UM PAI À PROCURA DA FILHA FALECIDA
Ivy (Susan Swift) é uma filha que vive num lar feliz, com seu pai Bill (John Beck) e sua mãe Janice (Marsha Mason). Certo dia, Janice percebe a presença de um estranho na porta de sua escola, cujo os olhares dirigem-se às duas. Bill trabalha em uma empresa e percebe que o mesmo homem parece segui-lo. Ele vai a polícia que informa nada pode fazer enquanto o homem não fizer nada. Certo dia o estranho dirige-se à Janice e lhe informa que deseja conversar com o casal. Este homem se apresenta como Elliot Hoover (Anthony Hopkins), um pai que perdeu sua filha, em 03 de outubro de 1965 as 8:20min, em um acidente de carro, onde morrera queimada. Ivy nasceu no mesmo dia às 8:22min. Após relatar ter sido informado por dois videntes, que sua filha reencarnara e passar um tempo na Índia, Elliot tem sua certeza: Ivy é também Audrey.
Essa revelação torna Elliot um louco frente à família de
Ivy, porém a menina tem estranhos transtornos, inclusive acordada, ficando em
transe como se revivendo algo e balbuciando coisas como estar no meio do fogo.
Com as aproximações cada vez mais constantes de Elliot, o casal resolve levá-lo
aos bancos dos réus, tendo em Bill um
incrédulo e, em Janice, uma reticente.
Restará a justiça tentar comprovar quem está certo, enquanto Ivy vai piorando
cada vez mais.
Ótimo filme com o tema reencarnação, sem efeitos,
apoiando-se somente na interpretação dos atores. Anthony Hopkins (de “O
Silêncio dos Inocentes”) dá um show e praticamente rouba o filme. O argumento
levanta algumas dúvidas, como a reencarnação imediata ou Ivy aparecendo com
queimaduras nas mãos. Neste caso deixo para as pessoas mais conhecedoras, sobre o
assunto reencarnação, a darem uma melhor explanação desses fatos.
O filme prende a atenção do início ao fim. Com um roteiro
envolvente e coerente, aliado a direção de um dos melhores diretores do meio ("A Noviça Rebelde" e "O Dia Que a Terra Parou"), consegue passar a mensagem de que somente o corpo se vai,
mas a alma é imortal. Destaque para o indiano que passa uma bela filosofia de
vida aos jurados.
A questão de uma pessoa ter uma personalidade fragmentada,
devido abrigar duas almas, é muito interessante. O final é muito bem sacado e
de fácil entendimento. Para pessoas que gostam do tema e para aqueles que
gostam de filmes de suspense onde as estrelas são os atores e o roteiro.
Trailer:
Curiosidades:
O filme deriva do livro homônimo escrito pelo autor Frank De Felitta.
Susan Swift encerrou a carreira artística em 1995
Anthony Hopkins conquistou o Oscar de Melhor ator em "O Silêncio dos Inocentes" (1991) e foi indicado outras três vezes por "Vestígios do Dia" (1993); Nixon (1995) e "Amistad" (1997).
Marsha Mason já foi indicada 4 vezes ao Oscar: "Licença Para Amar Até a Meia-Noite" (1973); "A Garota do Adeus" (1977); "Capítulo Dois - Em Busca da Felicidade" (1979) e "O Doce Sabor de um Sorriso" (1981).
Susan Swift encerrou a carreira artística em 1995
Anthony Hopkins conquistou o Oscar de Melhor ator em "O Silêncio dos Inocentes" (1991) e foi indicado outras três vezes por "Vestígios do Dia" (1993); Nixon (1995) e "Amistad" (1997).
Marsha Mason já foi indicada 4 vezes ao Oscar: "Licença Para Amar Até a Meia-Noite" (1973); "A Garota do Adeus" (1977); "Capítulo Dois - Em Busca da Felicidade" (1979) e "O Doce Sabor de um Sorriso" (1981).
O diretor Robert Wise ganhou 4 Oscars na carreira (como melhor diretor e melhor filme): "Amor, Sublime Amor" (1961); "A Noviça Rebelde" (1965); "O Canhoneiro do Yang-Tsé" (1966).
O ator Jon Pertwee (1919–1996) foi a primeira escolha para o papel de
Hopkins
Frank De Felitta teve outro adaptação levada as telas : "O Enigma do Mal" (1982) feito 5 anos após esta produção
A citação final do filme :
Não há fim para a alma, nunca há nascimento nem morte. Nem, tendo uma vez existido, deixa um dia de existir. Ela está por nascer, é eterna. Sempre existiu é imortal e antiga ..." THE BHAGAVAD-GITA
No original: "There is no end. For the soul there is never birth nor death. Nor, having once been, does it ever cease to be. It is unborn, eternal, ever-existing, undying and primeval..." THE BHAGAVAD-GITA
O ator Jon Pertwee (1919–1996) foi a primeira escolha para o papel de
Hopkins
Frank De Felitta teve outro adaptação levada as telas : "O Enigma do Mal" (1982) feito 5 anos após esta produção
A citação final do filme :
Não há fim para a alma, nunca há nascimento nem morte. Nem, tendo uma vez existido, deixa um dia de existir. Ela está por nascer, é eterna. Sempre existiu é imortal e antiga ..." THE BHAGAVAD-GITA
No original: "There is no end. For the soul there is never birth nor death. Nor, having once been, does it ever cease to be. It is unborn, eternal, ever-existing, undying and primeval..." THE BHAGAVAD-GITA
Cartazes:
Filmografia Parcial:
Anthony Hopkins
Hamlet (1969); Juggernaut: Inferno em Alto-Mar (1974); As Duas Vidas de Audrey Rose (1977); O Corcunda de Notre Dame (1982); Rebelião em Alto Mar (1984); Nunca Te Vi, Sempre Te Amei (1987); Horas de Desespero (1990); O Silêncio dos Inocentes ( (1991); Freejack: Os Imortais (1992); Retorno a Howards End (1992); Drácula de Bram Stoker (1992); Chaplin (1992); Vestígios do Dia (1993); Terra das Sombras (1993); Lendas da Paixão (1994); Nixon (1995); No Limite (1997); Amistad (1997); A Máscara do Zorro (1998); Instinto (1999);Hannibal (2001); Dragão Vermelho (2002); Alexandre (2004); Desafiando os Limites (2005); A Lenda de Beowulf (2007); O Lobisomem (2010); O Ritual (2011); Thor (2011); Hitchcock (2012); RED 2: Aposentados e Ainda Mais Perigosos (2013); Thor: O Mundo Sombrio (2013); Noé (2014); Má Conduta (2016); Transformers: O Último Cavaleiro (2017); Thor 3: Ragnarok (2017); Dois Papas (2019)
Marsha Mason
Marsha Mason
Amantes em Veneza (1973); As Duas Vidas de Audrey Rose (1977); A Garota do Adeus (1977); A Volta de Max Dugan (1983); Presa do Silêncio (1986); O Destemido Senhor da Guerra (1986); Tempo Esgotado (1995); Contrato de Risco (1996); De Volta à Estrada (2004);
John Beck
John Beck
O Dorminhoco (1973); Rollerball - Os Gladiadores do Futuro (1975); As Incríveis Peripécias do Ônibus Atômico (1976); As Duas Vidas de Audrey Rose (1977); A Máquina do Tempo (1978); Grandes Heróis da Bíblia (sansão) 1978; Ilusão Fatal (1987); Um Crime Quase Perfeito (1991); Timecop 2 - O Guardião do Tempo (2003); Aterrissagem (2005).
Susan Swift
Susan Swift
As Duas Vidas de Audrey Rose (1977); Testemunha do Diabo (1982); Halloween 6: A Última Vingança (1995).
John Hillerman (1932–2017)
A Última Sessão de Cinema (1971); Essa Pequena é uma Parada (1972); Vôo 502: Em Perigo (1972); O Estranho sem Nome (1973); Lua de Papel (1973); Banzé no Oeste (1974); Jogos de Azar (1974); Chinatown (1974); Amor, Eterno Amor (1975); O Dia do Gafanhoto (1975); As Duas Vidas de Audrey Rose (1977); The Betty White Show (seriado 1977 -1978); A Morte Ronda a Pantera (1979); A História do Mundo - Parte I (1981); Corrida na Correnteza (1984); Magnum (seriado 1980-1988); A Volta da Família Sol, Lá, Si, Dó (1996)
O Diretor Robert Wise (1914–2005)
O Dia em que a Terra Parou (1951); Ratos do Deserto (1953); Helena de Tróia (1956); Marcado pela Sarjeta (1956); Amor, Sublime Amor (1961);Desafio do Além (1963); A Noviça Rebelde (1965); O Canhoneiro do Yang-Tsé (1966); O Enigma de Andrômeda (1971); As Duas Vidas de Audrey Rose (1977); Jornada nas Estrelas: O Filme (1979).
O Dia em que a Terra Parou (1951); Ratos do Deserto (1953); Helena de Tróia (1956); Marcado pela Sarjeta (1956); Amor, Sublime Amor (1961);Desafio do Além (1963); A Noviça Rebelde (1965); O Canhoneiro do Yang-Tsé (1966); O Enigma de Andrômeda (1971); As Duas Vidas de Audrey Rose (1977); Jornada nas Estrelas: O Filme (1979).
Boa noite, Luis. Realmente um filme um pouco diferente para a época de sua realização principalmente ao trazer um assunto que ainda é tabu para muitos e faz suscitar a frase: existe vida após a morte? As Duas Vidas de Audrey Rose mostra-nos a primeira vista o estilo "American Way Of Life" com uma família estruturada,feliz, saudável e materialista. Tudo corre nos trilhos até a chegada de Hoover e onde quero registrar o primeiro pecado observado: o que o levou até àquela família, mais precisamente até à menina? Embora a citação de dois médiuns o terem informado a respeito da filha o filme não deixa claro a convicção de Hoover sobre Ivy. O desenrolar da história mostra a preocupação de um pai tentando acalmar sua filha chamando-a pelo antigo nome ao vê-la entrar em crises ao mesmo tempo que é hostilizado pelos Templeton. Me pergunto se não seria mais fácil Hoover convencer a nova família a buscar tratamento espiritual mesmo contra o ceticismo de Bill. Outro detalhe muito bem escrito em sua resenha e que anoto como segundo pecado: reencarnação imediata sem o tempo de refazimento, preparação e evolução do espírito. Pelo que li isso não é tão simples e, talvez, nem mesmo possível. Temos um período de aprendizado e planejamento até que estejamos aptos a voltar à carne. Tirando alguns senões o filme é realmente muito interessante e, repito, inovador para a época. Hopkins sempre ótimo, o sumido Beck representa bem o pai descrente, Marsha Mason faz muito bem o papel de mãe sofrida pela situação da filha e destaco como um dos pontos altos a explicação dada pelo médium hindu a respeito do assunto. As Duas Vidas... merece uma visita com atenção e sem medo de queimas as mãos. Grande abraço
ResponderExcluirBoa Noite Janerson.
ExcluirMuito pertinente suas observações. A questão de como ele chegou a Audrey ficou capenga. Acredito que na montagem final devam ter suprimido da estória. Acontecia e ainda acontece por que a indústria acredita que com uma menor metragem há maiores chances de serem melhor sucedidos. Ou pode ser que acharam que ninguém perceberia. No mundo do cinema tudo é possível. Também achei estranha a maneira como Elliot aborda a família (não sei se foi fiel ao livro - normalmente não o são). A parte do médium ficou realmente boa. Obrigado pelos vários comentários no blog e um grande abraço
Boa tarde, Luis. Realmente não há como transportar a obra literária para um filme, seja pelo tempo de metragem, seja pelos detalhes a serem inseridos num filme, ou até mesmo pela "licença poética", mas acredito que se torna necessário uma melhor edição a fim de não haver furos de roteiro, trazendo para o espectador um melhor entendimento já que muitos não tem conhecimento da estória original. As Duas Vidas de Audrey Rose é um grande filme, mas acho que peca nesse quesito. Grande abraço e grato pela acolhida em seu blog.
ResponderExcluirBom dia Janerson.
ResponderExcluirDesculpe não responder no próprio dia, mas tive alguns contratempos e a publicação dos comentários não é automática porque algumas pessoas não comentam, mandam spans (vendas de produtos), desse modo prejudica um pouco quem realmente deseja postar um comentário.
Concordo plenamente que a resolução da edição é fundamental para o espectador, mas parece que nem sempre os produtores pensam assim. Deve ser frustrante ter que editar uma obra para ser "comercialmente" viável (se foi esse caso). Agora, se o diretor "pisou na bola" aí foi um erro mesmo. Sem dúvida é um grande filme e esse quesito prejudicou um pouco a obra.
Eu é que agradeço por tecer comentários em diversos posts e agregar informações às análises. Um grande abraço.