MAIS AÇÃO, MAIS VIOLÊNCIA E COM MAIS BRECHAS NA ESTÓRIA
Estados Unidos, 1991. Armando (Ricardo Montalban) é o dono de um circo que chega à cidade com Caesar (Roddy McDowall) evitando levantar suspeitas. Para a humanidade, o pequeno filho de Zira e Cornelius morrera com os pais, assim como o futuro sombrio para a humanidade que eles haviam presenciado. Há oito anos (1983), um vírus trazido por um astronauta dizimou todos os cães e gatos da terra. Humanos e símios mostraram-se imunes. Quando foi percebido que os símios aprendiam rapidamente, passaram a ocupar o lugar na preferência dos humanos. Mas, houve também um problema: o governo criou um “programa de condicionamento” para adaptá-los a trabalhos domésticos, manuais e braçais normalmente de forma cruel e ultrajante, praticamente em regime de escravidão. Caesar, agora crescido, observa a tudo de uma forma assustada e crítica. Armando nunca lhe dissera o que realmente vinha acontecendo fora de seu circo. Para todos ele é Milo, um chimpanzé nascido um mês antes de Zira e Cornelius chegarem à Terra. O “único nascido em um circo”.
Em determinado momento, um símio é brutalmente espancado na rua pelas forças de segurança e Caesar professa uma frase que mudará tudo: “seus humanos miseráveis!”. A frase chama a atenção dos guardas que acreditam ter sido dita por um macaco. Armando alega que ele falara em um impulso, mas estes duvidam. Uma confusão distrai os guardas e dá a oportunidade para Caesar escapar, mas Armando prefere permanecer e “desfazer o mal-entendido”, sendo assim detido e levado ao governador local, Breck (Don Murray), um homem que detesta os símios e que agora acredita que o pequeno filhote da dupla de astronautas símios pode ter sobrevivido de alguma forma, representando um perigo eminente para a existência da raça humana. Para escapar das garras de seus captores, Caesar consegue se misturar a um carregamento de macacos vindos do continente africano, passando pelo centro de condicionamento e, ironicamente, sendo arrematado em um leilão por Breck, indo trabalhar no centro de comunicações. Só que Caesar descobre que Armando morrera durante o interrogatório. Agora a sua dor, ódio e solidão o impulsionarão a mudar aquela realidade. A única pessoa que se se mostra simpático à sua causa é MacDonald (Hari Rhodes), auxiliar de Breck, que abomina o modo como os símios são tratados.
Quarto e penúltimo filme da franquia iniciada com o clássico “O Planeta dos Macacos” que, após o quinto filme, geraria uma curta série de tevê e um desenho (que serão dissecados nas próximas análises) que se distanciaram do que foi mostrado nessa franquia, ainda que muitos os guardem com carinho na memória. Além de um filme de 2001 feito pelo diretor Tim Burton com um final que deixou muitos questionamentos no ar (não sei se conseguirei elucidá-lo) e que infelizmente sua continuação foi abortada pelos produtores. Em 2011 uma nova franquia se iniciaria, estando atualmente em seu terceiro capítulo, em uma cronologia mais linear. Em 1980 foram lançados (nos EUA) 5 telefilmes, na qual cada um trazia a junção de dois episódios da série.
Há aspectos que me incomodaram neste quarto filme: no anterior, quando surgiram do futuro em roupas de astronautas, os macacos eram semieretos e não se assemelham aos que ali se encontram (num estágio mais “primitivo”). Agora todos os macacos, em um curto espaço de tempo, passaram a assemelhar-se a geração Cornelius e Zira, sem uma explicação lógica. Como houve uma evolução tão rápida em tão pouco tempo (apenas 18 anos – tempo da narrativa entre os filmes)? Essa liberdade poética (ou supressão da descrença) foi, sem dúvida, necessária ao filme, até porque ainda não haviam efeitos digitais e utilizar animais verdadeiros, ainda que treinados, em grande quantidade, seria temerário e praticamente impossível. Mas ainda assim fica difícil de entender como nenhum dos envolvidos se questionou em como dar aos espectadores uma explicação diante da nítida mudança no aspecto visual (no rascunho do roteiro original essa questão teria sido melhor explicada, mas não entrou no roteiro final). Outro aspecto interessante, foi que neste filme, e no próximo, os comentários de Cornelius (em “Fuga do Planeta dos Macacos”) sofreram uma proposital omissão do nome de Aldo, que seria o nome do real líder na linha do tempo original, com isso deixou-se implícito de que Caesar é o líder revolucionário (outra adequação do roteiro) nesta segunda linha do tempo (se assim podemos dizer). E o Aldo do quinto filme, claro que não será também o Aldo já citado (papo para a próxima análise).
Depois de Franklin J. Schaffner (1968); Ted Post (1970)
e Don Taylor (1971), um novo diretor ficaria à frente agora dos dois últimos
filmes: J. Lee Thompson (de “Os Canhões de Navarone” - 1961; Círculo do Medo
-1962) e que a partir do final dos anos 70 faria vários filmes com o ator
Charles Bronson. E, ainda que Paul Dehn tenha assumido os roteiros a partir
do segundo filme (o quinto fez em parceira por ter ficado doente), as produções
são bem distintas entre si, embora estejam interligadas por uma cronologia
interessante (não linear). E isso deu fôlego a franquia, pois cada filme tem
uma temática a ser explorada. E
Em “A Conquista do Planeta dos Macacos” Ricardo Montalban (do seriado “A Ilha da Fantasia”) é o elo de ligação entre os dois filmes e surge logo no início. A produção mostrou-se mais direta, mais fria e com cenas mais pesadas (como as torturas – da qual nem Caesar escapa - os direitos dos animais aqui inexiste – na próxima análise explicarei como cada filme se inseriu no momento da América). A metragem é mais curta e centra-se mais na ação do que na ficção-científica (motivo de gostos e de desgostos). Esse local da América não é especificado, mas houve uma mudança: é um regime totalitário (o filme não explica essa transição frente ao filme anterior) sob o aspecto de uma cidade com cenários expressionistas, mas não necessariamente realistas, o que me lembrou muito um cenário de história em quadrinhos (da qual houve dezenas de edições lançadas na esteira do sucesso da franquia e ainda há lançamentos até hoje, através de outras editoras e até por intermédio de artistas independentes – papo para uma análise extra desta franquia). Quanto ao conceito dialógico do primeiro filme, não mais existe (com o seu final de um humano de joelhos nos revelando uma analogia ao homem que suporta todo o peso da humanidade em suas costas), mas já se percebe aqui a estratificação da futura sociedade símia que se construirá da seguinte forma: gorilas (mais fortes) no exército, orangotangos (mais calmos) no conselho e chimpanzés (mais inteligentes) na ciência, assim como uma inversão no processo evolutivo: chimpanzés mais humanos (Caesar) e humanos mais animalizados (Breck e seus comandados). E uma sociedade que mudará nos mesmos moldes da qual, em grande parte do curso de sua história, sempre escolheu mudar: através da violência (o ser humano sempre gostou de impor-se pela violência): guerra entre homens, entre homens e animais, entre famílias, entre tribos, escravos, raças, nações, continentes ... tudo é motivo para guerras. E Taylor comprovará esse conceito no segundo filme. Aliás, segundo Paul Dehn e J. Lee Thompson a inspiração para o confronto neste filme veio de um incidente chamado “Os Tumultos de Watts” / “Rebelião de Watts” ou “Levante de Watts” (“Watts Riots”) ocorridos em 1965 no bairro de Watts, em Los Angeles. Os distúrbios resultaram em 34 mortes, 1032 feridos e em 3438 prisões. Foi um dos mais severos na cidade até os novos distúrbios que ocorreriam em 1992.
Ceasar será descoberto como o único símio capaz de falar (se fala, pensa. E, se pensa, é uma ameaça – ótima analogia a vários sistemas governos que existiram e existem até hoje com esse conceito em mente) sendo considerado uma ameaça e que aos poucos começará a comandar silenciosamente seus pares (pois também sabe ler e escrever). Astutamente, em uma cena muito interessante, ele fingirá abrir em uma página aleatória para escolher o seu nome e escolhe o nome que Armando lhe dera (um desafio silencioso lançado que o governador não percebe. Algo como "decifra-me ou te devoro"). Breck fica intrigado, é o nome de um imperador. A referência é óbvia e a dica de que um novo rei tomará aquele “reino” é inequívoca para o espectador. Uma rebelião se iniciará através de uma guerrilha e os humanos serão sobrepujados (então o futuro não pode ser mudado afinal! – quando Breck resolveu impedi-lo, na verdade estava sendo uma de suas molas propulsoras (o verdadeiro agente da mudança) da realidade narrada por Cornelius – por isso a ficção-científica nos proporciona tanta reflexão e percepções). O solilóquio final de Ceasar é uma tentativa de unir as raças, ainda que num tom áspero e de advertência de que a ordem das coisas mudará, mas sabemos como é o âmago do ser humano (como veremos no próximo filme). Rhodes ficará pensativo se, afinal, fez a coisa certa ao apoiar Ceasar. Na verdade, o final original foi rejeitado pela plateia teste que ficou assustada ao ver humanos massacrados de forma explícita (inclusive Breck), o que obrigou a posterior gravação da cena citada (dizem haver um “director’s cut”, que inclui as cenas deletadas, mas acho que não foi lançado por aqui).
No elenco temos novamente Roddy McDowell ("A Hora do Espanto") como um personagem central símio (apenas no segundo não atua, aparecendo em imagens de arquivo). Interessante como cada personagem seu na franquia é distinto entre si, inclusive o feito para o seriado (o personagem “Galen”). Nataly Trudy surgiu no segundo filme como uma mutante e passou para detrás da maquiagem (a cargo do famoso John Chambers – e que continua sendo o grande atrativo da produção - ou pelo menos era) neste filme indo até o último exemplar dessa saga (agora como Lisa). Quanto a Don Murray, este alegou ter estudado todas as cenas em alemão, língua que é fluente porque queria trazer um “ditador nazista” para o papel. Ricardo Montalban repetiu o papel do simpático e correto Armando, mas sua morte me pareceu muito mal planejada pelo roteiro, sem sentido e apressada. Acredito que poderia ter seu personagem melhor aproveitado para a estória. Hari Rhodes esteve ótimo como McDonald, simpático a causa símia e que ajudará Caesar de maneira fundamental em sua empreitada. Pena que não voltou no filme seguinte. Severn Darden como Kolp, um dos asseclas de Breck, teve um papel reduzido nesse filme, mas no próximo filme seu personagem foi fundamental para a conclusão da estória.
Caso se queira assistir ao filmes na ordem em que foram lançados no cinema e tevê esta é a maneira correta: O Planeta dos Macacos (1968); De Volta ao Planeta dos Macacos (1970); Fuga do planeta dos Macacos (1971); Conquista do Planeta dos Macacos (1972); A Batalha do Planeta dos Macacos (1973); Planeta dos Macacos (a série 1974); De Volta ao Planeta dos Macacos (desenho 1975); Planeta dos Macacos (2001); Planeta dos Macacos: A Origem (2011); Planeta dos Macacos: O Confronto (2014); Planeta dos Macacos: A Guerra (2017); Planeta dos Macacos: O Reinado (2024). Muitos consideram a melhor forma de assistir aos filmes começando pelos mais recentes, mas, na minha opinião, a viagem temporal do terceiro filme mudou completamente a origem do personagem frente a nova versão e pode confundir quem nunca assistiu. Penso que assistir as sagas em separado entendendo o que cada uma delas propõe, seja a melhor escolha. Já o filme de 2001 não se enquadra em nenhuma das duas franquias podendo ser considerado um filme numa linha temporal diferente (já que não foi dado continuação ao projeto) assim como a série e o desenho (apesar de que estar familiarizado com a primeira saga ajudará muito).
Ainda que o filme tenha deixado algumas brechas soltas, parte da crítica o considerou melhor que o segundo e terceiro exemplares. Particularmente, considero que o filme pouco inova, ele apenas dá continuidade a estória sem muitas novidades. Os cenários eram caros e a maquiagem era um problema para os atores, mas a queda progressiva no investimento do primeiro ao último (ainda que todos tenham estreado em primeiro lugar nas bilheterias – mas nem todos se mantiveram), nos leva a crer que os produtores queriam ganhar muito (a partir do segundo) investindo pouco. Como o retorno não foi o esperado provavelmente passaram a investir menos para não ter prejuízos, fazendo a qualidade cair (um paradoxo interessante: invisto menos e recebo menos. E por receber menos, ao invés de melhorar o próximo filme e colher uma boa bilheteria prefiro investir ainda menos acabando por receber ainda menos, passando assim a não haver mais interesse em investir no produto – em "curiosidades" mostrarei esses dados). Não por acaso, o filme seguinte recebeu ainda menos investimento e foi feito com pouco interesse pelos estúdios que já pensavam no formato televisivo. Apesar de tudo, o filme tem sua relevância na franquia e, tem alguns conceitos inventivos como o Estado Totalitário (com direito a autofalantes direcionando a atitude das pessoas) e as pessoas não usando roupas coloridas, nem cores vivas para criar um aspecto frio e desumanizado. Apesar de carecer de uma força narrativa e parecer muito apressado, mantém o interesse.
Trailer:
Curiosidades:
Bilheterias dos filmes (em dólares):
Filme 1: 5.8000.000 investidos - 32 milhões
arrecadados; Filme 2: 3.000.000 investidos - 18 milhões arrecadados; Filme 3: 2.500.000 (estimativa) investidos - US$
12.348.905 arrecadados; Filme 4: 1.700.000 (estimativa) investidos - 9.043.472
arrecadados Filme 5: 1.800.000 investidos - 8.844.595 arrecadados
A maioria das cenas externas foram filmadas dentro e
ao redor do campus da Universidade da Califórnia, em Irvine, que foi projetado
pelo arquiteto futurista William L. Pereira, e tinha apenas seis anos de
construído na época das filmagens
O escritor Paul Dehn concebeu o filme como uma visão
simiesca do movimento americano pelos direitos civis da época.
O roteiro começava com um símio fugitivo sendo baleado
pela polícia. Enquanto a câmera caminhava até lá, o corpo seria revelado
coberto de feridas abertas e cicatrizes, mostrando as horríveis condições de
vida dos macacos escravos. A cena foi retirada por ser considerada horrível
pelo público no pré-lançamento.
Os macacões usados pelos símios (para economizar no
custo da exposição da pele falsa dos figurantes símios) eram sobras de fantasias
da série Viagem ao Fundo do Mar (1964). Os emblemas masculinos da “Ape
Management’ e os gabinetes de computadores e eletrônicos, todos vieram da série
Túnel do Tempo (1966). O grande conjunto que compunha o Centro de
condicionamento dos Macacos foi reformado do escritório do Almirante Matthew e
do complexo de Controle Triton do telefilme “Cidade Sob o Mar” (1971). O trono do leilão do
governador Breck foi usado pela primeira vez na nave espacial de Taylor em “O
Planeta dos Macacos” (1968). O mesmo estilo de cadeira também é utilizado pelos
passageiros do avião espacial em Terra de Gigantes (1968). As mesmas cadeiras
foram usadas nas naves espaciais Earthforce na série de TV Babylon 5 (1993).
No filme (ambientado em 1991), os macacos foram
escravizados depois que uma praga trazida do espaço destruiu todos os cães e
gatos da Terra uma década antes, antes dos eventos retratados. Em 1978, seis
anos após o lançamento do filme, houve uma pandemia mundial de papilomavírus
canino (uma doença até então desconhecida) que matou vários milhares de cães.
Os orçamentos dos filmes da franquia eram constantemente
reduzidos porque a 20th Century Fox ainda enfrentava problemas financeiros após
os fracassos de Cleópatra (1963), A Estrela (1968) e Alô, Dolly! (1969).
Ao contrário de outros filmes da série, este filme foca quase exclusivamente em chimpanzés e gorilas, com apenas alguns orangotangos mostrados.
O gorila escravo chamado Frank é interpretado por Buck Kartalian, que interpretou o carcereiro Julius em “Planeta dos Macacos” (1968).
O filme se passa 18 anos após os acontecimentos de
Fuga do Planeta dos Macacos (1971).
O reboot da franquia Planeta dos Macacos: A Origem (2011) é em grande parte um remake deste filme.
A cor uniforme dos chimpanzés é a mesma dos dois
primeiros filmes, mas os gorilas mudam de roxo para vermelho e os orangotangos
de laranja fosco para amarelo brilhante. As cores mudam para trás (ou para
frente, se preferir) no próximo filme.
O único dos cinco filmes originais de "Planeta
dos Macacos" que não tem um personagem chimpanzé chamado Cornelius (embora
o personagem dos filmes anteriores seja mencionado).
Do elenco principal apenas Don Murray está vivo
Hari Rhodes faleceu aos 59 anos de ataque cardíaco
Ricardo Montalban faleceu aos 88 anos de problemas cardíacos
Natalie Trundy faleceu aos 79 anos de causas naturais
Cartazes:
Filmografia Parcial:
Roddy McDowall (1928-1998)
A Força do Amor (1939); Como Era Verde o Meu Vale (1941); A Força do Coração (1943); As Chaves do Reino (1944); Macbeth - Reinado de Sangue (1948); Punhos da Liberdade (1952); A Teia de Renda Negra (1960); Cleópatra (1963); A Maior História de Todos os Tempos (1965); O Carrasco de Pedra (1967); O Planeta dos Macacos (1968); Fuga do Planeta dos Macacos (1971); A Conquista do Planeta dos Macacos (1972); O Destino do Poseidon (1972); A Batalha do Planeta dos Macacos (1973); A Casa da Noite Eterna (1973); Planeta dos Macacos (seriado 1974); Viagem Fantástica (seriado 1977); Círculo de Ferro (1978); O Fabuloso Ladrão de Bagdá (1978); Assassinato num Dia de Sol (1982); Lendas do Macaco Dourado (seriado 1982 a 1983) Os Donos do Amanhã (1984); A Hora do Espanto (1985); Morte no Inverno (1987); Um Salto para a Felicidade (1987); A Hora do Espanto 2 (1988); Shakma: A Fúria Assassina (1990); Convite Para a Morte (1991); Confusão em Dobro (1992); As Areias do Tempo (1992; Reflexo do Demônio 2 (1994); Mistério no Fundo do Mar (1995); Ensina-me a Viver (1995); A Última Festa (1996); As Novas Aventuras de Mowgli (1997); Something to Believe In (1998); Loss of Faith (1998)
Natalie Trundy (1940–2019)
Aconteceu em Monte Carlo (1956); Se a Mocidade Soubesse (1957); As Férias de Papai (1962); De Volta ao Planeta dos Macacos (1970); Fuga do Planeta dos Macacos (1971); A Conquista do Planeta dos Macacos (1972); A Batalha do Planeta dos Macacos (1973); Huckleberry Finn (1974)
Don Murray (1929)
Nunca Fui Santa (1956); Despedida de Solteiro (1957); Cárcere Sem Grades (1957); Caçada Humana (1958); Fama a Qualquer Preço (1959); De Mãos Dadas com o Diabo (1959); A Senda do Ódio (1960); Almas Redimidas (1961); Com Deus e com os Homens (1964); O Gênio do Mal (1965); Kid, O Valente (1966); A Serviço do Crime (1967); A Rainha dos Vikings (1967); Filha da Obsessão (1969); A Conquista do Planeta dos Macacos (1972); Cotter (1973); O Apagar de uma Estrela (1974); Amor sem Fim (1981); A Volta dos Rebeldes (1981); Há Sempre Uma Esperança (1983); Peggy Sue, seu Passado a Espera (1986); Alguma Coisa em Comum (1986); Espelho de Cristal (1987); Os Fantasmas Não Transam (1989); Twin Peaks: O Retorno (minisserie 2017)
Ricardo Montalban (1920–2009)
Os Três Mosqueteiros (1942); Beijou-me um Bandido (1948); O Preço da Glória (1949); Quando Canta o Coração (1950); A Marca do Renegado (1951); Assim São os Fortes (1951); México de Meus Amores (1953); A Espada Sarracena (1954); Rainha da Babilonia (1954); Sayonara (1957); Algemas Partidas (1960); Rashomon (1960); O Pirata Negro (1961); Mercado de Corações (1963); Crepúsculo de Uma Raça (1964); Madame X (1966); Joaquim Murietta (1968); Charity, Meu Amor (1969); Fuga do Planeta dos Macacos (1971); A Conquista do Planeta dos Macacos (1972); A Marca do Zorro (1974); Jornada nas Estrelas 2: A Ira de Khan (1982); Ilha da Fantasia (seriado 1977-1984); Um Rally Muito Louco (1984); Corra Que a Polícia Vem Aí! (1988); Pequenos Espiões 2: A Ilha dos Sonhos Perdidos (2002); Pequenos Espiões 3-D: Game Over (2003)
Hari Rhodes (1932-1992)
Vitória dos
Bravos (1961); De Volta à Caldeira do Diabo (1961); O Sargento e a Freira
(1962); Tambores da África (1963); Paixões que Alucinam (1963); O Mundo Marcha
para o Fim (1965); Miragem (1965); De Olhos Vendados (1966); Terra 2 (1971); A
Conquista do Planeta dos Macacos (1972); A Dream for Christmas (1973); A Volta
de Joe (1975); S.O.S. a 15000 metros (1976); Coma (1978); Caçada em Atlanta
(1981) e participação em vários seriados
Severn Darden (1929-1995)
O Ladrão Conquistador (1966); Essa Coisa, o Amor (1967); Uma Nova Cara no Inferno (1967); A Louca Missão do Dr. Schaefer (1967); Fúria Assassina (1969); A Noite dos Desesperados (1969); Uma Gatinha por Dia (1970); Corrida Contra o Destino (1971); Pistoleiro sem Destino (1971); Lobisomens sobre Rodas (1971); O Último Filme (1971); Cisco Pike (1971); Guerra Entre Homens e Mulheres (1972); A Conquista do Planeta dos Macacos (1972); O Destino que Deus Me Deu (1972); A Batalha do Planeta dos Macacos (1973); O Dia do Golfinho (1973); Descida para a Morte (1974); Jackson County Jail (1976); Emergência Maluca (1976); O Desaparecimento de Aimee (1976); Vitória em Entebbe (1976); Orphan Train (1979); Amigo é para Essas Coisas (1980); Evita (1981); O Hábito Não Faz o Monge (1980); Uma Cidade Muito Louca (1981); A Vitória do Mais Fraco (1985); Academia de Gênios (1985); De Volta às Aulas (1986); O Telefone (1988)
Luís, td bem?
ResponderExcluirAssisti todos os filmes dessa primeira leva, menos o último, não sei porquê ( acho que faltou motivação mesmo ).
Analisando o conjunto dos filmes penso que as obras que se seguiram ao grande sucesso de O Planeta dos Macacos refletiram mais o interesse dos produtores/estúdio em faturar do que propriamente o desejo de criar um legado para esta que pode ser considerada a primeira abordagem cinematográfica seriada que fala de um futuro distópico da humanidade. Pelo menos na forma de franquia, quero dizer. Interessante vendo por essa perspectiva, não?
Admito que lembro pouco desse filme, talvez por que não me tocou ou por algo que não percebi naquela oportunidade. Claro, o filme é de 1972, mas sua exibição na TV talvez tenha sido em 77 ou 78 ( essa é uma informação difícil de se levantar ). Aqui um parênteses: fico imaginando essa meninada de hoje que deve achar inacreditável um filme chegar á TV 5, 6 ou mais anos depois de seu lançamento nos cinemas. E olha que não havia sequer locadoras, já pensou?
Minha memória mais viva foi da morte do personagem de Montalban, simpatizava com ele.
Boa análise linkando o sistema autocrático representado no filme. A classe artística sempre foi mais sensível ás restrições de liberdade e isso veio á tona em muitas produções artísticas naqueles anos de contestação que foram a década de 70, no mundo todo naquele período, pode-se dizer. Sempre é importante atentar para isso.
Há uma discussão que nunca vi em todos os filmes de O Planeta dos Macacos, inclusive nas refilmagens: o aspecto religioso. O Homem se viu apequenado por não ser mais o único ser inteligente da Criação? Deus teria dado uma alma imortal também aos símios? No fundo, éramos irmãos?
Na ficção científica este enfoque apenas foi discutido ( mais de leve que merecia ) no remake de Battlestar Galactica.
Luís, fico por aqui. O tempo está curto, mas prometo retomar em novas resenhas suas. Gostei muito dessa, merece mais reflexão de todos seus leitores.
Grande abraço!
Oi Mário.. Tudo bem?
ResponderExcluirOlha que sintonia a sua com a análise que estou fazendo de Batalha do Planeta dos Macacos (ia terminar hoje, mas o sono está me alcançando e as filmografias tomam tempo)
A sua percepção de que os produtores queriam faturar mais do que criar um legado estará em um dos meu parágrafos. Por acaso também, em uma das minhas pesquisas, falarei da exibição na tv (americana) bem depois dos filmes terem saído no cinema (só ainda não sei se usarei para o ultimo filme ou a série).
Quanto a Montaban, virei fã ao assisti-lo como Khan no seriado Jornada nas Estrelas (ainda criança numa Tevê em preto e branco pela antiga dublagem da AIC ) no famoso episódio Semente do Espaço. Depois viria a Ilha da Fantasia (gostava muito). Quando saiu Jornada nas Estrelas 2, me lembro que a TV Bandeirantes anunciou que exibiria o episódio de "Space Seed" uma semana antes. Não teve erro : assisti o episódio e na outra semana lá estava com vários amigos da escola vendo o filme no cinema (época nostálgica)
A questão da "religião' até passou em pensamento, pois o início do último filme começa (em 2670) com o legislador símio (O diretor John Huston) professando uma nova versão da bíblia, explicando porque os símios ali estavam . E Ceasar tinha citado que até a religião seria refeita em seu discurso final em A Conquista ... .(se não está no filme é porque vi a cena "uncut version" que está no Youtube. É tanta pesquisa que me perco) Quanto a BSG, concidentemente, vi uma leve referência ao seriado e uma comparação com as cenas deletas do ultimo filme , mas deixei passar (quem sabe na próxima)
Bom, vou ficando por aqui, apenas enfatizando que farei uma análise da série e do desenho em seguida (lá vem pesquisa rsss). E devo fazer uma análise fora do padrão do blog ao falar sobre as HQs lançadas nos EUA, Reino Unido e por aqui. Até para fechar esse ciclo e as pessoas terem uma real dimensão do que foi essa franquia na cultura pop. Se meu cérebro sobreviver a tanta informação, tentarei fazer a versão do Tim Burton, caso contrário, volto as análises , descanso a mente e futuramente volto a falar desse filme (muito diferente, visualmente interessante, mas preciso rever e finalmente chegar a uma conclusão sob o ponto de vista de análise do que esse filme transmite)
Realmente essa vida parece mais corrida do que quando éramos mais novos, as coisas pareciam caminhar mais lentamente , essa semana estou com mais tempo e vou correr atrás em pesquisar o que der e depois é pensar em como passar para o papel. Muito obrigado pelos comentários sempre pontuais e que me ajudam também a refletir em vários sentidos. Sempre acrescentam, acredite, e ampliam a minha visão. Um grande abraço.
Muito bom poder ler estas análises sobre os clássicos filmes da franquia Planeta dos Macacos. Fico no aguardo da resenha sobre a série de 1974, que embora tenha grandes diferenças em relação aos filmes, é o produto que mais gosto nesta franquia. Parabéns pelo excelente trabalho no blog!
ResponderExcluirBoa Noite Blog Clássicos na Tv
ResponderExcluirEstou preparando a análise da série de Tv que também gostava muito. Não tinha idade para assistir nos cinemas, vendo os filmes na Tv e o seriado, que infelizmente foi muito breve. Estou revendo episódio por episódio e analisando para no final publicar. Em seguida, devo colocar a análise dos desenhos e falar um pouco dos quadrinhos lançados em algumas partes do mundo.
Visitei o seu Blog e é muito bom. Parabéns! Sempre bom ver que há pessoas resgatando memórias e colocando informações relevantes.
Muito obrigado por comentar (vi que seu nome é Bruno) e volte sempre. Um grande abraço e até a próxima.