sexta-feira, 8 de abril de 2016

RASTROS DE ÓDIO - THE SEARCHERS (1956) - ESTADOS UNIDOS



UM DOS MELHORES DIRETORES E UM DOS MELHORES ATORES DO GÊNERO
(o texto contém spoilers)

Texas, 1868, três anos após a guerra de secessão, Ethan (John Wayne) um ex-combatente, do lado perdedor, surge à porta de seu irmão Aaron (Walter Coy). Seu retorno é comemorado pela família, agora composta da matriarca, Martha,  seus três filhos e  o mestiço Martin Pawley (Jeffrey Hunter), criado pela família. Ethan aparentemente voltou para ficar. 


Com a chegada do Reverendo / Capitão Johnston (Ward Bond) é solicitado a Aaron que acompanhe “voluntariamente” seus patrulheiros para encontrarem ladrões de gados. Ethan se oferece para ir no lugar do irmão e Martin o acompanha. Após uma longa busca, descobrem que foram os Comanches que roubaram o gado e que tudo foi uma armadilha para afastá-los de suas fazendas. Ao regressarem, Ethan e Martin se deparam com a fazenda destruída e seu irmão e esposa estão mortos. Ethan percebe que suas sobrinhas Debbie (Natalie Wood) e Lucy (Pippa Scott) foram levadas pelos Comanches. Junto com os patrulheiros iniciam uma perseguição, mas com o tempo o grupo esmorece e apenas Ethan e Martin resolvem levar a cabo as suas missões de busca e vingança, ainda mais depois que descobrem que Lucy está morta.


O que dizer a respeito de Rastros de Ódio? Na lista dos melhores filmes de todos os tempos, reverenciado por vários cineastas como Spielberg, Orson Wells, Martin Scorcese e Jean Luc Godard. O diretor John Ford se tornou uma espécie de patriarca dos filmes de Velho Oeste.  E foi protagonizado por uma lenda dos filmes de Cowboys: John Wayne. Mas por que Rastros de Ódio (The Searchers) é um filme tão reverenciado? São várias as qualidades e os detalhes a serem observados nesta obra.
 

Para começar, o herói Ethan é na verdade um anti-herói: racista (essa discussão dura até hoje), em relação aos índios. Ele não vê com bons olhos Martin e o avisa que pode ser confundido com um mestiço (na verdade Martin é metade Cherokee e metade inglês). Atira nos olhos de um índio enterrado para que, conforme a tradição dos comanches, passe a vagar eternamente sem encontrar o paraíso. Num confronto em um rio, atira mesmo quando os inimigos estão batendo em retirada e demonstra, através de palavras, todo o sentimento de antipatia por essa civilização. O filme nunca explica realmente o porquê (a inscrição na lápide, no início do filme é um indicador), mas sabemos que o intuído de Ethan é resgatar Debbie, mas muitos anos se passaram e se a menina, agora jovem, estiver adaptada a nova cultura ele a matará. Ou seja: prefere vê-la morta do que como uma índia. Não hesita nem em usar Martin como isca para pegar de surpresa malfeitores que querem lhe roubar. Não se sabe o que ocorreu nesse hiato de três anos do fim da guerra, mas ele pode ser um homem procurado, conforme lhe informa o reverendo, que aponta existirem relatos de uma pessoa procurada com características similares. Mas eis que surge um antagonismo: Ethan tem os traços do herói americano: bravo, honesto, destemido e determinado. E isso confunde a percepção do espectador. Ethan pode ser tudo isso, menos uma pessoa comum. E algumas perguntas sempre permanecerão: Houve algo entre ele e a esposa de seu irmão? Há algo mais na história de Ethan ter encontrado Martin quando bebê e a sua família o adotado? Seria um foragido da Justiça? Porque usa o uniforme de uma guerra findada?  O que busca afinal em tão obstinada caçada?


Ethan odeia Scar (Henry Brandon), o chefe Comanche que sequestrou Debbie. Odeia todos os índios. Scar odeia todos os homens brancos e, quando fica frente a frente com Ethan, também o odeia. Um seria o contraponto do outro. Ethan pode ser exatamente igual aquilo que ele mais repuldia. Talvez nesse momento, quando ambos se encaram sob o sol, tenham se percebido iguais, como se olhassem para um reflexo deturpado em um espelho. Ethan fala comanche. Scar fala inglês. Ethan perdeu a família para os índios. Scar perdeu filhos para os colonos. Ethan conhece os costumes comanches, Scar, os costumes dos brancos. Ethan na verdade é um personagem obscuro, amargo e assustador que trouxe seus demônios da guerra ou já os havia levado consigo quando enfrentou seus compatriotas.


O filme tem admirável construção cinematográfica e uma grandeza plástica poucas vezes conseguida no cinema. É um Western épico, lírico e mitológico. Jean Luc Godard comparou a cena final do filme ao encontro de Ulisses com seu filho Telêmaco, no livro "A Odisseia". É uma das mais emocionantes buscas da historia do cinema, com um personagem motivado por algo mais que a vingança. Mas possui momentos igualmente poderosos de drama e comédia. A passagem dos anos se dá através de sutilezas como menções em cartas, diálogos  ou mudanças de clima. O início do filme, com a porta se abrindo, a câmera avançando, revelando todo o esplendor das montanhas, contrasta com o final onde a câmera retorna até a porta se fechar. São duas cenas, que abrem e fecham o filme, e o grande público não percebeu. Por isso é um filme de várias leituras.


A fotografia, de Winton C. Hoch, valorizado pelo cenário do Monument Valley (Utah) é um dos destaques do filme.  Percebe-se um apurado trabalho de trazer a iluminação certa para o horário certo da cena. Temos sempre tomadas belíssimas de fundo, valorizadas pelo uso do “Technicolor” (processo que consistia na coloração dos filmes) e do recém-criado (1954) processo de “VistaVision”, que consistia em uma maior resolução, dando ao filme um resultado ainda mais grandiloquente. O resultado é que Winton C. Hoch tira uma plasticidade perfeita do cenário desértico.


O elenco é, sem dúvida, primoroso. Temos John Wayne em atuação antológica, Jeffrey Hunter (do bíblico “O Reis dos Reis”), como um jovem inexperiente, mas bravo e valoroso que acompanha Ethan pelos laços familiares e por não ter certeza das reais motivações do herói. E Natalie Wood (1938–1981), aos 15 anos,  que ficaria famosa 5 anos mais tarde por "West Side Story" (1961). O elenco de apoio está excelente e temos Vera Miles (Laurie) como a jovem que ama Martin; Ward Bond (1903–1960); Henry Brandon (1912–1990); Ken Curtis (1916–1991), o músico apaixonado por Laurie e Hank Worden (1901–1992), o louco Mose, que deseja apenas um lugar para ficar e uma confortável cadeira de balanço. Esses atores agregaram para que o filme funcionasse e alguns deles eram atores que Ford costumava utilizar em seus filmes.


John Ford é outro caso a parte. Tido como um dos maiores cineastas de todos os tempos, considerado o patriarca dos filmes de Western. Aos 30 anos já havia dirigido 50 filmes. Tido como uma pessoa mal humorada, irônica e que não gostava de entrevistas, dando respostas vazias, Ford tem em seu currículo grandes filmes como “Nos Tempos das Diligências” (tido como um dos maiores filmes do gênero); “O Delator” (1935); “Vinhas da Ira” (1940);  “Como Era Verde o Meu Vale” (1941) ; Depois do Vendaval (1952). Esses quatro últimos deram o Oscar de Melhor diretor a Ford. Sua influência é tão grande no cinema que talvez tenha sido esse o motivo que levou o diretor Orson Wells a assistir 40 vezes o filme “Nos Tempos das Diligências” para, segundo o próprio, "aprender a fazer cinema".

Mas Rastros de Ódio tem aspectos não tão positivos? Sim. As situações cômicas, podem não ser mais vistas como tal e algumas são até de mau gosto, como Martin e sua esposa “índia”, na cena em que vão dormir. Pode ter sido engraçado na década de 50. Atualmente não tem graça nenhuma, gera até reflexão. A briga de Martin com seu rival no amor também não tem o menor realismo e soa fajuta. E temos que falar do ator alemão Henry Brandon na pele de Scar. O ator não tem o menor traço indígena e vemos, visivelmente, que não é um nativo americano. Seu vilão foi ofuscado pela dualidade do personagem de Wayne. Outro aspecto a ser levado em consideração é a caracterização dos comanches, como uma tribo selvagem que atacava sem piedade. Quem leu o livro “Enterrem Meu coração na Curva do Rio” terá um choque e tanto de realidade. Houve um filme homônimo, muito interessante, mas que conta apenas a história sobre Touro Sentado, sem abordar o restante do livro.


Rastros de Ódio é um filme que nos revela sempre algo mais quando revisto de tempos em tempos. Essa uma das partes mais interessantes dessa obra. Talvez porque esteja divido em camadas e quando retiramos uma, revela-se outro aspecto até então ignorado. Se olharmos aos 10, 20, 30, 40, 50, 60 ... anos de idade teremos percepções diferentes da obra, seja da visão do personagem, da nossa visão do mundo ou das personalidades dos envolvidos.




Trailer:








Curiosidades (contém spoliers):
Jeffrey Hunter foi o primeiro Capitão da Enterprise, no seriado Jornada nas Estrelas (1966-1969), no episódio piloto "The Cage" (lançado em VHS como: "Jornada nas Estrelas - Como Tudo Começou"), considerado muito intelectual para o público da época. Seu personagem chamava-se Christopher Pike e o personagem Spock (Leonard Nimoy) estava em cena. O episódio foi rejeitado, sendo feito um segundo episódio com o ator William Shatner. "The Cage" foi incorporado à série em um novo episódio (somente em 1986) e com acréscimos no roteiro.


 














Jeffrey Hunter foi Jesus em Reis dos Reis e faleceu aos 42 após uma cirurgia para remover um coágulo no cérebro, devido a um traumatismo que sofrera de uma queda em casa. O ator havia sofrido meses antes um acidente, após a explosão de um carro,  no set de filmagem do filme Cry Chicago (¡Viva América!).

 












Patrick Wayne, protagonista de Simbad e o Olho do Tigre, contracena com o pai, John Wayne. Ele é o jovem tenente que aparece perto do fim.


 













 


Steven Spielberg, Martin Scorsese, George Lucas, Jean-Luc Godard, John Milius e Paul Schrader consideram este um dos filmes que mais os influenciaram e todos lhe prestaram alguma forma de homenagem em seus trabalhos.

O filme foi eleito o 13º Melhor Filme de todos os tempos e o Maior Western de todos os tempos pela Entertainment Weekly.

John Ford estava disposto a permitir que John Wayne desistisse do filme para estrelar 7 Homens Sem Destino (1956). Wayne escolheu estrelar este filme.

Jeffrey Hunter tinha quase 29 anos na época das filmagens, embora seu personagem fosse um adolescente.

As listras vermelhas no casaco confederado de Ethan indicariam que ele estava em uma unidade de artilharia.

Foi oferecido a Fess Parker o papel de Martin, mas Walt Disney recusou-se a emprestá-lo. Jeffrey Hunter conseguiu o papel. Parker e Hunter mais tarde estrelariam juntos Tempera de Bravos (1956).

A banda Merseybeat The Searchers tirou o nome deste filme. Eles são mais famosos por seu cover de "Needles and Pins".

Lana Wood afirmou que Kirk Douglas agrediu sexualmente sua irmã mais velha, Natalie Wood, na época dessas filmagens.

As imagens visuais do deserto tiveram forte influência nas cenas de Tatooine em Star Wars: Uma Nova Esperança (1977).

O filme foi inspiração de Peter Fonda para Sem Destino (1969). Fonda disse que o filme seria sobre "o duque" (John Wayne) e Jeffrey Hunter procurando Natalie Wood. Fonda seria "o duque" e Dennis Hopper seria seu Ward Bond. A América seria sua Natalie Wood.

Antes deste filme, Vera Miles também interpretou uma jovem raptada por índios, mas pelos Cheyenne, em Investida de Bárbaros (1953).

De acordo com John Wayne em uma suposta entrevista de 1974 com o autor Michael Munn, John Ford deu a entender ao longo do filme que Ethan teve um caso com a esposa de seu irmão e era possivelmente o pai de Debbie. Isso significava que a sede de vingança de Ethan não provinha do assassinato de seu irmão, mas da mulher que Ethan amava. Isso foi tão sutil que muitos espectadores da época não perceberam completamente. No entanto, foi questionado se Munn realmente conheceu John Wayne ou alguma das celebridades que ele alegou ter entrevistado.

O filme foi inspirado em acontecimentos reais. Em 1836, os Comanches sequestraram Cynthia Ann Parker. Ela foi criada por eles, tornou-se membro da tribo e deu à luz um filho. Um dia nos EUA soldados atacaram o acampamento da tribo e a 'resgataram'. No entanto, ela não queria deixar “o seu povo” e lamentou isto e a perda do seu filho para o resto da sua vida. A ficção, porém, não tem nada a ver com a verdade: seu filho, Quanah Parker, tornou-se um líder comanche e lutou no exército por muitos anos. Quando ele e seu bando finalmente se renderam, ele foi morar entre os brancos e se tornou um empresário de sucesso. Na verdade, ele interpretou a si mesmo em um filme mudo de 1908 (The Bank Robbery (1908)). Quando John Ford escalou o papel de Quanah Parker em Terra Bruta (1961), ele escalou Henry Brandon, que interpretou o Chefe Scar neste filme.

Walt Disney nunca contou a Fess Parker, seu astro de Davy Crockett, O Rei das Fronteiras (1955), que era procurado pelo grande John Ford. Parker ficou horrorizado quando descobriu a oportunidade que lhe foi negada.

A música que toca enquanto John Wayne se aproxima no início do filme é uma versão lenta de "The Bonnie Blue Flag" (título original: "The Irish Jaunting Car"). Essa música e "Dixie" de Daniel Decatur Emmett foram os dois "hinos" da Confederação.

John Wayne (1907–1979) se chamava Marion Michael Morrison. Seu apelido era Duke. Ganhou seu  único Oscar, em 1970,  de melhor ator, pelo filme "Bravura Indômita" (1969). A grande oportunidade de Wayne foi quando John Ford o chamou para fazer o tímido Ringo Kid em "No Tempo das Diligências". Wayne já havia estado em aproximadamente 72 produções. O ator  foi muito criticado por assumir politicamente uma posição de republicano de extrema direita, o que fez com que perdesse vários amigos. Faleceu aos 72 de câncer.

Uma parte significativa do enredo do filme é revelada em um acessório descartável que a maioria dos espectadores casuais raramente percebe. Pouco antes do ataque indígena à propriedade de Edwards, a lápide (da mãe de Ethan) que Debbie se esconde ao lado revela a fonte do ódio flagrante de Ethan pelos Comanches. O marcador diz: "Aqui jaz Mary Jane Edwards morta por Commanches em 12 de maio de 1852. Uma boa esposa e mãe em seu 41º ano."

Considerando o papel de Ethan Edwards como o melhor personagem que ele já interpretou na tela e Rastros de Ódio (1956) como seu papel favorito no cinema, John Wayne nomeou seu filho mais novo, Ethan Wayne, em homenagem.

Os atores que interpretam os índios Comanche são todos Navajo, com exceção do Chefe Scar, interpretado por Henry Brandon, um judeu nascido na Alemanha. A língua, as vestimentas tradicionais e as danças retratadas no filme são todas navajo, não comanche. A "Comanche Death Song" é na verdade uma canção social Navajo "Squaw Dance".
 
Natalie Wood foi encontrada afogada, aos 43 anos. No barco encontravam-se seu  marido, Robert Wagner (da famosa série Casal 20) e o ator Christopher Walken ("Caminhos Violentos"). A morte foi tida como acidental. 

Durante as filmagens, uma criança Navajo ficou gravemente doente com pneumonia e precisou de atenção médica urgente. John Wayne tinha seu próprio avião no local e pediu ao piloto que levasse a menina ao hospital. Por seu feito, os Navajos o chamaram de "O Homem da Grande Águia".

Natalie Wood ainda era uma estudante do ensino médio quando o filme estava sendo feito e, em diversas ocasiões, John Wayne e Jeffrey Hunter tiveram que buscá-la na escola.

David Lean assistiu a esse filme repetidamente enquanto se preparava para Lawrence da Arábia (1962) para ajudá-lo a ter uma noção de como fotografar uma paisagem.

John Ford fez questão de contratar índios americanos genuínos para seus filmes, e este não foi exceção. Os Navajo na verdade o chamavam de "Líder Alto", pois apreciavam o fato de ele ter trazido emprego para um povo empobrecido.

De acordo com Lana Wood em seu livro sobre sua irmã Natalie Wood, durante as locações, Ward Bond foi picado por uma cascavel. O elenco e a equipe técnica observaram os índios sugarem o veneno.

O cavalo que John Wayne montou em "The Searchers" chamava-se Duke e, na verdade, era propriedade de Glenn Ford, que o nomeou em homenagem a seu amigo.

A cena em que os bisões são baleados foi filmada no Parque Nacional Elk Island, no Canadá. John Ford soube que as autoridades do parque estavam lidando com um surto de brucelose atirando em animais infectados, então perguntou se poderia enviar uma equipe de filmagem para registrar o abate.

Em 1963, o crítico e diretor Jean-Luc Godard chamou este filme de o quarto maior filme americano da era sonora e também comparou seu final com "Ulisses se reunindo com Telêmaco".

Lana Wood interpretou a jovem Debbie Edwards e Natalie Wood, que era oito anos mais velha de Lana, interpretou a adolescente Debbie Edwards.

A filmagem diária do discurso de Ethan contando sua descoberta e enterro de Lucy exigiu mais de uma tomada, mas apenas porque Ward Bond precisava fazer a barba. John Wayne acertou em cheio na cena da primeira vez, mas por algum motivo inexplicável, a câmera parou. Extremamente irritado, John Ford perguntou ao operador o que havia de errado com a câmera. Quando ele atendeu, a energia da câmera voltou e eles voltaram a filmar a cena sem incidentes. Na verdade, não havia nada de errado com a câmera. Bond desligou a câmera para usar seu barbeador elétrico. A tripulação nunca contou a Ford, por medo de que ele machucasse fisicamente Bond. Anos mais tarde, após a morte de Bond, o cinegrafista Winton C. Hoch contou a Ford sobre o incidente em um evento de Hollywood. Alegadamente, o rosto de Ford ficou branco e ele ficou sem palavras.

Enquanto estava no deserto, John Ford foi picado por um escorpião. Preocupado com seu investimento, o financiador C.V. Whitney perguntou a John Wayne: "E se o perdermos? O que vamos fazer?" Wayne se ofereceu para verificar como estava o diretor "atingido". Poucos minutos depois, ele saiu do trailer de Ford e disse a Whitney: "Está tudo bem. John está bem, foi o escorpião que morreu."

O excêntrico personagem de Mose Harper, interpretado por Hank Worden, é vagamente baseado em um personagem histórico real chamado Mad Mose, um lendário lutador indiano meio maluco do sudoeste americano que gostava de cadeiras de balanço.

Beulah Archuletta (Look) foi encontrada chorando em um dos tepes de John Wayne entre as cenas de filmagem. Quando Wayne perguntou por que ela estava chorando, ela respondeu que iria perder o casamento do filho porque estava filmando suas cenas na época. Wayne interrompeu a produção do filme por alguns dias e a levou de avião para a Califórnia para que ela pudesse comparecer ao casamento.

O site Rotten Tomatos lista como o 4º melhor filme de faroeste de todos os tempos

O site da BBC coloca o filme como 5º melhor filme americano de todos os tempos

O Jornal The Guardian lista o filme como o 3º melhor faroeste de todos os tempos

Em Portugal recebeu o título de "A Desaparecida"



Cartazes:



















Filmografia Parcial:
John Wayne (1907–1979)








No Tempo das Diligências (1939); Indomável (1942); Sangue de Heróis (1948); Legião Invencível (1949); Rio Bravo (1950); Sangue de Bárbaros (1956); O Bárbaro e a Geisha (1958); Onde Começa o Inferno (1959); O Álamo (1960); Os Comancheros (1961); O Homem que Matou o Facínora (1962); A Conquista do Oeste (1962); Quando um Homem é Homem (1963); A Maior História de Todos os Tempos (1965); Os Filhos de Katie Elder (1965); El Dorado (1966); Os Boinas Verdes (1968); Jamais Foram Vencidos (1969); Bravura Indômita (1969); Rio Lobo (1970); McQ - Um Detetive Acima da Lei (1974); Justiceiro Implacável (1975); O Último Pistoleiro (1976).

Jeffrey Hunter (1926–1969)









Horas Intermináveis (1951); Montanhas Ardentes (1952); Um Grito no Pântano (1952); Roleta Fatal (1954); A Princesa do Nilo (1954); 7 Homens Enfurecidos (1955); Sete Cidades de Ouro (1955); Rastros de Ódio (1956); Têmpera de Bravos (1956);  Arma para um Covarde (1956); Quem Foi Jesse James (1957); A Mulher do Próximo (1957); Três Encontros com o Destino (1958); Audazes e Malditos (1960); O Rei dos Reis (1961); À Beira do Inferno (1962); O Mais Longo dos Dias (1962); Ouro para os Imperadores (1963); O Homem de Galveston (1963); A Morte de Um Pistoleiro (1965); Dimensão 5 (1966); A Witch Without a Broom (1967); Os Bravos Não se Rendem (1967); Face a Face com o Diabo (1968); Super Colt 38 (1969); O Poderoso Frank Mannata (1969); Jornada nas Estrelas (primeiro episódio piloto - The Cage).

Natalie Wood (1938–1981)









O Amanhã é Eterno (1946); Duelo Romântico (1946); De Ilusão Também se Vive (1947); Torrentes de Ódio (1948); A Grande Promessa (1949); Destino Amargo (1950); Vida de Minha Vida; Ainda Há Sol em Minha Vida (1951); A História de Rose Bowl (1952); Filhos Esquecidos (1952); O Cálice Sagrado (1954); Seu Único Desejo (1955); Juventude Transviada (1955); Rastros de Ódio (1956) ; Um Grito na Escuridão (1956); Montanhas em Fogo (1956); Até o Último Alento (1958); Apaixonados Impetuosos (1960); Amor, Sublime Amor (1961); A Corrida do Século (1965); À Procura do Destino (1965); Bob, Carol, Ted E Alice (1969); O Candidato (1972); Ensina-me a Esquecer (1973); O Golpe de Sorte (1975); Meteoro (1979); O Último Casal Casado (1980); Willie e Phil - Uma Cama para Três (1980); Projeto Brainstorm (1983) 

Patrick Wayne









Rio Bravo (1950);  Depois do Vendaval (1952); A Paixão de uma Vida (1955); Sangue de Bárbaros (1956); Rastros de Ódio (1956); O Último Hurra (1958); Ódio Destruidor (1959); O Álamo (1960); Os Comancheros (1961); O Aventureiro do Pacífico (1963); Quando um Homem É Homem (1963); Crepúsculo de Uma Raça (1964); Shenandoah (1965); Matarei um por um... na Hora Certa (1966); Os Boinas Verdes (1968); O Único Sobrevivente (1970);  A Crista do Diabo (1970); Jake Grandão (1971); Continente Perdido (1973); O Urso e Eu (1974); O Mustang Selvagem  (1976); Voo ao Holocausto (1977);  Simbad e o Olho do Tigre (1977); Criaturas que o Tempo Esqueceu (1977); Namoro no Havaí (1978); Perseguição Assassina (1978); O Culto do Demônio (1986); Os Jovens Pistoleiros (1988); Adorável Sedutora (1989); Fúria Mortal (1997) 

Ward Bond (1903–1960)









Letra e Música (1929); Galanteador Audaz (1930); A Grande Jornada (1930); Virtude (1932); O Vale da Morte (1933); O Código de um Herói (1933); O Último Favor (1934); Um Grito na Noite (1934); Fuzileiros do Ar (1935); Inferno Negro (1935); Sangue na Neve (1935); Os Últimos Dias de Pompéia (1935); O Homem que Viveu Duas Vezes (1936); Campeão de Luvas Brancas (1937); Beco sem Saída (1937); Do Mundo Nada se Leva (1938); A Lei do Mais Forte (1939); A Volta de Cisco Kid (1939); ...E o Vento Levou (1939); As Vinhas da Ira (1940); A Longa Viagem de Volta (1940); A Estrada de Santa Fé (1940); Sargento York (1941); Relíquia Macabra (1941); Terra Selvagem (1942); Dakota (1945); Paixão dos Fortes (1946); A Felicidade Não se Compra (1946); Sangue de Heróis (1948); Joana D'Arc (1948); O Céu Mandou Alguém (1948); Caravana de Bravos (1950); A Vinganca de Jesse James (1951); Depois do Vendaval (1952); Sangue da Terra (1953); Johnny Guitar (1954); A Paixão de uma Vida (1955); Rastros de Ódio (1956); Asas de Águia (1957); Onde Começa o Inferno (1959); Caravana (seriado 1957 a 1961)

Vera Miles









A História de Rose Bowl (1952); Investida de Bárbaros (1953); Tarzan e os Selvagens (1955); Rastros de Ódio (1956); O Homem Errado (1956); Algemas Quebradas (1959); A História do FBI (1959); Quase um Criminoso (1960); Psicose (1960); Esquina do Pecado (1961); O Homem que Matou o Facínora (1962); Um Tigre Caminha pela Noite (1964); Somente os Fracos Se Rendem (1965); Nunca é Tarde para Amar (1966); Heróis do Inferno (1968); A Vida é um Desafio (1970); Uivos no Silêncio da Noite (1971); A Great American Tragedy (1972); O Pequeno Índio (1973); O Trem Desgovernado (1973); Live Again, Die Again (1974); Corrida Para a Vitória (1977); Psicose 2 (1983); Helen Keller, o Milagre Continua (1984); Um Romance Muito Perigoso (1985); Dupla Personalidade (1995)





Fontes:
1001 Filmes Para se Assistir Antes de Morrer
99 Filmes que Você Precisa Ver Agora
Reportagens dos Jornais o Globo e Jornal do Brasil
Guia de Vídeo Nova Cultura 1993
Revista Cinemin nº 3
Set – Cinema e Vídeo Ed 29 
Wikipedia

3 comentários:

  1. Boa noite, Luis. Filmes como esse não necessitam muitas palavras, ainda mais quando nos deparamos com essa excelente resenha que contempla pontualmente as passagens dessa grandiosa obra. Por isso serei sucinto em sugerir o seguinte: assista e aprecie sem medo de errar a um dos maiores e melhores filmes de faroeste de todos os tempo. Grande abraço.

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. Bom dia Janerson. Agora vejo que houve uma exclusão da plataforma do blog ao meu comentário e não consegui identificar o porquê. Tem ocorrido algumas instabilidades como comentários que não consigo visualizar imediatamente... Por isso vou postar um novo comentário visto não possuir registrado o antigo. Sem dúvidas é um grande filme, um dos melhores do gênero. Obrigado pelos comentários de sempre e um grande abraço.

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