SUCESSO COMERCIAL
Filme realizado em 1985, dirigido e estrelado por Jackie Chan, ator chinês com uma longa filmografia que inclui rápidas participações, não creditadas, nos filmes “A Fúria do Dragão” e "Operação Dragão" com Bruce Lee. Assim como Bruce, sua vida e filmes dariam vários livros. Chan já se tornou um "ícone pop", porém ao contrário de Bruce, resolveu enveredar por outros caminhos e criou sua própria marca no cinema, estrelando filmes menos violentos intercalados com cenas cômicas. A fórmula foi um êxito e hoje é difícil um cinéfilo não ter ouvido falar do ator.
A primeira vez que ouvi falar em Jackie Chan foi no filme americano, pouco conhecido atualmente, mas que na época fazia algum sucesso nas locadoras, tendo inclusive estreado em nossos cinemas: “Um Rally Muito Louco”. Este filme de comédia reunia um grande grupo de atores e humoristas americanos em uma corrida ilegal dentro dos Estados Unidos, sem regras, e com um prêmio a quem chegasse primeiro. Só para se ter ideia dos atores: Dean Martin, Sammy Davis Jr, Burt Reynolds, Roger Moore (fazendo ele mesmo), Farraw Fawcett (linda) entre outros. Chan fazia parte da dupla de chineses que usava um Subaru "de tecnologia avançada" e deixou a sua marca numa cena de luta. O filme é um continuação do famoso filme “Quem não Corre Voa” (com o mesmo tema, só que mais popular que este) Depois, só o reconheceria em “A Fúria do Protetor” (1985), um filme policial americano, de baixo orçamento, que fez bastante sucesso por aqui (mas não nos EUA), co-estrelado por Danny Aielo, até então mais famoso, entre nós, por sua participação no seriado "Dama de Ouro" (Katie Mahonney). E a razão de Police Story existir foi oriunda da grande frustração e insatisfação de Jackie Chan para com "A Fúria do Protetor" e o diretor do filme, levando Chan a remontá-lo e relançá-lo no oriente suprindo cenas da produção americana e trazendo novas cenas. Police Story permitiu a Chan dirigi-lo (também atuou como co-roteirista) com eficiência, revelando-se um cineasta com ótimas ideias.
Voltando ao filme, a ação se passa em Hong Kong onde Jackie
faz o papel de Chan Ka Kui, um tenente da força policial, encarregado de prender,
numa mega operação policial, um grande chefão das drogas. Em meio a tiroteios e
com direto a uma demolição de uma favela por carros em disparada (que lesionou quatro
dublês, sendo que um teve parte da orelha quase decepada), Jackie captura
sozinho a quadrilha, mas por erros na operação e falta de provas o chefão e sua
quadrilha são soltos. A polícia arrola, como testemunha de acusação, a
secretária e suposta amante do chefão, Selina (Brigitte Lin), e coloca Jackie como seu guarda-costas em
tempo integral até ela depor no tribunal. Só que ela possui outros planos. Entre ações e pequenas cenas de comédia o filme avança até
Jackie cair em uma emboscada e ser acusado de matar um colega de farda. Chan Ka Kui terá que seguir como fugitivo até alcançar um meio de prender novamente o
poderoso criminoso, assim como provar sua inocência.
Como sempre, Jackie mostra todo o seu repertório de acrobacias na qual, como de costume, dispensava dublês. Isso lhe custou várias lesões, tendo a sétima e oitava vertebras quebradas, quase lesionando seriamente a coluna quando colidiu, em uma cena, contra o quiosque. Em outro momento, próximo ao final, na árvore de natal, Jackie foi eletrocutado e queimou a mão, devido o técnico inadvertidamente ter acendido na tomada, e não no motor do carro, a iluminação da árvore. Fora lesões recorrentes com os dublês devido os produtores usarem "vidro de açúcar" para dar maior realismo. Mas todo esforço feito para o filme rendeu o prêmio de "Melhor Filme" da "Hong Kong Academy" e homenagens em alguns filmes americanos: a cena inicial do filme de Silvester Stallone, "Tango & Cash", é uma cópia à cena do filme de Chan (quando Stallone aponta a arma para o ônibus). Outra cena, em que Jackie usa uma vara em uma briga e dirige uma motocicleta contra vitrines de vidro, foi homenageada em "Rajada de Fogo" (1992) com Brandon Lee. Até o filme "Os Bad Boys II" (2003) homenageou o filme na cena de perseguição em favelas. Não por acaso, Police Story, é o filme preferido do ator por apresentar um personagem plenamente desenvolvido com uma personalidade complexa, uma vida privada, e até um relacionamento romântico. O filme teve um sucesso estrondoso no mercado asiático e gerou outras três continuações.
Uma boa produção para aqueles que gostam de filmes de
luta, com ótima coreografia, permeado com doses de humor e ação. O filme fez
muito sucesso no Oriente e ganhou aos poucos o ocidente, alavancando a carreira
de Chan internacionalmente. Para quem
gosta do gênero ou quer conhecer esse filme, tão comentado, pode ser uma boa
pedida. Ainda que não seja considerado um grande filme (se comparado as produções atuais atuais), ainda revela-se um bom passatempo.
Trailer:
Curiosidades:
A cena em que os vilões se chocam contra a janela do ônibus e caem no chão, foi um acidente. Eles realmente deveriam cair no carro, mas devido aos freios a ar do ônibus, houve uma bomba para trás, criando espaço entre o ônibus e o carro.
Na cena do ônibus de dois andares, Jackie usou um guarda-chuva de metal porque um de madeira escorregava quando ele tentava se pendurar no ônibus
A razão de "Police Story" (a tradução literal) ter um nome tão simples era porque toda vez que Jackie Chan começava um novo projeto em Hong Kong, todo mundo o seguia. Por exemplo, quando A Lenda do Mestre Invencível (1994) foi anunciada, todo cineasta começou a fazer filmes de boxe bêbado. Com "Police Story", ninguém sabia o que esperar, exceto um filme policial, e naquela época no cinema de Hong Kong, ninguém nunca havia feito um filme policial de kung fu antes.
Em 1990, a Miramax Filmes ofereceu a Chan a chance de fazer outra tentativa no mercado cinematográfico americano, o que significava adquirir os direitos deste filme e de Police Story 2 (1988), e unir os dois filmes em um. Jackie rejeitou a proposta, pois não gostava da ideia.
Brigitte Lin fez muitas de suas próprias acrobacias.
Cartazes:
Jackie Chan
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