Daniel (Rodolfo Sancho) e
Sara (Belén Fabra) possuem o hábito de comprar imóveis em ruínas, para reformá-los
e depois colocá-los à venda e assim garantirem um bom lucro. O casal investiu todo
o dinheiro que tinham na compra da nova propriedade afastada do centro, enquanto Daniel inicia a
reforma. Eric (Lucas Blas), filho do casal de nove anos, parece estar
tendo problemas de adaptação na nova moradia. Uma terapeuta infantil, Dra. Carol (Beatriz
Arjona), informa ao casal que é algo passageiro em decorrência da mudança,
porém na volta para a casa a jovem sofre um misterioso e terrível acidente,
tirando-lhe a vida e o desenho feito por Eric mostra profeticamente um fragmento do acidente.
As vozes que apenas Eric
ouve começam a se manifestar com maior intensidade, através de dispositivos
eletrônicos. Ruídos estranhos e atividades paranormais também começam a
acontecer. Quando numa noite, Daniel acorda com um barulho, descobre o seu filho
morto. O casal entra em desespero, mas Daniel não pode abandonar a casa antes de
reformá-la. Agora sozinho na casa, escuta a voz do filho e procura um famoso
especialista em paranormalidade e autor de vários livros, Germán (Ramón Barea),
que a princípio não acredita na estória de Daniel, mas resolve seguir sua
intuição e chega à casa com sua filha Ruth (Ana Fernández). Ao instalarem dispositivos à procura de alguma
atividade, descobrem que realmente há uma entidade potencialmente perigosa na
casa.
A estreia do diretor Ángel Gómez em longa-metragens nos traz uma estória bem interessante de uma família que tenta recomeçar a vida, mas vai parar em uma casa com um passado assustador, na qual Daniel descobre tempos depois que o povoado a conhece como “a casa das vozes”, um local que serviu de abrigo para a inquisição espanhola” (em meados de 1478), onde ocorreram diversas torturas como forma de descobrir hereges e opositores da fé cristã e que talvez tenha retido uma força diabólica à espreita. Gómez consegue uma aura de situações assustadoras, com um bom suspense e sustos.
Há muito o cinema espanhol consegue, com poucos recursos, o que Hollywood intenta conseguir: um filme de terror que consiga pegar o espectador. E "Vozes" entrega um bom filme: um roteiro bem elaborado, efeitos de baixo custo, mas apropriados ao contexto, e um grupo de ótimos atores. Claro que temos inspirações em filmes como "Amityville" (a casa mal Assombrada; moscas), "O Iluminado" (a bola vermelha) e até, para alguns, "Poltergeist". Talvez, o único porém seja alimentar a história de que a Inquisição Espanhola (que durou quase 350 anos e matou mais de 300 mil pessoas), teria encontrado praticantes de bruxaria, o que justificaria seus atos, mas até mesmo Hollywood volta e meia passeia por esse tema.
Produção da Netflix, Vozes é um filme bem interessante, com a proposta de apostar em um suspense com muitos sustos e um final diferente do que o público aguarda, a vantagem de não estar presa às imposições dos estúdios americanos.
Trailer:
Curiosidades:
A certa altura, o pai se apresenta como Daniel Belasco. Daniel Balasco é também o nome do dono da infame casa Belasco no filme A Casa da Noite Eterna (1973) com Roddy McDowell e Pamela Franklin.
Cartazes:
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