DUELO DE INTERPRETAÇÕES
Lawrence Jamieson (Michael Caine) é um elegante golpista britânico que vive no balneário de Beaumont-sur–mer, Riviera Francesa, se apresentando como um príncipe destronado, em perigo, à senhoras ricas e solitárias em férias ou de passagem. De forma bem discreta, alega angariar fundos para poder voltar ao seu país e libertar o seu oprimido povo. E consegue, dando às vítimas a sensação de salvadoras da liberdade. Com a conivência do inspetor de polícia local (Anton Rodgers) que valida sua estória, a dupla eleva a arte da sedução a um negócio lucrativo.
Durante uma viagem de trem, no
vagão-restaurante, Lawrence repara em um americano que pede para sentar-se à
mesa de uma mulher. Este começa a puxar conversa e informa ter desistido do
jantar para poder guardar dinheiro para o tratamento de sua avó doente. Em
seguida, o destino coloca novamente Lawrence junto com o homem que enganara aquela mulher por 20 dólares. Este homem se apresenta como Freddy Benson (Steve Martin),
um declarado golpista, e Lawrence descobre que se encaminha para o seu “território”,
arrumando uma forma de "desestimulá-lo". Para sua surpresa, no dia seguinte,
Freddy surge na cidade já aplicando um golpe no próximo alvo de Lawrence.
Depois de alguns intemperes, a dupla se une com Jamielson ensinando a Freddy como
se vestir, andar, usar talheres, se comportar ... com o vigarista elegante
liderando as operações. Logo, a dupla entra em conflito de egos e o lugar fica
muito pequeno para dois golpistas. Uma aposta é lançada: o primeiro a conseguir
arrancar 50 mil de uma ricaça ficará na cidade, ao outro só restará partir
definitivamente. Logo surge uma vítima: Janet Colgate (Glenne Headly), a rainha
do sabonete. Enquanto Freddy cria uma sucessão de estórias mirabolantes para
arrancar o dinheiro de Janet, Jamieson se prepara para expor o rival e ganhar a
aposta.
Os safados é uma reformulação de “Dois Farristas Irresistíveis” (Bedtime Story), uma produção
de 1964 estrelada por Marlon Brando e David Niven. A bem da verdade, o filme sessentista
colheu péssimas críticas sendo considerado “o filme mais vulgar e constrangedor
do ano”. Porque resolveram pensar em refazê-lo talvez seja uma pergunta mais do
que necessária. E tudo começou com os astros musicais David Bowie e Mick Jagger
decidindo que este seria um bom ponto de partida para uma carreira conjunta no
cinema, após o sucesso do clip “Dancing in the Streets”, com os chefes dos
estúdios ansiosos para colocá-los juntos em um filme. O roteirista Dale Launer tinha
visto o filme original, uma vez na televisão, e sugeriu um remake. Launer
adquiriu os direitos de remake de um dos escritores originais, Stanley Shapiro.
Durante o desenvolvimento, Jagger e Bowie desistiram do projeto e Steve Martin
e Michael Caine foram trazidos como substitutos. E a adesão dos dois atores ao
projeto fez toda a diferença, os atores dão um show a cada cena, cada um à sua
maneira: Michael Caine nos apresenta um Lawrence Jamieson discreto, elegante, inteligente e sofisticado
enquanto Steve Martin nos dá um Freddy Benson malandro, sentimentalmente apelativo,
impetuoso, debochado, capaz de mudar de personalidade rapidamente de acordo com
a necessidade. E aí percebemos a
diferença entre os dois filmes. Se Niven tinha um jeito aristocrático que Caine
em parte repetiu, mas melhorou à sua maneira, Martin fez o que Brando não
conseguiu: levar o público às gargalhadas com seu personagem sem classe e estilo,
com os seus trejeitos e mudanças faciais, na qual muitos se lembrarão de Jerris
Lewis em sua fase áurea.
Poucos têm um título brasileiro tão fiel à proposta de um filme (Dirty Rotten Scoundrels poderia ser livremente traduzido como "canalhas podres e sujos"). Este filme chegou a ser nomeado como "King of The Mountain" e "Dirty Rotten Criminals" durante seus estágios iniciais. E cenas hilárias e inesquecíveis, com várias reviravoltas na história, não faltam: quando Martin está na prisão local, não conseguindo se lembrar do nome de Lawrence que conhecera há pouco tempo; uma cena de jantar em que Freddy finge ser o irmão aloprado de Lawrence, Príncipe Ruprecht; quando Freddy se encontra em uma cadeira de rodas e, inesperadamente, surge o “Dr Emil Schuffhausen” com o seu método nada tradicional de curar veteranos com traumas de guerra; a “nota de suicídio” antes de despencar escada abaixo...
Performances brilhantes
definem este filme. Caine é o cafajeste mais suave da dupla, um vigarista que
se prova, no fim das contas, consciencioso. Sua atuação, recheada de sorrisos cínicos para Martin, dá
ao filme um ar de leveza e lhe rendeu uma indicação ao Globo de Ouro, mas
perdeu para Tom Hanks, por “Quero ser Grande” (1988). Caine era fã de David Niven
e por isso manteve o bigode fino, o cabelo penteado para trás e um blazer azul.
É impressionante a versatilidade do ator, que consegue trazer veracidade a
todos os trabalhos que faz. Já Steve Martin, esbanja vigor cênico, caretas,
cinismo ... em uma época na qual chegou a ser considerado um dos melhores
comediantes da América. Seus personagens aqui são impagáveis: o bom vivant, o
maluco, o cadeirante, o apaixonado ... Martin dá um show à parte e mostra uma sintonia
com Caine impressionante. Foi dito que a dupla fez vários improvisos em cena,
inclusive a cena final. Glenne Headly foi nomeada Atriz Revelação Mais
Promissora, ganhando um prêmio CFCA no Chicago Film Critics Association Awards
em 1989. Sua personagem, alvo da disputa da dupla, casou perfeitamente no filme,
num misto de ingenuidade, vulnerabilidade e doçura. E quase não faria o filme
se Sean Young (Blade Runner) não tivesse declinado do convite para fazer “Tensão”
(1988). Glenne viria a falecer em 2017, aos 62 anos, de embolia pulmonar. Ian
McDiarmid, como o mordomo Arthur, talvez
surpreenda alguns ao descobrirem que ele fez o papel do vil Imperador Palpatine
/ Darth Sidious na saga Star Wars). Outro divertido cúmplice de
Lawrence é Anton Rodgers como o inspetor corrupto André.
Dirigido por Frank Oz (A Pequena
Loja de Horrores, O Cristal Encantado e Os Muppets Conquistam Nova York), Os
Safados colheu críticas favoráveis nos Estados Unidos, mas no Brasil não teve o
mesmo sucesso, ainda assim uma boa parte do público tem esse filme com carinho na memória. Nem
sempre o cinema consegue entregar um tema que agrade a todos os espectadores. Ainda que
o esquecível filme de 1964 tenha Marlon Brandon, não há como não se dizer que
Martin deu um banho de interpretação em um dos atores mais elogiados do cinema
e Caine repete aquele ar britânico de Niven, mas também entrega um trabalho muito
superior. Foi uma ousadia dos envolvidos investir em uma obra que se mostrou um
fracasso financeiro e de crítica, mas o roteiro inventivo, com diálogos afiados
e “gags” engraçadíssimas foi muito bem escrito/ reformulado. Dale Launer (“Por
Favor, Matem Minha Mulher”, “Encontro às Escuras”,” Meu Primo Vinny”) soube adaptar
o filme às personalidades dos envolvidos, trazendo alegria e leveza, que diverte
o espectador do início ao fim. Em 2019, a história seria novamente adaptada como
“As Trapaceiras” com Anne Hathaway e Rebel Wilson. A destacar o excepcional
trabalho de câmera de Michael Ballhaus com uma fotografia de primeira
qualidade.
Trailer
Curiosidades
O teaser trailer apresenta uma sequência que não aparece no filme final. Freddy Benson e Lawrence Jamieson caminham ao longo de um calçadão, afastando-se educadamente do caminho de outras pessoas, etc., com uma voz dizendo algo como "Existem vários cavalheiros distintos no mundo... cavalheiros refinados e cultos... bons homens ... mas bons homens terminam em último". Enquanto as últimas linhas são ditas, Freddy empurra uma velhinha na água e Lawrence enfia o rosto de uma criança em seu algodão doce. O diretor Frank Oz disse que o público ficou muito surpreso ao saber que a cena não fazia parte do filme finalizado.
De acordo com o comentário do DVD, quando Freddy está na cadeia, tentando lembrar o nome de Lawrence, toda a cena foi improvisada por Steve Martin. O diretor Frank Oz estava agachado fora do alcance da câmera e deu um tapinha no pé de Anton Rodgers para interromper Martin quando Oz sentiu que tinha ido o mais longe que podia com a improvisação.
De acordo com a autobiografia de Michael Caine, a garota alta e de cabelos pretos dançando ao lado dele na cena disco é sua filha na vida real, Natasha.
Quando Freddy está no cassino vestindo um uniforme do Exército dos EUA, ele tenta usar uma Medalha de Boa Conduta do Exército dos EUA como garantia na mesa de roleta, e o dealer se recusa. As medalhas militares dos EUA são feitas de metais de baixa qualidade (metais de pote), em vez de metais preciosos, especificamente para evitar que sejam vendidas por dinheiro. A tradição militar dos EUA afirma que o valor da medalha está na ação tomada para ganhá-la, não no material do qual é montada.
Os nomes de seus dois personagens principais neste remake basicamente permaneceram os mesmos do original, mas com grafias ligeiramente alteradas. No original, os personagens principais eram Freddy Benson e Lawrence Jameson; neste remake, eles são Freddy Benson e Lawrence Jamieson. Além disso, Fanny Eubank do original, é Fanny Eubanks de Omaha aqui, enquanto Janet Walker (Shirley Jones) do original se torna Janet Colgate (Glenne Headly) aqui.
Rowan Atkinson, John Cleese, Richard Dreyfuss, Eric Idle, Dudley Moore, Leslie Nielsen, Michael Palin e Gene Wilder foram todos considerados para o papel de Lawrence Jamieson.
Primeiro filme de Frank Oz sem fantoches.
Este filme está classificado no número oitenta e cinco na lista dos "100 filmes mais engraçados" da Bravo.
Terceira de cinco colaborações de Frank Oz e Steve Martin. Os outros foram Os Picaretas (1999), Como Agarrar um Marido (1992), A Pequena Loja dos Horrores (1986) e Muppets: O Filme (1979).
David Niven faleceu cinco anos antes deste filme ser feito.
O momento em que a mão de Freddy ficou colada na parede a noite toda pelos marinheiros foi ideia de Steve Martin.
Este filme foi filmado em 6 de junho de 1988 e encerrado em 16 de agosto de 1988 após 2 meses, 10 semanas ou 71 dias de filmagem.
No papel de "Lady" Fanny Eubanks, de Omaha, a vítima do grande ardil de Lawrence Jamieson no início do filme, estava Barbara Harris. Anteriormente, Harris havia retratado um vigarista no último filme de Alfred Hitchcock, Trama Macabra (1976).
Glenne Headly e Steve Martin trabalharam juntos oito anos depois em "Sgt. Bilko". Nesse filme, Martin interpreta um soldado e homem de confiança que rouba dinheiro de outros soldados e do Exército. Em ambos os filmes, o personagem de Martin tentou, sem sucesso, enganar o personagem de Headly fazendo-o acreditar que ele era aleijado.
Aparição do diretor Frank Oz: Como o policial apressando Freddy para encontrar Lawrence no aeroporto perto do final do filme.
Ian McDiarmid O retorno de
Jedi
Niven e Brando em Dois Farristas
Irresistíveis
Trilha Sonora
Puttin' On the Ritz –
escrito por Irving Berlin
Pick Yourself Up - Jerome
Kern
The Gold Diggers' Song
(We're in the Money) - Harry Warren
Celui Qui S'en Va - Marie
Myriam
La Donna è Mobile - Giuseppe
Verdi
Cartazes:
Filmografia Parcial
Michael Caine
Um Golpe à Italiana (1969); Carter - O Vingador (1971); Conspiração Violenta (1975); O Homem Que Queria Ser Rei (1975); A Águia Pousou (1976); O Enxame (1978); Os Selvagens Cães de Guerra (1978); Ashanti (1979); Dramático Reencontro no Poseidon (1979); Vestida Para Matar (1980); Fuga Para a Vitória (1981); Armadilha Mortal (1982); O Documento Holcroft (1985); Hannah e Suas Irmãs (1986); Mona Lisa (1986); Tubarão 4: A Vingança (1987); Ensina-me a Querer (1987); Os Safados (1988); Em Terreno Selvagem (1994); Regras da Vida (1999); Miss Simpatia (2000); Austin Powers em o Homem do Membro de Ouro (2002); Batman Begins (2005); A Feiticeira (2005); Filhos da Esperança (2006); Batman: O Cavaleiro das Trevas (2008); Harry Brown (2009); A Origem (2010); Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge (2012); Interestelar (2014); Juventude (2015); Truque de Mestre 2 (2016); Despedida em Grande Estilo (2017); Dunkirk (2017).
Steve Martin
O Sargento Pepper e sua Banda (1978); Muppets: O Filme (1979); O Panaca (1979); O Médico Erótico (1983); Rapaz Solitário (1984); Um Espírito Baixou em Mim (1984); Três Amigos! (1986); Antes Só do que Mal Acompanhado (1987); Os Safados (1988); O Tiro que não Saiu pela Culatra (1989); Loucuras em Los Angeles (1991); O Pai da Noiva (1991); Grand Canyon: Ansiedade de uma Geração (1991); Fé Demais Não Cheira Bem (1992); E a Vida Continua (1993); Uma Virada do Destino (1994); Perdidos em Nova York (1999); Os Picaretas (1999); A Casa Caiu (2003); Looney Tunes: De Volta à Ação (2003); Doze é Demais (2003); Garota da Vitrine (2005); Doze é Demais 2 (2005); A Pantera Cor de Rosa (2006); A Pantera Cor de Rosa 2 (2009); A Longa Caminhada de Billy Lynn (2016); Only Murders in the Building (seriado 2021-2023)
Glenne Headly (1955–2017)
Amigos para Sempre (1981); Doutor Detroit e suas Mulheres (1983); Fandango (1985); A Rosa Púrpura do Cairo (1985); Nadine - Um Amor à Prova de Bala (1987); A Casa dos Sonhos (1988); Os Safados (1988); Dick Tracy (1990); Pensamentos Mortais (1991); E a Vida Continua (1993); Acertando as Contas com Papai (1994); Mr. Holland: Adorável Professor (1995); Marcas do Silêncio (1996); Contrato de Risco (1996); Plantão Médico (seriado 1996-1997); Arquivo X: O Filme (1998); O Poder da Notícia (1998); À Beira da Loucura (1999); O que Mais pode Acontecer? (2001); Confissões de uma Adolescente em Crise (2004); Um Funeral Muito Louco (2004); Segredos de Família (2004); Monk: Um Detetive Diferente (seriado 2003-2006); Amor por Contrato (2009); Como Não Perder Essa Mulher (2013); O Círculo (2017); Future Man (seriado 2017); Apenas o Começo (2017)
Anton Rodgers (I) (1933–2007)
Teia de Aranha (1960); O Desafio das Águias (1968); O Homem Que Não Era (1970); Adorável Avarento (1970); O Dia do Chacal (1973); A Maldição do Espelho (1985); O Quarto Protocolo (1987); Os Safados (1988); O Filho da Pantera Cor-de-Rosa (1993); O Mercador de Veneza (2004); You Can Choose Your Friends (2007)
Ian McDiarmid
A Performance of Macbeth (1979); O Império Contra-Ataca (1980); Reencarnação (1980); O Dragão e o Feiticeiro (1981); Mistério no Parque Gorky (1983); Os Safados (1988); A Tragédia de Chernobyl (1991); No Coração das Trevas (1993); O Outro Lado da Nobreza (1995); Star Wars, Episódio I: A Ameaça Fantasma (1999); A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça (1999); Star Wars, Episódio II: Ataque dos Clones (2002); Star Wars, Episódio III: A Vingança dos Sith (2005); Z: A Cidade Perdida (2016); Star Wars: A Ascensão Skywalker (2019); Obi-Wan Kenobi (seriado 2022)
Luís, como vai?
ResponderExcluirMe desculpe tardar a aparecer para lhe agradecer a sua gentileza, que é esta simpática crítica a Os Safados. Queria tempo e só tive algum neste final de domingo.
Como disse a vc antes, acho essa uma das grandes comédias que assiste na minha vida. Acho mais: esta será aquela que eu — mesmo com 100 anos, se lá chegar — sempre rirei com a mesma intensidade, por mais que eu conheça todas as cenas de cor. Então, obviamente, esse pessoal da Bravo não sabe de nada e se fossem espertos deveriam se retratar rapidinho colocando Os Safados entre as 10 mais. Simples assim.
E como grande fã, tenho a obrigação de um dia assistir a versão com David Niven e Marlon Brando. Mas curioso mesmo seria ver David Bowie e Mick Jagger metidos nestes papéis. Rapaz, acho que seria muita areia pro caminhãozinho deles, vc não acha?
Tinha lido mesmo em algum lugar que Michael Caine contracenava com sua filha ( muito bonita ) na cena da boate, interessante. Mas não sabia que tinha sido filmado em tão pouco tempo: os caras estavam afinados e o talento deles, no auge. Palmas pro roteirista também, Dale Laune, certo?
Acho curiosíssimo um fã de Star Wars assistir Os Safados e ver o Lorde Sith mais odiado da galáxia servindo champagne na beira da piscina a Michael Caine. Ah, impagável.
Esse, não vi nos cinemas, vi no home video. Depois desse filme, sempre admirei o talento de Steve Martin, de Roxanne a A Pantera Cor-de-rosa. A-do-ro Antes Só do que Mal-Acompanhado, com John Candy.
Quanto a qualquer continuação, vamos agradecer aos deuses etéreos da 7a arte que este mal nunca tenha sido perpetrado.
Luís, te desejo sucesso com seu trabalho. Sempre sou grato por todas as boas leituras que vc nos apresenta.
Abraço!
Olá Mario.
ExcluirOs Safados vi no cinema e foi uma grata surpresa, com muitas gargalhadas e a certeza de ter visto uma das grandes comédias dos anos 80.
A lista da Bravo, "100 funiest movies", é meio estranha, se formos olhar com maior atenção. Mas é aquilo: eu coloco essas listas nas postagens apenas como efeito de curiosidade, contudo a melhor lista sempre será nossa lista pessoal.
Eu vi grande parte da versão dos anos sessenta e tem algumas cenas praticamente iguais (o "rei" contando sua história; Marlon Brandon na cadeira de rodas no cassino; o "doutor" examinando o paciente ...) Mas não tem realmente graça. Brandon não ficou engraçado, não acertou o tom.
Bowie e Jagger? Acho que não funcionaria. Bowie é um bom ator (Labirinto, Furto ...), mas comédia é para poucos. Já Jagger não funcionou em "Freejack" (que não era comédia)...
Eu sou contra remakes ou reboots de filmes ou séries que marcaram épocas. 90% mostram-se ruins. Dou valor a criatividade, a maioria se mostra uma versão preguiçosa para apenas ver se dá lucro rápido.
Obrigado por mais este comentário. Volte sempre e um grande abraço.
Apenas corrigindo "Bowie é um bom ator (Labirinto, Furyo ...)."
ResponderExcluirSim, Bowie se entregou mais ao cinema. Não vi O Homem que Caiu na Terra, mas embora tenha ficado impressionado com seu personagem em Labirinto ( gosto muito ), bastava seu papel em The Hunger para se imortalizar.
ResponderExcluirO seu ar blasê, um tanto niilista, está em quase todas suas interpretações. Por isso certamente dependia de um bom script.
Há um filme recente, não sei o nome, pois o assiste depois de iniciado, que conta a primeira ( e fracassada ) turnê de Bowie na America. Gostei, vale por mostrar o mito humanizado.
Dê uma espiada em Only Murdres in the Building, com Steve Martin e Martin Shaw, no Starz. Não assiste, mas pelo trailer promete.
De novo, tudo de bom, Luís.
Opa, Martin Short.
ResponderExcluirOpa de novo, Star+.
Fome de Viver (The Hunger) é um filme que aparecerá por aqui em breve. O Homem que Caiu na Terra (já analisado por aqui) tornou-se cult mais pela proposta filosófica do roteiro. É um filme muito diferente e que muitos não gostarão de como foi levado às telas. Acredito que poderia ser refilmado com um bom diretor que o adaptasse aos dias atuais sem o visual "psicodélico" do filme. Furyo, em Nome da Honra (também já analisado) é um filme bem interessante de Bowie. Quanto a Steve Martin, vi vários de seus filmes nos anos 90. Sempre gostei de suas atuações. Os filmes a partir de 2000, foram muito poucos os que vi.
ResponderExcluirVou buscar os filmes que vc citou, acredito que o filme de Bowie citado seja Stardust (2020). Obrigado pelas dicas. Um grande abraço.