sábado, 29 de julho de 2023

O FANTASMA APAIXONADO / O FANTASMA APAIXONADO DA SRA. MUIR / THE GHOST AND MRS. MUIR (1947) - ESTADOS UNIDOS

QUANDO O SOBRENATURAL SE UNE À REALIDADE

Início do século 20. Lucy Muir (Gene Tierney) é uma jovem viúva, que após um ano de falecimento do marido, se mostra disposta a reconstruir sua vida longe de sua sogra e enteada levando consigo sua pequena filha e a empregada de longa data. Como sua única renda advém de ações de uma mina de ouro de propriedade de seu falecido marido e, como os dividendos são relativamente baixos, ela precisa encontrar um lugar acessível, partindo para a adorável cidade litorânea de Whitecliff, na costa inglesa.

Ainda que o agente imobiliário local, Mr. Coombe (Robert Coote), tenha lhe oferecido algumas propriedades e tentado dissuadi-la de ver uma determinada propriedade, Lucy demonstra enorme interesse de conhecer o local à beira-mar que considera dentro de seus padrões financeiros, mas, que conforme Coombe, dos cinco últimos locatários quatro haviam se mudado na primeira noite. Lucy, determinada, resolve ocupar a casa que pertencera a um antigo capitão do mar, Daniel Gregg (Rex Harrison), que, dizem, teria se suicidado no local. Para sua surpresa, Gregg não só "habita" o local como tenta assustá-la, mas diante da obstinação e teimosia da jovem se materializa para que ela possa vê-lo. Uma nova amizade surge entre a dupla, com Lucy inicialmente conquistando o respeito de Daniel e o aceite em dividir a casa. Só que o fantasma começa a demonstrar mais do que amizade a Lucy. Quando a jovem viúva começa a passar por dificuldades financeiras, Gegg resolve que lhe ajudará a escrever um livro, mas quando surge no caminho um escritor chamado Miles Fairley (George Sanders), Lucy demonstra um forte sentimento ainda que Gregg veja com péssimos olhos este relacionamento.

Fantasia romântica onde o sobrenatural se une à realidade, Um Fantasma Apaixonado mostrou-se um sucesso à sua época sendo um das maiores bilheterias da Twentieth Century Fox em 1947, ficando em décimo lugar entre as maiores do ano e colhendo boas críticas por parte da imprensa. O filme originou-se de um romance de R.A. Dick, pseudônimo de Josephine Leslie, que escreveu o romance "The Ghost and Mrs. Muir" em 1945. O filme foi Incluído entre os "1001 filmes que você deve ver antes de morrer", editado por Steven Schneider e incluído na lista de 2002 do American Film Institute dos 100 melhores filmes das Maiores Histórias de Amor da América.

Dizem que o roteiro é o que define a sorte de um filme. Eu diria que um bom diretor também pode transformar um fraco roteiro em um filme interessante, apesar de não ser este o caso aqui. O roteiro adaptado de Philip Dunne (1908-1992), de filmes como “David e Betsabá” (1951), “A Casa das Amarguras” (1958), “O Último dos Moicanos” (1992) encontrou nas mãos do diretor Joseph L. Mankiewicz (1909-1993) um ótimo tradutor. Ganhador de 4 Oscars, Mankiewicz (de filmes como “A Malvada” - 1950; “Cleópatra” -1962; “A Condessa Descalça”-1954) criou uma narrativa inteligente, acentuada em ótimos diálogos, fugindo das convencionalidades dos filmes de fantasmas da época. Há um humor refinado, com um timing bem encaixado e uma constante atmosfera de fantasia. Inicialmente vinculado à comedia, o filme transita entre romance, drama, amor e desilusões, com um final poético, mas que alguns críticos dos anos 50 reclamaram. Com o tempo novos críticos foram surgindo e novas visões foram percebidas dando a obra o caráter de grande produção que sondou os paradoxos da solidão e do desejo. Já o público, deu o seu aval nessa história de amor que ultrapassa o tempo. Mankiewicz sempre foi um grande diretor, com uma visão bem criativa, e isso é perceptível em dois momentos muito inspirados: a analogia entre as ondas do mar, ora calmas, ora fortes ou revoltas com a passagem do tempo, e em outro momento com as mesmas transposições do tempo por intermédio do nome de Anna gravado em um pequeno sustentáculo de madeira na praia, que ao longo dos anos começa a se deteriorar. A destacar a partitura de Bernard Herrmann que conseguiu acompanhar os sentimentos e as intensidades das imagens. O próprio considerou este o seu trabalho preferido.  E a impressionante fotografia de Charles Lang, criando a iluminação perfeita para cada cena.

Quanto ao elenco, incialmente Spencer Tracy e Katharine Hepburn concordaram em interpretar os protagonistas. Tracy então teve dúvidas sobre o projeto. Depois que ele se retirou, Hepburn também desistiu. Rex Harisson e Gene tiveram uma ótima química em cena e o ator conseguiu uma presença cênica impressionante. Harisson vinha do sucesso “Anna e o Rei do Sião” (1946), venceria o Oscar por "Minha Bela Dama” (1965) e seria indicado por “Cleópatra” (1963). O ator fez um personagem de múltiplas facetas: atrevido, imoderado, sarcástico, ciumento e brincalhão, embora de boas intenções. Para muitos, Gene Tierney teve aqui o melhor desempenho de sua carreira. A atriz já tinha uma filmografia e havia se destacado em "Laura" (1944) - hoje considerado uma obra prima do cinema noir e “Amar foi Minha Ruína” (1945) que lhe deu uma indicação ao Oscar. Tinha feito também “O Fio da Navalha” (1946) com Tyrone Power. No início das filmagens, a atriz torceu o tornozelo, mas se recuperou para fazer uma bela composição de sua personagem Lucy Muir. E devemos nos lembrar que, nos idos de 1900, teimosia e obstinação não eram qualidades esperadas em viúvas jovens. Sua Muir, em determinado momento, será cortejada por um autor londrino (George Sanders) fazendo com que Gregg saia de cena, lhe promovendo um oportuno esquecimento. A vida da atriz não foi nada fácil: com internações em clinicas psiquiátricas e afastamento da carreira. Já  Sanders, teve uma rápida aparição, mas fundamental à estória, como o conquistador inveterado e autor de livros infantis Miles Fairley, que usava o pseudônimo de “Tio Neddy”. Ganhou o Oscar por “A Malvada” (1951) e substituiu aqui o ator Richard Ney, que foi demitido por ser inadequado no papel. A personagem Anna foi interpretada por duas atrizes: Natalie Wood, ainda criança e Vanessa Brown na fase adulta. Natalie foi indicada três vezes ao Oscar: “Juventude Transviada” (1956); “Clamor do Sexo” (1962) e “O Preço de um Prazer “(1964). A austríaca, naturalizada americana, Vanessa Brown chegou a disputar o papel principal para “A Princesa e o Plebeu” (1953). Muito ativa na indústria cinematográfica, tinha um Q.I de 165. Dividiu-se entre peças na Broadway e livros escritos. Edna Best fez a empregada Martha que segue com Lucy em sua nova vida. Isobel Elsom interpretou Angelica Muir, sogra de Lucy / "Lúcia" e Victoria Horne fez a cunhada Eva Muir. Nos anos 90, pensou-se em uma readaptação do romance agora com Sean Connery e Michelle Pfeiffer, mas a fraca bilheteria de “A Casa da Rússia” (1990), sepultou o projeto.

Indicado ao Oscar de Melhor Fotografia Preto & Branco , O Fantasma Apaixonado pode ser visto em uma rápida síntese como uma estória de duas pessoas feitas uma para a outra, mas cuja sincronia temporal os fez se encontrarem tarde demais. Mas é a magia do cinema que nos proporciona que certas situações possam ser contornadas e aplicadas as devidas correções que o tempo desconcertou. Este é mais um dos filmes que foram sepultados das programações,  mas que pode ser resgatado por ter uma temática simples, conduzida com muito afinco por todos os envolvidos. Para ser visto, revisto e redescoberto.


Trailer:


Curiosidades:

Foi exibido algumas vezes na tevê como "O Fantasma Apaixonado da Sra Muir"

A palavra "muir" significa "mar" em gaélico escocês. Muitas vezes dizem que os marinheiros foram "casados" com o mar, ou que a única mulher que amaram foi o mar.

A primeira abordagem de Gene Tierney ao personagem de Lucy Muir foi divertida. Depois de uma conferência entre o chefe do estúdio da Twentieth Century Fox, Darryl F. Zanuck, e o diretor Joseph L. Mankiewicz, os dois primeiros dias de filmagem foram refeitos para que Tierney pudesse dar mais profundidade ao personagem. A mudança resultou em grande aclamação da crítica para a atriz.

Apesar de ser ambientado em Londres e na costa inglesa e ter principalmente atores e atrizes ingleses, este filme foi rodado inteiramente na Califórnia e ao longo da costa central do Pacífico.

Com o objetivo de acelerar a produção (e manter o orçamento), foi decidido não usar efeitos fotográficos especiais quando o capitão Gregg (Rex Harrison) aparecia.

Natalie Wood, aos oito anos, concluiu este filme no mesmo ano de seu "papel inovador",  no clássico natalino "De Ilusão Também se Vive" (1947). 

A árvore "Monkey Puzzle" que o Capitão Gregg plantou e que a Sra. Muir cortou é uma variedade muito antiga de coníferas e foi uma importante fonte de alimento para os dinossauros. Esta árvore (Araucária Araucana), é muitas vezes referida como um "fóssil vivo" e existe há cerca de 200 milhões de anos, possivelmente mais.

O mesmo material serviu de base para "Nós e o Fantasma" (1968), sitcom estrelada por Hope Lange e Edward Mulhare (do seriado A Supermáquina) nos papéis originalmente interpretados por Gene Tierney e Rex Harrison. Durou duas temporadas, uma na NBC e outra na ABC, e enfatizou o humor amplo em vez dos elementos românticos deste filme.

Enquanto fazia pesquisas nos arquivos da Twentieth Century Fox para sua biografia de Natalie Wood, a autora Suzanne Finstad descobriu que Norma Shearer, Claudette Colbert e Olivia de Havilland estavam entre as primeiras ideias de elenco para o personagem de Lucy Muir.

O relógio do quarto do capitão bate aos pares, lembrando um navio. Na verdade, o número de sinos (duas batidas rápidas repetidas várias vezes) não é para uma hora específica do dia, mas para um horário específico dentro de um relógio de quatro horas, sendo cada período de trinta minutos de duração e com um total de oito sinos por hora em um total de seis relógios. Por exemplo, os horários de duas da manhã, seis da manhã, dez, duas da tarde. seis da tarde e dez da noite. são todos "quatro sinos"; cada um para seu relógio em perspectiva. Oito sinos significa o fim de um determinado relógio. Quando a Sra. Muir vai para a cama, ouvem-se dois pares de toques, ou "dois sinos". Isso significa que são exatamente 23h.


Cartazes:




Filmografias Parciais: 

Rex Harrison (1908-1990)







Os Homens não São Deuses (1936); Tempestade Num Copo D'Água (1937);  A Cidadela (1938); Gestapo (1940);  Uma Mulher do Outro Mundo (1945); Anna e o Rei do Sião (1946);  O Fantasma Apaixonado (1947);  Odeio-te Meu Amor (1948); Inocência à Prova (1951);  Ricardo, Coração de Leão (1954);  O Passado de Meu Marido (1955); A Teia de Renda Negra (1960); O Sétimo Mandamento (1961); Cleópatra (1963); Minha Bela Dama (1964); Agonia e Êxtase (1965); O Fabuloso Doutor Dolittle (1967); O Príncipe e o Mendigo (1977); Shalimar (1978); Ashanti (1979); O Quinto Mosqueteiro (1979); A Morte Pede Vingança (1982);  The Kingfisher  (1985)


Gene Tierney (1920-1991)







A Volta de Frank James (1940); O Renegado (1940);  A Formosa Bandida (1941); O Entardecer (1941); Tensão em Shangai (1941); Ódio no Coração (1942); Ela Queria Riquezas (1942); Águias de Fogo (1942); O Diabo Disse Não (1943); Laura (1944); O Sino de Adano (1945); Amar foi Minha Ruína (1945); O Fio da Navalha (1946); O Fantasma Apaixonado (1947); Impulso Maravilhoso (1948); A Ladra (1950); Sombras do Mal (1950); O Quarto Mandamento (1951); Escândalos na Riviera (1951); Lágrimas de Mulher (1951); O Veleiro da Aventura (1952); Nunca Me Deixes Ir (1953); O Egípcio (1954); A Viúva Negra (1954); Do Destino Ninguém Foge (1955); Em Busca do Prazer (1964); Filha da Obsessão (1969)


George Sanders (1906-1972)






O Homem Que Fazia Milagres (1936); Navio Negreiro (1937); Quatro Homens e uma Prece (1938); A Força do Amor (1939);  Confissões de um Espião Nazista (1939); A Enfermeira Edith Cavell (1939);  Rebecca, a Mulher Inesquecível (1940); O Filho de Monte Cristo (1940); O Cisne Negro (1942); O Retrato de Dorian Gray (1945); Flor do Mal (1946); O Fantasma Apaixonado (1947); Sansão e Dalila (1949);  A Malvada (1950); Ivanhoé, o Vingador do Rei (1952); Ricardo, Coração de Leão (1954); O Tesouro de Barba Rubra (1955); Testa de Ferro (1956); O Sétimo Pecado (1957); Da Terra à Lua (1958); Salomão e a Rainha de Sabá (1959); Quando os Destinos Se Cruzam (1960); A Aldeia dos Amaldiçoados (1960); Desespero d'Alma (1964); A Morte Não Manda Aviso (1966); Um Tiro no Escuro (1964); Noite Interminável (1972); Psicomania (1973)


Natalie Wood (1938-1981)






O Amanhã é Eterno (1946); Duelo Romântico (1946); De Ilusão Também se Vive (1947); Torrentes de Ódio (1948); A Grande Promessa (1949); Destino Amargo (1950); Vida de Minha Vida; Ainda Há Sol em Minha Vida (1951); A História de Rose Bowl (1952); Filhos Esquecidos (1952); O Cálice Sagrado (1954); Seu Único Desejo (1955); Juventude Transviada (1955); Rastros de Ódio (1956) ; Um Grito na Escuridão (1956); Montanhas em Fogo (1956); Até o Último Alento (1958); Apaixonados Impetuosos (1960); Amor, Sublime Amor (1961); A Corrida do Século (1965); À Procura do Destino (1965); Bob, Carol, Ted E Alice (1969); O Candidato (1972); Ensina-me a Esquecer (1973); O Golpe de Sorte (1975); Meteoro (1979); O Último Casal Casado (1980); Willie e Phil - Uma Cama para Três (1980); Projeto Brainstorm (1983) .


Vanessa Brown (1928-1999)







Juventude sem Freios (1944); Sempre Te Amei (1946); Tenho Direito ao Amor (1947); O Fantasma Apaixonado (1947); Débil é a Carne (1947); Cupido Valentão (1949); Tarde Demais (1949); Tarzan e a Escrava (1950); Três Maridos (1950); O Vingador (1952); Assim Estava Escrito (1952); Os Prazeres de Rosie (1967); Abençoai as Feras e as Crianças (1971); A Bruxa que Veio do Mar (1976); Charleston (1979)


Edna Best (1900-1974)






O Homem que Sabia Demais (1934); Abnegação (1938); Mulheres Sem Homens (1938); Intermezzo: Uma História de Amor (1939); Robinson Suíço (1940); Uma Mensagem de Reuter (1940); Tenho Direito ao Amor (1947); O Fantasma Apaixonado (1947); A Cortina de Ferro (1948)


Fontes:
Los Angeles Times

The New York Times

Variety

IMDB

4 comentários:

  1. Caro Luís, td bem?
    Me toca profundamente ao coração este lindo e poético filme, desde a primeira vez que o vi quando criança nas tardes de matinê na Globo. Se o rever ainda hoje as lágrimas me virão aos olhos.
    Sempre pensei que o filme teria sido gravado no Maine. Será que foi a série?
    Apesar de preto-e-branco, a bela fotografia nos faz praticamente esquecer que vemos um filme sem cores. Incrível isso, principalmente para a audiência contemporânea ( vejam, meninos ) e só faz jus ao talento dos responsáveis. Taí uma justa indicação ao Oscar.
    É interessante como o filme foi capaz de se equilibrar tão bem entre a comédia romântica, os relacionamentos tão díspares entre as pessoas — do inexistente afeto da cunhada e da sogra, o falso afeto do pretendente e o verdadeiro afeto do núcleo familiar — e, por fim, o drama metafísico entre a dupla central. Na mão de um diretor inexperiente seria uma derrocada, mas Joseph Mankiewicz mostrou quem já era. Sorte a nossa.
    Sim, vc bem observou, a representação da inclemente passagem do tempo através da sucessão das ondas — agitadas, indiferentes a tudo — e a idéia tão simbólica do nome se deteriorando na madeira ao longo dos anos foram dois ótimos artifícios para simbolizar a passagem do tempo, mas não só: a passagem da vida também.
    Vida que é pulsante e palpável para a Mrs. Muir, enquanto para o Capitão Gregg ( a partir de uma escolha sua que é definitiva para a estória de ambos ) é de espera e resignação. Para mim essa é a mensagem principal do filme: ao deixá-la livre, ao provocar seu próprio esquecimento ( um sonho, uma fantasia, como ela própria disse no dia seguinte ao retirar o quadro da parede ) e estoicamente abrir mão daquilo que mais lhe importava deu-se ali a maior prova de amor que uma pessoa pode dedicar a outra. Sempre me comove esta passagem do filme. O que, além do puro amor, pode mover alguém nesse instante?
    Quanto aos atores, percebo agora que vi muito poucos filmes de Rex Harrison. Achei seu personagem aqui rico e ele soube muito bem dosar todas as nuances que o papel exigia. Uma presença magnética em cena.
    Gene Tierney, linda, decidida, destemida, tão mulher, o pivô onde a estória gira. Também gostaria de tê-la visto mais. Soube depois dos seus problemas psicológicos através das colunas da Dulce Damasceno de Brito na SET, uma pena. Não sabia que esse teria sido talvez seu maior papel.
    Luís, há na cena final uma mensagem que creio apenas pelo olhar da espiritualidade ele pode ser discutido. Para quem não viu o filme jamais a descreveria, para não tirar a beleza daquele sublime momento. Mas devo dizer que aquelas cenas representam para mim um dos mais belos e verdadeiros passos que todos nós um dia iremos trilhar na nossa existência.
    Este é um dos primeiros filmes que adquiri para minha cinemateca. E um daqueles que ansio muito para minhas filhotas verem comigo.
    Te agradeço imensamente pela gentileza da postagem, Luís.
    Um grande abraço!

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    1. Olá Mário.
      Pensando em uma próxima análise após o Drácula de Langella, me recordei que você havia citado esse filme (dentre vários - e, sim, estão na lista para saírem por aqui em algum momento). Por algum motivo que não me recordo, gosto muito dos filmes dos anos 40 e 50. Me lembro de criança vendo vários, alguns com temáticas muito superiores ao meu conhecimento ainda em desenvolvimento. Esses filmes foram desaparecendo nos anos 70 ,restando poucos que foram jogados para as madrugadas. Eram os anos 80 e produções aportavam no cinema, na tevê, nas locadoras e cineclubes de VHS e Betamax. Youtube, Dailymontion, Ok Ru e Plataformas Streaming eram algo impensáveis (nem celulares com telas havia, pelo menos por aqui). Bom, aproveitando as possibilidades do “talvez eu encontre esse filme” fui em busca da película, como dizem na Espanha. Um filme tranquilo de analisar, uma temática simples, um provável filme de comédia romântica ... nada disso.
      Bom, o filme me pegou logo nas primeiras cenas: já conhecia a dupla central (já havia analisado um filme de cada – “Ashanti” e “O Fio da Navalha”), mas não sabia que estavam no filme. Não vou dizer que para minha surpresa vi que o filme seria bom, já sabia, suas indicações sempre mostram que as temáticas serão profundas e ricas em percepções. Um grande filme sem dúvida, e sim concordo com a sua posição sobre o final do filme. Ah, que vontade de comentar, mas não posso estragar a experiência de quem o assistirá. Quanto ao seriado, coloquei o video de abertura na sessão Nostalgia, é bem diferente por um episódio que vi. Não tem a profundidade do filme, é mais voltado à comédia (com aquelas gargalhadas de auditório ao fundo – nunca gostei muito deste recurso). E sim, foi gravado nos EUA, na Costa do Maine, que na parte de curiosidades postei como “Costa do Pacífico”. A série me parece que foi gravada em Santa Bárbara. A protagonista Hope Lange ganhou 2 vezes o Emmy pela participação nessa série. Surpresa foi ver Edward Mulhare, que fazia “Devlon Miles” no seriado “A Supermáquina” substituindo Rex Harrison. E Mulhare fez o papel de Harrison para “Minha Bela Dama” (My Fair Lady) na Broadway. Quanto a Tierne, O Los Angeles Times fez um concurso de melhor atuação feminina no ano de 1947 e a atriz foi a vencedora.
      Muito obrigado pela indicação e comentários. Um grande abraço e até as próximas.

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  2. Análise muito bem feita, principalmente na explicação sobre as batidas do relógio. 👏👏

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    1. Boa tarde Relógios Vintage.
      Que bom que a análise agradou. Muito obrigado por comentar, seja bem-vindo e um grande abraço.

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