sexta-feira, 29 de maio de 2020

CREPÚSCULO DOS DEUSES / SUNSET BOULEVARD (1950) - ESTADOS UNIDOS



"EU SOU GRANDE, AS IMAGENS É QUE FICARAM PEQUENAS"

Joe Gillis (William Holden) é um jovem roteirista em baixa e atolado em dívidas que, fugindo de credores, esconde-se em uma garagem de uma luxuosa e soturna mansão em Sunset Boulevard que parece abandonada. Mas a lúgubre mansão é habitada por uma antiga e reclusa estrela do cinema mudo, Norma Desmond (Gloria Swanson), e seu fiel e soturno mordomo Max (Erich Von Strohein). Após uma breve conversa, Norma apresenta um roteiro seu onde estrelará “Salomé” e o contrata para aperfeiçoá-lo e, assim, poder realizar o seu triunfal retorno às telas. Joe aceita, mesmo sabendo que o material que tem em mãos é um fiasco. Norma começa a se aproximar de Joe e a seduzi-lo com uma vida luxuosa no que o roteirista a princípio aceita, mas que, aos poucos, os intensos delírios de Norma, de uma época perdida, começam a incomodá-lo. Quando resolve dar um basta a situação, Norma enlouquece.



Crepúsculo dos Deuses é uma obra de primeira linha. Não por acaso foi incluída em uma lista de 25 filmes considerados "patrimônios da humanidade" pelo Congresso Americano devido a sua riqueza de detalhes e nuances que apresenta, sendo um dos mais inteligentes argumentos sobre a vida de Hollywood e figurando nas antologias cinematográficas como um clássico. Interessante vermos que nos minutos iniciais já sabemos como essa história terminará: a narração é feita do ponto de vista de Joe, morto, boiando em uma piscina. Sabemos que a parceria terminou em tragédia, mas como tudo culminou para tal situação é o grande mote do filme que passa a ser narrado em flashback pelo falecido Joe.



É um costume antigo de Hollywood olhar-se no espelho e várias produções comprovam esse fato: "O Artista", "O Nome do Jogo"," Culpado por Suspeita"," Los Angeles: Cidade Proibida", "Trumbo: Lista Negra" ..., mas poucos lograram êxito em falar da transição de uma época e seus efeitos naqueles que a viveram como Crepúsculo dos Deuses (título nacional interessante que pode ter tido inspiração na ópera homônima  do compositor alemão Richard Wagner). Para aqueles que moldam sua existência em torno da glória e o culto à celebridade, se considerando deuses (ou deusas) do cinema, nada pior que a chegada de um crepúsculo desses deuses. E, quando o declínio se transforma em um tipo de transtorno, toda a realidade sofre um abalo. Um ângulo perturbador da queda de uma carreira e um belo retrato sobre uma mulher, uma celebridade e uma indústria.


A personagem egocêntrica que acha que o mundo gira ao seu redor é fictícia, mas bem que podia existir. Norma Desmond, como outras atrizes, sentia na própria pele esse paralelo entre ficção e realidade morando em uma mansão decadente e com imensa dificuldade de aceitar a realidade: o cinema mudo não existe mais, a era agora é do cinema sonoro / falado (a frase: "Nós não precisávamos de falas. Nós tínhamos rosto" é uma negação dessa nova realidade surgida). Uma nova indústria surgiu, um novo modo de se fazer cinema. Novas atrizes, novos atores e diretores. E quem não conseguiu se adaptar ou se enquadrar foi sucumbindo no ostracismo. O sucesso passa a trabalhar contra se a pessoa não se atualiza.


Não raro foram as atrizes que despareceram rapidamente porque o público as idolatrava no cinema sem som, mas que a voz desagradava os ouvidos nessa Hollywood dos "novos tempos". Norma Swanzon não era um desses casos. Assim como sua personagem foi uma das maiores estrela do cinema mudo e chegou a atuar em seis filmes sonoros entre 1929 e 1934. A partir de 1934 fez apenas um filme em 15 anos: "Papai Vai Casar" (1941). Mas o retorno de Swanson, ao contrário de Norma, foi triunfal: concorreu ao Oscar de Melhor Atriz enfrentando ninguém menos que Bette Davis (A Malvada). Ironicamente nenhuma das duas veteranas atrizes levou a estatueta: uma novata vinda do teatro chamada Juddy Holliday abocanhou o prêmio com "Nascida Ontem" (Born Yesterday) que teve Holden como galã. Depois de Sunset Boulevar fez apenas mais dois filmes "Three for Bedroom C” (1952) e "Meu Filho Nero" (1956) dedicando-se ao outros projetos como a TV. Em 1974 surgiria em mais dois filmes, encerrando a carreira definitivamente.



Dirigido por Gene Wilder, um mestre em criar falas e diálogos cínicos, não faltam simbolismos e camadas a permear a produção: Norma tem uma casa rodeada de retratos, de luxo, de conforto... na realidade rodeada de si própria; Norma é uma estrela esquecida, esquecida por um público da qual ela nunca esqueceu; Norma se apaixona pelo jovem Joe, representante da nova geração de Hollywood: passado e presente formando um interessante conflito; a mansão de Norma é o símbolo vivo de sua vida passada; a mansão até então "sem vida" passa a ganhar vida com a chegada de Joe; o maior exemplo de Norma furtar-se do convívio social é a festa de ano novo sem convidados – uma ardil para evitar o confronto com a realidade; Norma considera que o cinema perdeu sua magia quando os atores emprestaram suas vozes aos personagens, por isso quando o microfone bate em sua cabeça é uma analogia da nova Hollywood a cutucando e ela a empurrando para longe (renegando); as portas sempre fechadas na mansão (sem maçanetas) podem sugerir um aspecto de permanente insegurança; a iluminação nos traz a sensação de uma atmosfera de dor íntima da personagem; uma  interpretação do passado e presente de Norma pode nos levar a  uma interpretação entre a  realidade e a ficção; Max que a lançou aos 16 anos e dirigiu Norma no início de sua carreira, novamente  a “dirige” em seu derradeiro ato final; quando Norma manda Joe esvaziar o cinzeiro, significa que ele está se tornando tão subserviente quanto Max. É a perda de sua essência; o carro de Norma foi outrora um símbolo de luxo e prestígio de uma época passada, mas que a liga a sua fantasia. O carro de Joe representa a modernidade que Norma recusa a aceitar; Max também foi sepultado pelo cinema mudo e se resignou a ficar à sombra, em todos os aspectos, de Norma; Max e Joe tiram proveito de Norma: enquanto Max dirige sua vida, Joe se sente dirigido ainda que, em contraponto, receba uma vida de luxo. Um preço a ser pago; “os bonecos de cera”, intitulados por Joe,  são os únicos convidados para a mansão. Não por acaso são atores / atrizes do cinema mudo... fora outros aspectos que deixarei para vocês observarem e comentarem.


Quanto ao elenco há informações bem interessantes: Norma Swanson não foi a primeira opção. De Mille chegou a dizer que o filme fora pensado para ser uma comédia com Mae West e Marlon Brandon.  Pola Negri (outra estrela do cinema mudo) foi sondada, mas seu sotaque polonês (que encerrou sua carreira) ainda era carregado demais.  Mary Pickford recusou, pois ficou horrorizada com a história. Mae West quis rescrever os diálogos e se achava jovem demais para o papel. Norma Shearer considerou o papel desagradável.  Greta Garbo também recusou o papel.  Para o papel de Joe, Montgomery Clift, que havia assinado, quebrou o contrato com apenas duas semanas. Fred MacMurray recusou porque entendeu que o papel era de um gigolô. Marlon Brandon foi considerado “muito conhecido”. Gene Kelly foi abordado, mas a MGM se recusou a emprestá-lo. O papel acabou indo para Holden que não impressionava Wilder. O austríaco Erich von Stroheim fora, como seu personagem, diretor na época do cinema mudo e dirigira Swanson em “Minha Rainha” (1932). Stroheim definiu seu papel neste filme como “papel de mordomo”, mesmo assim foi indicado ao Oscar perdendo para George Sanders (“A Malvada”). Temos as aparições de Buster Keaton, Anna Q. Nilsson, and H.B. Warner como os jogadores de bridge, além do próprio Cecil B. DeMille (1881-1959) dirigindo o clássico “Sansão e Dalila” de 1949 nos Estúdios da Paramount


Indicado ao Oscar nas categorias “Melhor Filme”, “Diretor”, “Ator”, “Atriz”, “Ator Coadjuvante”, “Atriz Coadjuvante” “Fotografia - Preto e Branco”, “Montagem”, ”Direção de Arte – Preto e Branco”, “Trilha Sonora - Comédia ou Drama”, “Roteiro e História”, vencendo apenas nas últimas três categorias, Crepúsculo dos Deuses é um filme sóbrio sem apelar para o exagero, pincelando o drama da personagem de forma bem delineada com uma abordagem em um tom direto, cru, ora amargo ora irônico, mostrando um autorretrato da “nova” e da “velha” meca do cinema o que não lhe tira a dignidade e até a mantém de certa maneira.

Trailer:





Curiosidades:

Ao contrário do personagem que interpretava, Gloria Swanson havia aceitado o fato de que os filmes não a desejavam mais e se mudara para Nova York, onde trabalhava no rádio e, mais tarde, na televisão. Embora ela já tivesse descartado a possibilidade de um retorno ao cinema, ela ficou muito intrigada quando recebeu a oferta para interpretar o papel principal.

Como uma brincadeira, durante a cena em que William Holden e Nancy Olson se beijam pela primeira vez, Billy Wilder os deixou continuar por alguns minutos sem gritar "Cut!" (ele já havia conseguido a cena que precisava na primeira tomada). Eventualmente, não foi Wilder quem gritou "Corta!" mas a esposa de Holden, Ardis (Brenda Marshall), que estava no set naquele dia.

Montgomery Clift saiu da produção porque estava, como o personagem de Joe, tendo um caso com uma rica atriz de meia-idade, Libby Holman, e estava com medo de que a imprensa começasse a investigar seu passado.

Quando Norma Desmond diz ao guarda dos portões do Paramount Studio: "Sem mim, não haveria estúdio da Paramount", as palavras poderiam ser aplicadas à própria Gloria Swanson, pois ela foi a principal estrela do estúdio por seis anos consecutivos.

Terminada  a produção operários e elenco lhe deram uma cigarreira de prata com a inscrição: "A Gloria Swanson - A Maior de Todas"

O nome "Norma Desmond" foi escolhido entre uma combinação da estrela de cinema mudo Norma Talmadge e do diretor de cinema mudo William Desmond Taylor, cujo assassinato ainda não resolvido é um dos grandes escândalos da história de Hollywood. 

Gloria Swanson quase considerou rejeitar o papel de Norma Desmond depois que Billy Wilder solicitou que ela fizesse um teste de tela para o papel. Seu amigo George Cukor, que inicialmente a recomendou para o papel, disse-lhe: "Se eles querem que você faça dez testes de tela, faça dez testes de tela. Se não, eu irei pessoalmente atirar em você". Swanson concordou com a audição e ganhou o papel.

Quando os membros da equipe perguntaram a Billy Wilder como ele iria filmar o enterro do macaco de Norma, uma das cenas mais bizarras do filme, ele apenas disse: "Sabe, a sequência usual de funerais para macacos".

O personagem de Norma Desmond é inspirado no destino de várias atrizes da era do silêncio. Mary Pickford vivia em reclusão, longe dos olhos do público, enquanto Mae Murray e Clara Bow haviam documentado problemas com doenças mentais.

Depois de uma exibição particular para dignitários de Hollywood, Barbara Stanwyck se ajoelhou na frente de Gloria Swanson e beijou a barra da saia. A atriz veterana queria particularmente ver o que Mary Pickford sentia e ficou decepcionada ao ver que ela havia saído. Disseram a Swanson: "Ela não pode se mostrar, Gloria, está superada demais. Todos nós estamos". Nem todo mundo se sentiu da mesma maneira, no entanto. A reação de Louis B. Mayer está bem documentada, mas Mae Murray também considerou o filme ofensivo.

Cecil B. DeMille aparece no filme em um estúdio. Esse era o elenco real de "Sansão e Dalila" (1949), que De Mille estava fazendo na época.

Cecil B. DeMille concordou em fazer sua aparição por um valor de US$ 10.000 e um Cadillac novinho em folha. Quando Billy Wilder voltou mais tarde para garantir um close, DeMille cobrou outros US $ 10.000.

Billy Wilder queria que Hedy Lamarr aparecesse na cena em que Norma e Joe visitam Cecil B. DeMille na Paramount. Como DeMille dirigia Lamarr na época em "Sansão e Dalila" (1949), isso não teria sido problema. No entanto, DeMille insistiu que Lamarr recebesse US $ 25.000 pelo privilégio, a ideia foi rapidamente descartada.

Darryl F. Zanuck, Olivia de Havilland, Tyrone Power e Samuel Goldwyn se recusaram a permitir que seus nomes fossem usados ​​no filme, mas Billy Wilder decidiu usar os nomes de Zanuck e Power de qualquer maneira. Curiosamente, a reclusa Greta Garbo concedeu permissão para usar seu nome, embora ao ver o filme em si lamentasse ter feito isso. Ela achava que Wilder usava o nome em um contexto passado e ficou ofendida.

A carreira de Gloria Swanson não foi revitalizada por este filme. Ela ficou desapontada ao ver que todas as peças que lhe foram oferecidas posteriormente eram versões diluídas de Norma Desmond. Por fim, ela se aposentou completamente dos filmes, fazendo apenas aparições esporádicas, principalmente em Aeroporto 75 (1974).

Quando as filmagens começaram, William Holden tinha 31 anos (nascido em 17 de abril de 1918) e Gloria Swanson tinha 50 (nascido em 27 de março de 1899).

Todas as estrelas do cinema mudo mencionadas por Norma, Joe, Betty e Max estavam mortas ou não estavam mais ativas em filmes em 1950. Entre elas Greta Garbo, John Gilbert, Rudolph Valentino, Rod La Rocque, Vilma Bánky, Mabel Normand, Marie Prevost. , Pearl White e Douglas Fairbanks.


Na primeira aparição de Cecil B. DeMille, seu grito de "Wilcoxon!" é dirigido a seu produtor associado, Henry Wilcoxon, que atuou em seus épicos Cleópatra (1934), As Cruzadas (1935) e Os Inconquistáveis ​​(1947), passando posteriormente para uma posição atrás da câmera como associado de DeMille

Foi a inspiração para a música de 1997 do Metallica "The Memory Remains".

O filme é referenciado abertamente em Segredos de uma Novela (1991), O Jogador (1992), Deuses e Monstros (1998), Cidade dos Sonhos (2001), Império dos Sonhos (2006) e Be Cool: O Outro Nome do Jogo ( 2005) enquanto a cena final de Cecil Bem Demente (2000) é uma paródia direta da cena final do clássico de 1950.

Joe Gillis é visto lendo o livro "The Young Lions", de Irwin Shaw, um best-seller da Segunda Guerra Mundial da época, Montgomery Clift, que originalmente recebeu o papel de Joe Gillis, mais tarde interpretou um dos protagonistas do filme. adaptação desse livro Os Deuses Vencidos (1958), embora não tenha sido dirigido por Billy Wilder.

Cartazes:





















Filmografia Parcial:

Gloria Swanson (1899–1983)










Macho e Fêmea (1919); As Aventuras de Anatólio (1921);  Esposa Mártir (1922); Hollywood (1923); Este Mundo é um Teatro (1925); A Soberba (1926); Sedução do Pecado (1928); Tudo por Amor (1929); Que Viúva! (1930); Minha Rainha (1932); Papai Vai Casar (1941); Crepúsculo dos Deuses (1950); Three for Bedroom C (1952); Meu Filho Nero (1956); Abelhas Assassinas (1974); Aeroporto 75 (1974)

William Holden (1918–1981)











Conflito de Duas Almas (1939);  Revoada das Águias (1941); Tudo por um Beijo (1942); Clube dos Inocentes (1943); O Homem que Eu Amo (1948); Apartamento para Dois (1948); Passado Tenebroso (1948); Os Mosqueteiros do Mal (1949); Crepúsculo dos Deuses (1950); O Tigre dos Mares (1951); No Entardecer da Vida (1953); Sabrina (1954); As Pontes de Toko-Ri (1954); Suplício de uma Saudade (1955); A Ponte do Rio Kwai (1957); Tentação Diabólica (1962); O Leão (1962); A Sétima Aurora (1964); Casino Royale (1967); Marcados pela Vingança (1972); Interlúdio de Amor (1973); Caçada Implacável (1974); Inferno na Torre (1974); Pânico em Munique (1976);  Rede de Intrigas (1976); A Profecia II (1978); Fuga para Athena (1979); Ashanti (1979); O Dia em que o Mundo Acabou (1980); S.O.B. Nos Bastidores de Hollywood (1981)

Erich von Stroheim (1885–1957)









The Flying Torpedo (1916); The Heart of Humanity (1918); Esposas Ingênuas (1922); Marcha Nupcial (1928); O Grande Gabbo (1929); Por Deus e Pela Pátria (1930); Lua de Mel (1930); A Esquadrilha Perdida (1932); Como me Queres (1932); Como me Queres (1932); Com o Amor não Se Brinca (1934); A Grande Ilusão (1937); Gibraltar (1938); Macau - Inferno do Jogo (1942); A Grande Paixão (1945); Máscara de um Assassino (1949); Crepúsculo dos Deuses (1950); Mandrágora (1952); Ao Sul do Sahara (1953); Napoleão (1955); La madone des sleepings (1955)

Nancy Olson










O Retrato de Jennie (1948); Devastando Caminho (1949); Crepúsculo dos Deuses (1950); Quando Passar a Tormenta (1951); O Tigre dos Mares (1951); Meu Filho, Minha Vida (1953); Aço de Boa Têmpera (1954); O Fantástico Super-Homem (1961); Folias na Neve (1972); Aeroporto 75 (1974);  Fazendo Amor (1982); Flubber: Uma Invenção Desmiolada (1997); Dumbbells (2014).

4 comentários:

  1. Talvez a crítica mais rica que vi sobre este grande filme. Parabéns!

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  2. Boa Noite Mario Catucci.
    Essa análise realmente deu muito trabalho até porque o filme tem muito material e tento ser o mais objetivo possível para não cansar quem lê. Que bom que a crítica agradou. Somente através dos comentários consigo saber se o texto agrada ou não. Muito obrigado e volte sempre. Um grande abraço.

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  3. Bom dia, Luis. Um filme atemporal e realista, mostrando a verdadeira face do mundo glamouroso do cinema (e que nem todos querem ou estão preparados para conhecer), como a dificuldade em conseguir fama e prestígio, a dura realidade ao cair no esquecimento e o modo de tratar isso. Esses três elementos caem em cheio junto aos protagonistas. Um filme que escancara o que é o estrelato e suas ilusões. Cartilha para ser vista por muitas pseudocelebridades e aspirantes. Forte abraço.

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  4. Olá Janerson.
    Muito se fala dos anos 80 com filmes que conquistaram toda uma geração. Mas os anos 40 e 50 (principalmente) possuem grandes filmes cujo, roteiros e atuações ainda hoje marcam aqueles que os assistem e Crepúsculo dos Deuses é um bom exemplo. Como bem lembrado por você é um filme atemporal que em nossos tempos atuais realmente serve de referência para aqueles que almejam viver sob os Holofotes. Obrigado por mais este comentário e um grande abraço.

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