Falcão, o Campeão dos Campeões); Robert DoQui (Robocop I, II e III); John P. Ryan (Nasce um Monstro; Expresso para o Inferno); Martin Kove (Karate Kid I a 3 e Cobra Kai); Brion James (Blade Runner; Crepúsculo de Aço); Ed Lauter (Desejo de Matar 3; Perseguição Mortal); Larry Hagman (Jeannie é um Gênio; Dallas)
A atriz Gretchen Corbett, como Beth Davenport, esteve em 33 episódios da série.
Luís, td bem?
ResponderExcluirLembro muito pouco de Arquivo Confidencial, que vi nas noites da Globo com meu pai. Minha mãe trabalhava á noite, então ficávamos esperando ela chegar. Vi Hawai 5-0, Canon, Kojak e por aí vai.
Não sabia que era assim bem avaliada como série investigativa, pois havia muitas do gênero na época. Interessante, isso não é pouca coisa, um dia alguém deveria fazer um ranking dessas produções.
Bom, por conta da minha idade, não consigo falar nada da qualidade dos roteiros, mas a impressão subjetiva ficou e me lembro muito bem da presença em cena de James Garner, carismático e confiante como Jim Rockford. Mérito do ator. Que carrão bacana aquele Pontiac Firebird marrom, heim?
Quanto a este episódio piloto, é muito legal rever Lindsay Wagner. Rapaz, que mulher, tem algo nela encantador pra mim. Acho que é o jeito que ela arruma o cabelo atrás da orelha, eu sei lá. Mas o que sei é que vou procurar hoje mesmo um poster da Mulher Biônica no Ebay, ô se vou!
Sobre Bill Mumy, o eterno Will Robinson, ele se esforçou para se tornar maior que seu personagem em Perdidos no Espaço. Não acho que conseguiu, mas gosto muito de seu trabalho em Babylon 5. Fica um parênteses aqui: Babylon 5 eu assiste todos os episódios, vou rever sua recente remasterização na HBO e quero engrossar aqui o coro dos que a acham uma das maiores séries de SciFi de todos os tempos. Vc já viu, Luís?
Não sabia que o tema musical fez um sucesso especial, ele soa hoje bem típico dos anos 70. Foi bom vc ter colocado um link para que pudéssemos ouvi-lo.
Rapaz, é inexplicável — e maravilhoso — como tem gente que consegue tanto inserir estes easter eggs ( o número do telefone ), como encontrá-los depois, não sei o que é mais fantástico, fico pasmo. Seria um tipo de mediunidade?
Gostaria de um dia saber algo mais sobre outra série investigativa daquela época, Os Detetives. Tinha O Casal McMillan, MCloud ( os irlandeses e escoses deveriam custear as festas dos roteiristas ) e Columbo ( que, pelo jeito, foi daqui que saiu para fazer um sucesso estrondoso nos anos seguintes ).
Quanto a uma outra série investigativa, esta baseada em livros ( não, não é Poirot ), deixo minha lembrança de Maigret, que passou no saudoso Multishow e foi estrelado ( e muito bem encarnado ) por Bruno Cremer. Recomendo 100%, excelente, naquele ritmo sem pressa de cinema europeu, apenas com a ressalva que os livros em que se basearam, a obra de George Simenon, serem muito e muito superiores a estas suas adaptações. Mas, bem, parece que está é a regra, não é?
Aliás, Simenon é considerado junto com Patricia Highsmith e Agatha Cristie o terceiro pilar da suprema trindade do romance investigativo. Grande leitura, não pelo mistério, mas pelo texto, coloquial e sucinto.
Luís, mudando totalmente de assunto, reassiste recentemente Super 8, do JJ Abrahans com as minhas filhotas, achei tão bom quanto antes, um Stranger Things em 90 minutos. E uma declaração de amor ao cinema. Foi também pra mim uma bela homenagem a Steven Spielberg, que foi o produtor aqui. Me deu uma razão a mais para querer ver seu próximo filme, The Fabelmans.
É isso. Aquele abraço, Luís. Boa semana pra todos nós!
Olá Mario.
ResponderExcluirHavaí 5-0 e Kojak eram clássicos que eu tive o prazer de assistir. Canon? Como você conseguiu se lembrar dessa série dos idos de 1974 na Tv brasileira, que posteriormente passou na “TVS” em 1976 (como Detetive Cannon) em dobradinha com o seriado Os Invasores, que levava no nome de "Invasores do Disco Voador"?. E também na Tv Record em 1979? William Conrad (o protagonista) foi o narrador do filme “Hudson Hawk, O Falcão Está a Solta” (1991) com Bruce Wills. Esteve ainda no seriado “Manimal” e participou de alguns episódios do seriado “Buck Rogers”, entre diversos trabalhos. Quanto a Lindsay Wagner, uma grande atriz e que fez a inesquecível Mulher Biônica. Quando vi que esteve nesse episódio piloto (na época não devo ter visto ou ter notado sua presença e com certeza não reconheci Bill Mummy), percebi que tinha que resgatar essa série que tanto gostava.
Babylon Five não vi, mas muitos me falam dessa serie que está no HBO Max e receberá um reboot (esse nome sempre me assusta rsss, porque já temo que vão estragar a série). Fata tempo, mas está em minha lista.
Quanto aos Easter Eggs, realmente fico intrigado como eles descobrem, difícil é achar a foto para ilustrar a informação, mas faz parte da análise e acredito que, ilustrando, traz outra percepção do que apenas citar.
Maigret não assisti, vou procurar, gosto de indicações de series e filmes. Super 8 é um filme que está na minha lista e que acabei esquecendo ao longo do tempo. Talvez seja a hora de conferir. No momento estou analisando Ao Mestre com Carinho 1 e 2. Quanto a Stranger Things, eu e minha esposa adoramos, muito bom mesmo! “The Fabelmans” foi lançado recentemente lá fora e está com boa cotação junto ao público.
Muito obrigado por sempre tecer comentários e acrescentar às postagens. Um grande abraço, uma ótima semana para você e sua família também e até a próxima!
Luís, vou te contar uma estorinha muito engraçada sobre Canon. Uma não, duas.
ResponderExcluirPrimeiro que a partir de um certo momento, talvez inicio dos anos 80, quando as primeiras câmeras fotográficas começaram a se tornar mais acessíveis e difundidas, não havia como eu não ver uma Canon e não lembrar de… Canon!
Engraçado isso, era imediato me vir na memória aquele bigodudo, gordão, correndo com um revólver cano curto na mão. Vai entender os caminhos da memória, não é?
E segundo que num dos episódios que vi ( com meu pai ), o personagem um belo dia faz um omelete e diz que o segredo para um bom omelete é colocar leite. E o cidadão faz o tal omelete e põe leite. Muito bem. Pois não sosseguei enquanto meu pai não fizesse um omelete pra gente e botasse leite!
Hoje, lembrando disso, confirmo 2 coisas: que não faz diferença nenhuma usar leite no omelete e que meu pai tinha um grande coração e não se incomodava em nada satisfazer a curiosidade do filho dele. Ah, meu bom pai…
Bem, nada sabia sobre William Conrad, vou dar uma checada para rever suas imagens.
Sobre Maigret, há um colecionador no ML que me vendeu há uns 3 anos a coleção completa legendada dos episódios em dvd, uns 60 mais ou menos. Não sei se haveria outra fonte. Como disse, embora ler os livros é uma experiência muito mais rica ( a investigação é um detalhe, a natureza humana e suas motivações são o cerne ), é fato que cada episódio resume 1:30 h de excelente drama.
E que surpresa vc não ter assistido Super 8. Muito bom, gratas surpresas te aguardam.
Espero um dia ainda falarmos sobre Babylon 5, claro, beeeeeem informalmente. Mas a seu tempo.
Tudo de bom, Luís. Aquele abraço!
Olá Mario.
ResponderExcluirMuito legal suas recordações sobre o omelete e a lembrança da máquina fotográfica. Agora pude também me lembrar porque o nome parecia tão familiar quando via esses equipamentos. Falando da serie Canon, me lembrei de outra que pouco vi, mas fez sucesso em seu país de origem: "Barnaby Jones", que passou na TV Tupi (era muito novo) e na antiga TVS (hoje SBT), onde vi pouquíssimos episódios. Nada como a modernidade para nos permitir rever programas do nosso passado. Quem imaginaria nos anos 70 e 80 termos internet, streaming e envio pelos correios de series que não em VHS? E os CDS, DVDS, pendrives, HDS Externos, MP3 ? O que o futuro reserva para daqui a 50 anos? Torço por um catálogo mundial com tudo que foi produzido (filmes, series, desenhos , entrevistas, documentários, livros) e com tecnologia que permita todos os povos acessarem em seus idiomas. Tenho assistido a vários filmes e series, mas o tempo escasso só permite que complete algumas análises que fiz no passado e as publique para não ficar com o blog parado, até porque ver um filme consome um tempo muito menor do que fazer uma análise. Ainda assim, há tantos clássicos a serem postados, tantos filmes esquecidos pelo público e boas produções lançadas recentemente. Escolher o que postar é sempre complicado e buscar informações relevantes para o filme em questão toma um bom tempo. Vou reservar um tempo para Super 8. Babylon 5 também vou acompanhar. Se tivesse tempo, faria um blog de análise de séries e quadrinhos. Quem sabe um dia ?
Um grande abraço Mário.
Barnaby Jones, putz, eu vi também. Pouca coisa. Sua lembrança foi longe agora, heim?
ResponderExcluirLembro que o personagem tinha uma secretária bem charmosa, bonita mesmo, talvez para dar um equilíbrio etário á audiência, se é que me entende.
Acho que a maioria das séries desse período — tratadas injustamente como enlatados — no final das contas, tinham lá seus enredos razoavelmente bem trabalhados. Pena que não há no Brasil uma cultura forte de revival para essas produções, as séries de tv de todos os tempos. É claro que há muita coisa esquecível, mas caberia compilações dos melhores episódios. Serviria para mostrar talentos esquecidos de outras gerações e mesmo valores que pautavam o mundo naquele instante.
Belo sonho o seu de uma videoteca universal. Possível é, como diria Yoda.
Lhe disse uma vez, Luís, que caberia no mercado literatura mais abrangente sobre séries e talvez mesmo sobre filmes antigos. Serviria como um guia, pois certamente sem esse suporte rapidamente esta memória se perderá.
Quanto a um futuro blog, concordo e apoio. Mas teria que ser no Youtube, pois a penetração está ali, principalmente pensando nas novas gerações.
Trate de ganhar na Mega Sena pra vc ter tempo logo, ok?
Abraço, Luís!
Estava me esquecendo: o melhor podcast de quadrinhos que conheço é Universo HQ. Acho que vc já conhece, mas taí.
ResponderExcluirAbraço, Luís!
Boa indicação. Um grande abraço Mário.
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