BEM PRODUZIDO, MAS SEM INOVAÇÕES
Um
serial killer (Paul Fauteux) é morto a tiros pela polícia em Ohio. Logo em
seguida vemos que, na Pensilvânia, o casal Blume está prestes a realizar o
sonho de ter um filho. O nascimento do
pequeno Miles é festejado pelos pais. Logo, a criança começa a se desenvolver e sua
capacidade de inteligência mostra-se muito acima das crianças normais, levando
a família a colocá-lo em uma escola para superdotados. Só que Miles continua seu crescimento apresentando
também um comportamento estranho: prepara uma armadilha para a babá e agride
brutalmente outra criança. Sua Mãe, Sarah,
(Taylor Schilling) grava o filho falando em uma língua desconhecida durante o
sono e pede ajuda a uma profissional. Sendo encaminhada a um especialista em reencarnação,
o Doutor Arthur Jacobson (Colm Feore), descobrimos que a língua é húngara e o
corpo de seu filho recebeu 2 almas que, em breve, a alma maligna tomará o corpo
de Miles em definitivo (aos oito anos) e que se torna imperativo descobrir quem
coabita o corpo (nós sabemos, os personagens não). Enquanto John (Peter Mooney),
o pai, se torna um pouco cético com a
informação, Sarah corre contra o tempo para deter o espírito que atormenta seu
filho.
Maligno,
título brasileiro para o original "The Progidy" (O Progídio) funciona
parcialmente , mesmo porque nas primeiras cenas já sabemos exatamente do que o
filme tratará: reencarnação de um assassino em série no corpo de uma criança. A
cena do assassinato e do nascimento de forma sequencial foi feita para que o
espectador não tivesse nenhuma sombra de dúvida. A produção (Os produtores são
de "O Exorcismo de Emily Rose") resolveu pular para o campo do sobrenatural
e aproveitar a leva de boas produções de terror que tem sido lançada nos
últimos anos. Mas há algo a ser destacado: Maligno não se destaca (desculpem o
trocadilho !). É uma produção interessante, mas não apresenta nada de inovador,
apenas eficiência e bons atores (o que já é algo, pelo menos). Essa estória (apesar
de ser uma palavra quase em desuso, prefiro usá-la nesses casos) você já deve ter visto antes. Talvez seja este
o motivo da produção não ter ocupado muitas salas aqui no Rio de Janeiro. O
cartaz era atrativo, mas a estória não muito.
Dirigido
por Nicholas McCarthy, um diretor que ainda não emplacou um filme de destaque,
teve aqui seu maior orçamento para tocar o projeto. Com a colaboração no roteiro
de Jeff Buhler (de "O Último Trem") que também escreveu as
refilmagens de "Cemitério Maldito" e "Alucinações do Passado",
em breve nas telas. Restava buscar o elenco.
Como protagonista temos Jackson Robert Scott (de "It: A Coisa")
e o garoto mostra que leva jeito pra coisa. Sua interpretação vale o filme, em
um papel que exige dualidade de personalidades conseguindo o que muitos atores
adultos não conseguem: dar veracidade a um personagem que poderia não funcionar
pela idade e a pouca experiência de Scott. Outro personagem que ficou bem construído
foi o da atriz Taylor Schilling (da série "Orange Is the New Black") no
papel da "mãe-desesperada-e-fragilizada-que-não-sabe-o-que-fazer".
Sua composição ficou ótima e a dupla, junta, rende ótimos momentos.
A
revelação muito cedo do mistério, através do prólogo, foi uma ideia mal
avaliada, pois esvaziou o que seria a grande dúvida do filme. Miles nasceu mal
ou tornou-se mal? Reencarnação permitira duas almas habitarem um corpo? Mas o
filme resolveu dar sua resposta e fazer uma citação aqui e ali para lembrar-nos
de que estamos ainda em um filme de terror em que o mal pode reencarnar no
corpo de uma criança (mas seria o mal ou uma pessoa má?) essa discussão não há
no filme: pessoas extremamente ruins poderiam reencarnar e completar suas
vinganças inacabadas? o personagem do Doutor Jacobson cita a cultura indiana em
que o tema é corriqueiramente aceito (vejam o filme Manika) e que a cultura ocidental
rejeita esses preceitos. Se o filme abordasse com maior relevância esses
aspectos seria bem mais interessante, mas Maligno é o que vende logo em seu
inicio: um filme mediano para ser assistido sim, mas naqueles dias em que
houver carência de produções mais interessantes.
Trailer:
Curiosidades:
Orçamento
: $ 8 Milhões Arrecadação nos EUA : $14
milhões
Miles tem Heterochromia, uma diferença de coloração entre os dois olhos (no caso de Miles, seu olho direito é castanho e seu olho esquerdo é azul).
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