sexta-feira, 16 de junho de 2023

A SOMBRA E A ESCURIDÃO / THE GHOST AND THE DARKNESS (1996) - ESTADOS UNIDOS / ALEMANHA

FELINOS SERIAL KILLERS

Na virada do século XIX para o século XX a Grã-Bretanha, França e Alemanha queriam garantir a maior parte do comércio da África Oriental. Nessa corrida para monopolizar principalmente o lucrativo comércio de marfim é contratado o engenheiro do exército inglês John Patterson (Val Kilmer) que teve grande sucesso na Índia. Sua tarefa: construir uma ponte sobre o rio Tsavo (cujo nome significa “local de abate” pela guerra ali ocorrida no passado entre os Maasai e os Akamba), no Quênia, leste da África. Patterson precisar seguir o cronograma estipulado e terminar a construção em cinco meses e assim unir-se às obras ferroviárias que se encontram em curso.

Ao chegar ao local, descobre que a tarefa não será tão fácil quanto imaginava, as variadas etnias criam brigas constantes entre as equipes de trabalho e o local também possui casos de Febre Amarela e Malária com vários trabalhadores acamados, mas ainda há algo que assombra os trabalhadores: os ataques de leões que tem ceifado a vida de vários empregados. Patterson se assusta ao saber que a quantidade chega a dezenas. Após um ataque, resolve ficar de tocaia e num golpe de sorte mata um dos temíveis felinos com um único tiro. A sua fama se espalha e o otimismo volta a tomar conta de todos. Mas o inusitado acontece: desafiando os padrões de comportamento conhecidos, há dois temíveis leões que caminham e atacam juntos e Patterson não consegue subjugá-los.

Para tentar pôr fim ao medo instaurado e aos ataques mortais dos felinos é contratado um famoso caçador americano, Charles Remington (Michael Douglas), veterano da Guerra Civil, que chega ao local com um grupo de guerreiros Maasai. Logo Remington perceberá que nunca travara contato com animais tão perigosos: poderosos e incrivelmente táticos. Os nativos os batizam de “A Sombra e a Escuridão” e lhes atribuem conotações sobrenaturais. Enquanto Patterson revolve se juntar a Remington para deter os felinos, o caçador americano passa a conjecturar se eles não estão na condição de serem a caça.

As filmagens não foram nada fáceis: picadas de cobras, de escorpiões, febre por picada de carrapatos, inundações, chuvas torrenciais, tempestades com raios, carros sendo arrastados para a água incluindo dois afogamentos. O diretor Stephen Hopkins descreveu a experiência como "um verdadeiro pesadelo". A relação com Michael  Douglas era muito tensa mesmo antes das filmagens (Douglas era um dos produtores do filme) com o ator, decidindo no último minuto, interpretar Remington (o papel fora oferecido a Sean Connery e Anthony Hopkins, mas ambos recusaram), além disso teria havido um corte na montagem final do filme em quase 45 minutos o que fez com que o diretor declarasse não ter assistido ao filme.

No início dos anos 90, Brian De Palma foi escolhido para dirigir e Kevin Costner interpretaria Patterson. Quando “A Fogueira das Vaidades” (1990) se revelou um desastre de bilheteria, o estúdio retirou a oferta a De Palma, e Costner fez “O Guarda-Costas” (1992). Kenneth Branagh teria chegado a ser contratado para dirigir após o sucesso de "Henrique V” (1989). Posteriormente, a Paramount queria que Michael Mann (“Miami Vice” e “Colateral”) dirigisse. John Travolta e Nicolas Cage foram considerados para o papel do coronel John Patterson. Robert De Niro e Arnold Schwarzenegger foram considerados para interpretar Charles Remington e Tom Cruise recusou. Hopkins que dirigiu “Predador 2” e “A Hora do Pesadelo 5” entrou para conduzir o filme. Para a produção foram utilizados cinco leões nascidos em cativeiro oriundos do Canadá, França e Estados Unidos. Os leões americanos Bongo e Caesar foram criados juntos o que permitiu que pudessem ser utilizados em cenas que precisavam de dois animais simultaneamente na tela e chegaram quatro meses e meio antes das filmagens para se adaptarem, o que não impediu dores de cabeça quando dois leões conseguiram se soltar e quando um mordeu o treinador. Junto aos animais verdadeiros foram criados animatronics. E para dar aos leões uma aparência quase mitológica, a equipe do Stan Winston Studio fez sua escultura dez por cento maior do que um leão comum.

Ainda que a narração inicial diga que os eventos foram baseados em fatos reais e o cartaz americano viesse com a honesta frase “only the most incredible parts of the story are true” (apenas as partes mais incríveis da história são verdadeiras), a verdade é que grande parte do filme realmente é fictícia (sempre são!), como, por exemplo, o personagem Charles Remington: ele nunca existiu!. Só isso já é uma mudança considerável, pois o personagem de Michael Douglas preenche grande parte do filme. Douglas disse que a criação de Remington foi um modo de aproximar a trama para o público americano. Quanto aos leões (os "The Man-Eaters of Tsavo" – “Os Devoradores de Homens de Tsavo” título do livro de Peterson ou “The Shaitaini" – “Os Demônios da Noite” na língua hindu, apelido dado pelos trabalhadores), eles teriam realmente matado mais de 130 pessoas em questão de meses, mas tinham outra característica além de caminharem juntos: eles não tinham jubas, ou seja, não eram tão assustadores, apenas mortíferos.

Afinal, esses serial killers felinos eram apenas animais ou eram espíritos? Se fossem espíritos malévolos faria até sentido o medo dos trabalhadores, pois estes estavam ajudando um país estrangeiro a intensificar o comércio de marfim e muitos sabiam as implicações desses atos. Achar que estavam sendo amaldiçoados por isso era algo natural.  A verdade é que o homem destrói a natureza, invade territórios em seu avanço rumo ao “progresso”, encontra o que não espera e encontra a solução mais comum por ele utilizada: eliminar o problema. O roteirista William Goldman, em sua viagem à África, escutou relatos que viraram uma lenda e, após ler o livro de Peterson, relatando sua experiência, resolveu contar essa história aos moldes Hollywoodianos tentando encontrar um equilíbrio preciso entre os incidentes reais e os elementos inefáveis e não escondeu que galgou a mesma fórmula do clássico de Spielberg: “Tubarão” (três homens contra um criatura – gaiola pra prender o animal ...), elaborando a narrativa em torno do suspense, onde as feras enxergam o caçadores, mas os caçadores não enxergam as feras, sempre apresentando uma incrível sensação de ameaça, recursos ficcionais para dar à estória ares de envolvimento e emoção criando assim uma fábula sobre a vingança da natureza contra a civilização.  

Nos anos 90 falar que um filme era baseado em fatos reais era algo que suscitava crenças calorosas do que se via nas telas. Nos dias atuais, onde com apenas alguns cliques você pode esclarecer um evento histórico, só por desinteresse não se consegue alguma informação. A pergunta que fica é: filmes com síndrome do animal senciente (muito comum em filmes de tubarões, crocodilos...) ainda levam espectadores aos cinemas? “Águas Rasas” e “Megatubarão” mostram que o público ainda compra a ideia de um ser capaz de raciocinar e elaborar estratégias e táticas de ataques e defesa, talvez por isso esse “tubarão das savanas” fez tanto sucesso de público, ainda que a crítica especializada tenha se dividido.

Quanto ao elenco, um dos motivos do aceite de Val Kilmer foi compartilhar os mesmos desejos de seu personagem: conhecer a África. E o ator saiu-se muito bem com seu personagem metade construtor, metade caçador. Michael Douglas, apesar da boa atuação em cena, me pareceu ter trazido seu personagem de “Tudo por Esmeralda”, só que mais velho, sarcástico e desiludido. Tom Wilkinson é o contratante e o chefe que ninguém deseja ter. John Kani (pai do “Pantera Negra” no filme homônimo) está ótimo como o empreiteiro que passar a ajudar a dupla contra os assustadores felinos. Bernard Hill é o médico que tenta se virar com que pode e Om Puri faz Abdullah, um hindu que consegue controlar e influenciar os trabalhadores até certo ponto. Emily Mortimer que faz a esposa de Peterson tem um dos momentos mais assustadores do filme. Foi o seu primeiro longa-metragem.

Ganhador do Oscar de Edição de Som, A Sombra e a Escuridão, título brasileiro bem melhor que o americano (“The Ghost and The Darkness” – “O Fantasma e a Escuridão”), é um filme muito bem realizado. Optar por mostrar menos as criaturas e investir mais na tensão e no clima de perigo foi uma decisão acertada. A linda fotografia de Vilmos Zigmond chama a atenção e o designer Stuart Wurtzel recriou perfeitamente uma África do século XIX. Jerry Goldsmith nos trouxe uma bela trilha sonora que fundiu o espírito dos antigos filmes de aventura que tanto agrada os espectadores com a música da região (o filme foi rodado em locações de “Songimvelo Game Reserve” na África do Sul por questões fiscais). Um filme feito para divertir e que diverte.

 

Trailer:

 


 

Curiosidades:

Houve uma nova adaptação do livro "The Man-Eaters of Tsavo": o filme Caçados (2007)

Stephen Hopkins não contou a nenhum dos atores, na cena da tenda do hospital, sobre os dois leões, dizendo-lhes que eles deveriam apenas dormir para assim obter reações genuínas. 

O local onde a ponte foi construída agora é chamado de Man-Eater's Junction, em homenagem aos dois leões. Fica no Parque Nacional Tsavo East, no Quênia, cerca de 300 quilômetros a sudeste de Nairóbi.

O tenente-coronel Patterson possuía as peles e os crânios dos dois comedores de homens Tsavo. Em 1924, Patterson os vendeu para o Field Museum em Chicago por $ 5.000.

Quando o primeiro trabalhador é arrastado de sua cama por um dos leões, outros podem ser ouvidos gritando "Simba! Simba!" "Simba" é a palavra suaíli para "leão".

A maioria dos personagens Maasai do filme foi interpretada por sul-africanos. Os Maasai na caça foram interpretados por guerreiros Maasai da vida real.

A pequena caverna que servia como covil dos leões foi fotografada quando os leões finalmente foram abatidos e o local esquecido. Um século depois desses eventos a caverna foi redescoberta após uma extensa pesquisa. Alguns tentaram desacreditar a caverna, dizendo que restos humanos estavam associados a mortes naturais, mas com base nas evidências do relato do coronel Patterson, esse conceito foi posteriormente rejeitado.

A inspiração de William Goldman para Charles Remington foi Burt Lancaster.

No filme, Mahina era um africano adulto e o capataz da construção da ponte. Na vida real, Mahina era um menino indiano que servia como porta-armas de Patterson.

Charles Remington foi baseado no caçador anglo-indiano Charles Ryall, superintendente da Polícia Ferroviária

Em mais de uma ocasião, um leão se libertou de sua coleira ou jaula, fazendo com que os fiigurantes recuassem para uma distância segura. "Eu estava lá uma vez quando um leão se soltou", disse Rosengrant, "e eu o vi morder seu treinador e depois pular do chão para o topo de sua jaula na traseira de um caminhão de 4 a 5 pés, direto para cima,no ar, como um gato doméstico. E esse foi um dos mansos! Subi no caminhão da câmera com outras pessoas e fomos embora até encurralar aquele animal. Havia também um casal de leões de circo e quando um deles se soltava, você corria para as colinas porque eles não eram nada mansos. Eles tinham um comportamento muito mais cruel e agressivo.

John Kani esteve em Capitão América: Guerra Civil (2016) e Pantera Negra (2018) como Rei T'Chaka, pai do personagem principal.  

 

Cartazes:

 



Bastidores:






Os Verdadeiros Animais no The Field Museum (Chicago) 



Filmografia Parcial:

Val Kilmer








Top Gun: Ases Indomáveis (1986); Willow - Na Terra da Magia (1988); Mate-me Outra Vez (1989); Coração de Trovão (1992);  Tombstone - A Justiça Está Chegando (1993); Fogo Contra Fogo (1995); A Ilha do Dr. Moreau (1996); A Sombra e a Escuridão (1996); O Santo (1997); Planeta Vermelho (2000); Spartan (2004); Caçadores de Mentes (2004); Alexandre (2004); 5 Dias de Guerra (2011); O Grande Golpe (2012); A Ilha da Aventura (2013); Palo Alto (2013); Tom Sawyer & Huckleberry Finn (2014); De Canção em Canção (2017); Boneco de Neve (2017); Top Gun: Maverick (2020) 

 

Michael Douglas








Quando Michael Chama ou Silêncio Quebrado (1972); Síndrome da China (1979); Michael X Michael (1979); O Esquadrão da Justiça (1983); Tudo por uma Esmeralda (1984); A Jóia do Nilo (1985); Atração Fatal (1987); Wall Street - Poder e Cobiça (1987); Chuva Negra (1989); A Guerra dos Roses (1989); Uma Luz na Escuridão (1992); Instinto Selvagem (1992); Um Dia de Fúria (1993); Assédio Sexual (1994); A Sombra e a Escuridão (1996); Refém do Silêncio (2001); Acontece Nas Melhores Famílias (2003); Sentinela (2006); Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme (2010); Homem-Formiga (2015); Homem-Formiga e a Vespa (2018); Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania (2023). 


John Kani








Selvagens Cães de Guerra (1978); A Noite da Vingança (1987); Othello (1989); Sarafina! O Som da Liberdade (1992); A Sombra e a Escuridão (1996); Coriolano (2011); Capitão América: Guerra Civil (2016); Pantera Negra (2018); Mistério no Mediterrâneo (2019) 

 

Tom Wilkinson







As Duas Metades (1984); Sombras do Passado (1985); Sylvia (1985); Parker (1985); Sótão: O Esconderijo de Anne Frank (1988); Em Nome do Pai (1993); Razão e Sensibilidade (1995); A Sombra e a Escuridão (1996) A Governanta (1998); A Hora do Rush (1998); Shakespeare Apaixonado (1998); Entre Quatro Paredes (2001); Loucuras na Idade Média (2001); Antes que Termine o Dia (2004); Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças (2004); Batman Begins (2005);  O Exorcismo de Emily Rose (2005); Uma História de Amor (2007); Conduta de Risco (2007); Rock'n'Rolla: A Grande Roubada (2008); Operação Valquíria (2008); Duplicidade (2009); A Grande Mentira (2010); O Besouro Verde (2011); O Exótico Hotel Marigold (2011); O Cavaleiro Solitário (2013); Segredos de Um Crime (2013); O Grande Hotel Budapeste (2014); Selma: Uma Luta Pela Igualdade (2014); Snowden: Herói ou Traidor (2016); Dead in a Week (Or Your Money Back) (2018) 

 

Bernard Hill







Brigada da Morte (1976), Gandhi (1982), Rebelião em Alto Mar (1984), Afogando em Números (1988), As Montanhas da Lua (1990), Lancelot, o Primeiro Cavaleiro (1995), O Grande Jogo (1995), A Sombra e a Escuridão (1996), Titanic (1997), Crime Verdadeiro (1999), O Escorpião Rei (2002),  O Senhor dos Anéis: As Duas Torres (2002), Na Companhia do Medo (2003), O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei (2003), Wimbledon: O Jogo do Amor (2004), Coração da Terra (2007), O Justiceiro Mascarado (2008), Operação Valquíria (2008); Segunda Oportunidad (2018)


Om Puri







A Cidade Da Esperança (1992), Lobo (1994), A Sombra e a Escuridão (1996), Meu Filho, o Fanático (1997), Tradição é Tradição (1999), Um Agente em Apuros (2001), Um Soldado Apaixonado (2004), Porque... (2005), Jogos do Poder (2007), Ataque Terrorista (2007), A 100 Passos de um Sonho (2014),,  Tubelight - O Valor da Fé (2017) 

 

Emily Mortimer







A Sombra e a Escuridão (1996), Tempos de Rebeldia (1996), O Santo (1997), Elizabeth (1998), Um Lugar Chamado Notting Hill (1999), Amores Perdidos (2000), Duas Vidas (2000), Encontro de irmãs (2001), órmula 51 (2001), Dicionário de Cama (2003), O Jovem Adam (2003),Querido Frankie (2004), Ponto Final: Match Point (2005), A Pantera Cor de Rosa (2006), Paris, Te Amo (2006), A Garota Ideal (2007), A Teoria do Caos (2007), Expresso Transiberiano (2008), Cinturão Vermelho (2008), A Pantera Cor de Rosa 2 (2009), Confusões em Família (2009), Harry Brown (2009), Ilha do Medo (2010), A Invenção de Hugo Cabret (2011), Rio, Eu Te Amo (2014), Drama em Família (2015), O Sentido Do Fim (2017), A Festa (2017), A Livraria (2017), Nunca te Esquecerei (2018), O Retorno de Mary Poppins (2018), A Possessão de Mary (2019), Relíquia Macabra (2020) 


Fontes:

IMDB

Variety

Empire

Jornal O Globo

Jornal do Brasil

4 comentários:

  1. Luís, td bem?
    Assisti A Sombra e a Escuridão na TV e achei ótimo, imagine se fosse no cinema.
    Me lembro da impressão que tive da caracterização dos nativos muito natural, sem a submissão e a desagradável visão depreciatória presente naquele momento colonialista da História, talvez pela postura do personagem de Val Kilmer, paternal com todos, e do personagem de Michael Douglas, que os via como parceiros e os respeitava. Curioso esse aspecto ter para mim permanecido na lembrança, como nossa memória é seletiva, não?
    Realmente um filme muito bem feito, visualmente e no desenrolar do roteiro. As cenas das caçadas ou das espreitas quando noturnas eram de botar o terror mesmo e as diurnas, claustrofóbicas ( esse é um daqueles filmes que eu vou esperar minhas filhas crescerem um pouco para assistir com elas ). Mérito do diretor principalmente, creio eu.
    Acho que esse foi um dos grandes papéis de Val Kilmer. Até então parecia ser uma estrela em ascensão e acho que por conta de alguma limitação sua ele não evoluiu mais na carreira. Como VK, muitos foram assim.
    Michael Douglas dispensa comentários. Sim, também me lembrou seu personagem em Tudo por Uma Esmeralda. Fez thillers urbanos que marcaram época, talvez datados hoje, mas sucessos inegáveis. Ainda que em parte, herdou tino e carisma do pai, que o fez ser quem é em sua vida profissinal. Não é pouca coisa.
    Vc disse tudo e o mais importante: um filme feito para divertir e que diverte.
    Muito obrigado por sempre postar, Luís.
    Um grande abraço!

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    1. Olá Mario.
      Ao fazer a análise desse filme percebi que a imprensa da época citava ser muito difícil trabalhar com Val Kilmer, mas que o diretor deste filme disse não ter tido problemas. Já com Michael Douglas, como citei na matéria, o diretor teve problemas e reclamou do corte do filme e uma montagem que privilegiou o ator em cena (essa eu não citei). Mas são os percalços das produções e informações que ao longo dos anos vão desaparecendo. Estou analisando as duas versões de 12 Homens e uma Sentença ainda vendo como vou montar as análises que possuem uma riqueza de detalhes. Espero trazer informações interessantes. E ainda devo ver a primeira versão (não, não é a do Fonda) para pelo menos poder ter uma ideia. Sabia que até versão Bollywood o filme teve ? Mas como vou publicar juntas ficarão entre o meio da semana e o final. Obrigado por sempre comentar e um grande abraço.

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  2. https://www.google.com.br/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fshopee.com.br%2FRevista-SET-Ed.-113-Ano-10-N%25C2%25BA-11-i.318570250.6896597425&psig=AOvVaw0sM51rOpZtJEfX6-PwDktH&ust=1687192178177000&source=images&cd=vfe&ved=0CBEQjRxqFwoTCMixhuaezf8CFQAAAAAdAAAAABAE

    Esta é uma capa da Set de novembro de 1996.
    Achei que tinha doado todas as minhas Set ( creio que a tenho completa até 1999; um tesouro, desde o número 1 ). Mas revirando uma parte em reforma da minha casa, não é que topei com essa minha coleção? Rapaz, agora vou guarda-la melhor, né?
    Te mando uma imagem da primeira que vi, que é essa do link acima, edição 113.
    Nela aparecem vários atores que estavam dispontando para o sucesso. Mas só um de fato chegou lá, que coisa, não?
    Tudo de bom, Luís!

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  3. Muito legal Mário. Eu tenho essa revista. Eu encadernei uma boa parte, inclusive as primeiras edições, em capa dura na época. A gente levava no jornaleiro, esperava semanas e era avisado que tinha chegado. Me lembro desse período pela coleção Conhecer e Medicina e Saúde. Quem imaginaria, naquela época, dos meus 10 anos, anos 70, que existiria computador caseiro, digitalização e PDF? Só para falar sobre livros. E que coisa essa capa. Aliás a Set gostava de eleger grandes astros. Mickey Rourkey era tido como novo Marlon Brandon, em sua primeira edição, e em outra Matthew McConaughey seria o novo Paul Newman. E quem imaginaria que o jornal perderia sua função diante das informações em tempo real? O grande desafio é se reinventar. Talvez daí tenha tirado o hábito da leitura... E, consequentemente, a escrita. Um grande abraço e até as próximas.

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