sexta-feira, 22 de junho de 2018

OS BRUTOS TAMBÉM AMAM / SHANE (1953) - ESTADOS UNIDOS



OS PERSONAGENS SÃO A HISTÓRIA

Forasteiro sem passado, que se apresenta como Shane (Alan Ladd), chega a um vilarejo em meio a disputa de lavradores com latifundiários. Shane se afeiçoa pela família de Joe Starrett (Van Heflin) que vive com o filho Joey (Brandon De Wilde) e a esposa Marian (Jean Arthur)  passando a ajuda-los no dia-a-dia do rancho.  Enquanto isso o lider dos criadores de gado, Rufus Ryker (Emile Meyer), traz um sinistro pistoleiro de aluguel, Jack Wilson (Jack Palance), para intimidar Starrett e quem mais não aceitar ir embora. Shane percebe que sua idílica vida não durará muito e seu passado ignorado por todos lhe chamará para conter Ryker e seu bando.


Os Brutos Também Amam, curioso (para muitos horrível) título brasileiro para "Shane" é tido como um dos mais icônicos filmes de todos os tempos, um marco dos filmes de faroeste e também um dos filmes mais ricos em significação dramática. Sempre incluído nas listas de melhores de todos os tempos por entidades, fãs e cineastas (Sam Peckinpah, John Sturges, George Cuckor, Robert Aldrich, Vincente Minnelli...). O retrato psicológico de uma sociedade primitiva e bruta. Inspiração e padrão para os heróis solitários do cinema como o "Cavaleiro Solitário" de Eastwood (este um remake), "Crepúsculo de Aço" de Swayze, "Malone" de Burt Reynolds, "Mad Max III" de Mel Gibson, Logan de  Hugh Jackman... uma fabula sobre o bem versus o mal. Como dito no livro "1001 filmes Para se Assistir Antes de Morrer": "os personagens são a história".


A esposa se sente imediatamente dividia entre o marido e o altivo pistoleiro. Shane resiste disfarçadamente, preferindo sufocar seus sentimentos para não comprometer a felicidade de uma família já constituída. Sua relação com o menino é praticamente a de um pai (e o próprio menino diz à mãe que o ama como tal). 
É interessante pensar que Shane nunca existiu, seria apenas fruto da imaginação de Joey. Tudo seria apenas uma criação de um menino solitário que cria um herói para completar a ausência de crianças e da figura paterna: presente mas preocupado com outras coisas, pois o menino sempre está presente nas cenas em que o herói entra em ação. É uma especulação interessante, assim como alguns alegam que o personagem principal de "Curtindo a Vida Adoidado", Ferris Bueller (Matthew Broderick), seria uma criação do personagem Cameron Frye (Alan Ruck), um alter ego, do que desejaria ser realmente. Teorias não faltam. A  partida de Shane simbolizaria o fim de uma era e o início de outra?


É interessante também pensar que, em alguns momentos, poderíamos estar diante de um Shane casado com Marian, Joey ser seu filho e Joe seu irmão. Ao mesmo  tempo que Joey vê em Shane o fim de suas carências paternas, Shane parece ver naquela família de pioneiros uma família que nunca tivera ou perdera. E proteger a família acima de tudo, em  um local que xerifes ou pacificadores ainda não chegaram, parece ser sua nova missão de vida onde cada lado se acha o dono da verdade: os criadores de gado alegam que enfrentaram os índios, desbravaram o lugar e os lavradores citam o governo e terras livres para cuidarem do solo para as gerações que ainda estão por vir.



Shane tem muitas nuances e imagens icônicas: o cavaleiro surgindo no horizonte e descendo o vale; o camponês desafiando Wilson; a briga no saloon; o  enterro; o final clássico e sublime; um Wilson a desfilar com suas botas e esporas e um sorriso sarcástico no rosto; os dois se olhando, se encarando, se estudando; a personificação do bem versus o mal decantada em imagens e tensão; o herói que conquista a ternura da mulher e o afeto do menino, além dos conceitos de honra, orgulho, medo, amor platônico, lealdade e amizade. Tiros que produzem um poderoso som e apenas uma bala basta para alguém morrer. O "Anjo Purificador" (no caráter religioso) vindo a expurgar o mal que habita o local (O Cavaleiro Solitário, de Eastwood, chega a ser claro nesse aspecto).



O filme foi indicado a seis Oscars (ver “Curiosidades”), mas levou apenas o de Melhor Fotografia (Loyal Griggs); tem um ótimo tema musical  de Victor Young. Foi o ultimo filme da atriz Jean Arthur. Alan Ladd não teria outro personagem de tal impacto, nem o diretor George Stevens (em seu único western) faria outro filme de tamanho culto. 



O filme se passa em 1889, já no fim da era dos pistoleiros: A Guerra de Secessão (1861 e 1865) já havia acabado; Wyatt Earp já se aposentara; Billy the Kid morrera em 1881; Gerônimo se rendera em 1886; Custer morrera em 1876 e Doc Holliday em 1887.  Os Brutos Também Amam talvez nem seja o melhor do gênero, mas o modo icônico como foi feito o torna um filme inesquecível. O primeiro faroeste narrado do ponto de vista de uma criança. O filme dos últimos pistoleiros do Velho Oeste com um final aberto a interpretações. Um Filme obrigatório para Cinéfilos.


Trailer:



Curiosidades:
Indicações:
Oscar de Melhor Direção (George Stevens); Melhor Filme (George Stevens); Melhor Roteiro (A.B. Guthrie Jr); Melhor Ator Coadjuvante (Jack Palance e Brandon De Wilde); Melhor Fotografia (Loyal Griggs )

Jack Palance assinava como “Walter Jack Palance”

Primeiro filme a cores do diretor

Alan Ladd não concorreu ao Oscar por esta produção

Baseado no livro  homônimo de Jack Schaefer

O filme inspirou uma série de tv nos anos 60 com o ator David Carradine

Na cena da morte do agricultor contra Wilson o ator foi puxado por cordas amarradas em um cavalo

George Stevens só conquistaria o Oscar de Melhor Direção em 1956 com "Assim Caminha a Humanidade". Foi diretor de fotografia nos anos 20 e 30.

Stonewall Jackson, citado por Wilson, ao camponês que confrontou, foi um oficial durante a Guerra de Secessão (ou Guerra Civil Americana: 1861-1865) que lutou pelo Sul dos Estados Unidos. Atingido acidentalmente por seus soldados durante uma batalha teve o braço amputado e, dias depois, faleceria de pneumonia.

Na cena do funeral, o cão se recusou insistentemente a olhar para o túmulo. O diretor George Stevens  pediu ao treinador do cachorro que se deitasse no fundo do túmulo, e o cachorro fez sua parte com habilidade. O caixão (carregado com pedras para o efeito apropriado) foi então baixado para o túmulo, mas quando o tocador de gaita começou a tocar "Taps" espontaneamente, a equipe ficou tão comovida com a cena que começaram a cavar a terra antes de lembrar que o treinador ainda estava lá.

Jean Arthur, então com 50 anos, saiu da semi aposentadoria para interpretar Marian Starrett, em grande parte como um favor a seu amigo, o diretor George Stevens. Ela se aposentaria completamente da indústria cinematográfica depois desse filme

Diante do alto custo do filme a Paramount pensou em vendê-lo para outro distribuidor, achando que nunca teria o retorno do investimento. Acabou tendo um lucro significativo.

Jack Palance teve problemas com o cavalo durante as filmagens. Quando Shane e Jack se viram pela primeira vez no Rancho, Palance deveria desmontar por um minuto, depois montar novamente seu cavalo. Ele não conseguiu, então o diretor fez com que Jack desmontasse seu cavalo devagar, depois correu o filme ao contrário para a que a cena funcionasse. 

A cena em que Alan Ladd pratica tiro na frente de Brandon De Wilde teve 119 tomadas. 

George Stevens escalou originalmente Montgomery Clift como Shane e William Holden como Joe Starrett. Quando ambos decidiram por outros projetos, "Shane" foi quase abandonado antes de Stevens perguntar ao chefe do estúdio, Y. Frank Freeman. Ao ver uma lista de atores contratados pelo estúdio, Stevens escalou Alan Ladd, Van Heflin e Jean Arthur em três minutos.

Katharine Hepburn foi originalmente sugerida para o papel de Marian.


Houve um trabalho meticuloso em todos os níveis da produção. Todos os adereços eram fiéis ao período, as construções foram feitas de acordo com as especificações da época e as roupas eram completamente autênticas. O diretor George Stevens até tinha um gado de aparência meio magricela, importado de outras áreas, já que os rebanhos locais pareciam muito bem alimentados e saudáveis. 

Jean Arthur tinha 50 anos quando interpretou Marian. Ela era, na verdade, dez anos mais velha do que Emile Meyer, que interpretava o velho barão do gado Rufus Ryker. Jean usava maquiagem pesada e uma peruca neste filme.


De acordo com o comentário no DVD, durante a cena em que Shane e Joe estão lutando no curral, os cavalos amarrados deveriam entrar em pânico. Para instilar a histeria nos cavalos, o diretor George Stevens mandou dois homens se vestirem com trajes de urso para assustá-los.

Alan Ladd tinha apenas 1,68m, e isso teve que ser compensado. Quando ele está em cenas com Van Heflin (1,82m), os dois têm aproximadamente a mesma altura, embora Heflin seja muito mais alto. Quando Ladd está com Jean Arthur (1,60m), ele é talvez um pouco mais alto que ela. Quando Heflin é mostrado com ela, Heflin é muito mais alto que ela. 

Os primeiros tiros no filme acontecem quando Shane mostra a Joey como disparar um revólver. Para aumentar o efeito dramático do tiroteio, os sons dos tiros foram elevados ao Shane disparar a arma contra um balde de lixo. As reverberações ecoadas fizeram o tiroteio soar muito mais alto. A intenção de George Stevens era assustar o público com o primeiro disparo de uma arma.

O ator Jack Elam disse em uma entrevista, em 1987, com David Letterman, que ele recusou o papel de Jack Wilson e que considerou um erro.

O romance de Jack Schaefer foi um enorme sucesso quando foi publicado pela primeira vez em 1949, com a Paramount rapidamente abocanhando os direitos do filme.

Este foi o primeiro western de George Stevens desde "Na Mira de um Coração" (1935). 

Alan Ladd faleceu de ataque cardíaco 

Jean Arthur faleceu de doença cardiovascular. Ela ganhou o Oscar de Melhor Atriz por "Original Pecado" (1943)

Bandon De Wilde morreu aos 30 anos em um acidente de carro

Jack Palance faleceu de causas naturais. Conquistou o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por "Amigos, Sempre Amigos" (1991) e foi indicado duas vezes na mesma categoria: "Precipícios d'Alma" (1952) e "Os Brutos Também Amam" (1953)


Van Heflin faleceu de ataque cardíaco. Ganhou o Oscar por "Estrada Proibida" (1941)

Emile Meyer faleceu de Mal de Alzheimer 

Elisha Cook, Jr. faleceu de derrame cerebral

 

Filmografia Parcial:

Alan Ladd (1913–1964)












O Último Trem de Madri (1937);  A Besta de Berlim (1939); A Conquista do Atlântico (1939); Cidadão Kane (1941); E as Luzes Brilharão Outra Vez (1942); Alma Torturada (1942); Coração de Pedra (1942); A Dália Azul (1946); Saigon (1948); Até o Céu Tem Limites (1949); A Marca Rubra (1950); O Último Caudilho (1951); A Náu dos Condenados (1952); Legião do Deserto (1953); Os Brutos Também Amam (1953); Inferno Branco (1954); O Espadachim Negro (1954); Encontro com o Diabo (1957); A Lenda da Estátua Nua (1957); Gigantes em Luta (1960); Os Invencíveis (1960); Duelo de Campeões (1961); Clamor de Vingança (1962); Os Insaciáveis (1964) 


Jean Arthur (1900–1991)
 

 









A Parte do Leão (1926); Espadas e Corações (1927); O Drama de uma Noite (1929); O Misterioso Dr. Fu Manchu (1929); A Casa do Crime (1929); No Caminho do Céu (1929); Sentimento e Justiça (1934); O Homem que Nunca Pecou (1935); O Galante Mr. Deeds (1936); Madame Mistério (1936); Aventura em Nova York (1936); Mais do que Secretária (1936); Do Mundo Nada se Leva (1938); A Mulher Faz o Homem (1939); O Diabo e a Mulher (1941); Original Pecado (1943); Duas Vezes Lua de Mel (1944); Os Brutos Também Amam (1953)


Jack Palance (1919–2006)
 
 










Os Brutos Também Amam (1953); Átila, o Rei dos Hunos (1954); O Cálice Sagrado (1954); A Revolta dos Bárbaros (1960); Os Mongóis (1961); O Desprezo (1963); Os Profissionais (1966); As Torturas do Dr. Diabolo (1967); Drácula (1974); O Falcão Justiceiro (1980); Bagdad Café (1987); Os Jovens Pistoleiros (1988); Batman (1989); Tango e Cash - Os Vingadores (1989); Amigos, Sempre Amigos (1991) Falando com os Mortos (2002).
  
 Van Heflin (1908–1971)
 

 







  

Coração de Jogador (1937); A Vida é Assim (1939); A Estrada de Santa Fé (1940); Sol de Outono (1941); Estrada Proibida (1941); Sete Noivas (1942); Fogueira de Paixões (1947); Os Três Mosqueteiros (1948); A Sedutora Madame Bovary (1949); Coração Selvagem (1951); Os Brutos Também Amam (1953); O Mundo é da Mulher (1954); O Vale da Redenção (1955); Galante e Sanguinário (1957); Sangue de Pistoleiro (1958); A Última Batalha (1963); A Maior História de Todos os Tempos (1965); A Última Diligência (1966); Aeroporto (1970)
 


Brandon De Wilde (1942–1972)
 

 









Cruel Desengano (1952); Os Brutos Também Amam (1953); Cruel Dilema (1956); A Passagem da Noite (1957); Blue Jeans - O Que os Pais Desconhecem (1959); O Anjo Violento (1962); O Indomado (1963); Somente os Fracos Se Rendem (1965); A Crista do Diabo (1971); Wild in the Sky (1972) 

Emile Meyer (1910–1987)
 













Pânico nas Ruas (1950); Incógnito (1951); A Rebelião dos Piratas (1952); Os Brutos Também Amam (1953); Rebelião no Presídio (1954); Homens Indomáveis (1954); Tambores da Morte (1954); A Lei do Bravo (1955); Nas Garras da Ambição (1955); O Homem do Braço de Ouro (1955); Até a Última Bala (1956); O Delinquente Delicado (1957); Glória Feita de Sangue (1957); Assassino Público Número Um (1957); Quadrilha de Assassinos (1958); O Terror do Oeste (1958); A Dois Passos da Forca (1959); Fúria Negra (1959); O Jovem Jesse James (1960); O Império da Vingança (1964); A Grande Cilada (1967); A Quadrilha (1973); The Legend of Frank Woods (1977)

Elisha Cook Jr. (1903–1995)
 

 










Segredo de Justiça (1939); O Homem dos Olhos Esbugalhados (1940); A Vida é uma Canção (1940); Sargento York (1941); Relíquia Macabra (1941); Dillinger (1945); Cinderella Jones (1946); O Álibi do Falcão (1946); Nascido para Matar (1947); A Máscara da Traição (1949); Almas Desesperadas (1952); Os Brutos Também Amam (1953); Torrentes de Vingança (1953); Rajadas de Ódio (1954); A Fúria dos Justos (1955); O Grande Golpe (1956); O Bandoleiro Solitário (1957); Assassino Público Número Um (1957); A Casa dos Maus Espíritos (1959); A Face Oculta (1961); O Estado Interessante de Papai (1963); O Castelo Assombrado (1963); O Mensageiro da Vingança (1963); O Bebê de Rosemary (1968); O Grande Roubo do Banco (1969); Sem Lei e Sem Esperança (1972); Pat Garrett e Billy the Kid (1973); A Volta dos Bravos (1975); Cinco Dias de Conspiração (1976); 1941 - Uma Guerra Muito Louca (1979); O Circo da Morte (1980); Terror at Alcatraz (1982) e participação em vários seriados


Fontes:
Matérias do Jornal O Globo
Matérias do Jornal do Brasil
Guia de Filmes Nova Cultural (1993)
1001 Filmes Para se Ver Antes de Morrer
IMDB
Wikipedia 
Set Cinema e Video

 


2 comentários:

  1. Caro Luís, a internet tem características interessantes. Uma delas é um certo mistério em relação a seu conteúdo. Nem sempre conseguimos identificar bem as matérias disponíveis e, muitas vezes, as descobrimos por acaso. E, às vezes, as surpresas são boas !
    E foi assim que cheguei a este seu blog. Consultei uma imagem (um cartaz) de Rômulo e Remo, com Steve Reeves, mais por curiosidade, e caí no seu blog. Dei uma olhada geral e gostei de suas colocações.
    Como admiro muito o western de George Stevens (apesar de pequenos defeitos que já observei), li sua resenha sobre ele. Muito boa. Das melhores que já vi. Aborda o filme de forma didática, e o essencial, fazendo algumas interessantes observações, como a questão sobre a existência ou não de Shane, que poderia ter sido apenas uma fantasia de Joey, e tirando boas conclusões.
    Particularmente, considero o filme quase perfeito. Claro que o enredo, baseado no livro de Jack Schaefer, ajuda muito. Mas a direção de Stevens é de impressionar !!!
    Tenho observado, curiosamente, que muitos dos que comentam "Shane" dizem que ele tem muitos clichês. Esse é um dos maiores absurdos que já li (e várias vezes). O fato é que Shane "criou os clichês" !!! Não podemos nos esquecer que a década de 1950 foi a mais produtiva em westerns nos USA, e Shane foi filmado em 1951/52. Vc sabe que ele é considerado de 1953 porque Stevens dedicou quase dois anos a sua montagem no laboratório (era um perfeccionista). Assim, filmes que vieram depois foram repetindo situações nele contidas, dando a falsa impressão de que muitas de suas passagens seriam clichês.
    A questão criada em torno de seu título brasileiro - Os Brutos Também Amam - considero uma grande bobagem. A década de 1950 é rica em títulos poéticos (e absurdos), mas este, em especial, ainda se aplica ao filme. Basta citar um outro de George Stevens (Giant - Assim Caminha a Humanidade !!!???), ou The Big Country - Da Terra Nascem os Homens !!!???, ou The Violent Men - Um Pecado em Cada Alma !!!???
    Eu tenho um site na internet que gostaria que vc, de repente, o acessasse, até para ter outros ângulos de observação, mesmo que não concorde com eles. Nesse site - http://70-anos-de-gibis.webnode.com - mais dedicado a gibis, faço inúmeros comentários sobre filmes, em vista de que há muitos gibis que publicaram filmes em quadrinhos (e muitos em fotos).
    Sobre Shane, tenho dois ou três comentários diferentes, isto porque tenho três gibis contendo o filme (um em quadrinhos e dois em fotos). Considero fantástico o elenco de Shane. Poucas vezes percebi tão bons atores aproveitados adequadamente a personagens que parecem ter sido criados para eles, atores. Eu acrescentaria a sua relação, os nomes de Edgar Buchanan e Ben Johnson. Este último, sabemos, teve uma atuação maior no filme, mas Stevens, na montagem, cortou boa parte das cenas.
    Destaco que Emile Meyer tem, em minha opinião, uma das maiores interpretações que já vi nas telas, como o barão do gado Rufus Ryker. A sequência onde ele conversa com a família que está no carroção, à noite, é uma das mais perfeitas que conheço. E Alan Ladd, mesmo não sendo um grande ator, se suplantou sob a direção de George Stevens. Deu enorme credibilidade ao seu personagem Shane, independentemente de seu porte físico. O fato é que não é possível imaginar Shane que não seja na figura de Alan Ladd !!!
    Enfim, eu considero Shane como um dos maiores westerns já feitos.
    ...
    Mas, Luís, parabéns pelo seu blog, realmente é muito bem estruturado.
    Um grande abraço, José Afonso

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  2. Boa tarde José Afonso.
    Primeiramente obrigado pelos comentários e desculpe pela demora em responder. Interessante a forma como você chegou ao site. Infelizmente o Google "joga para trás" muitos blogues e, quando vamos procurar, estamos em páginas mais distantes, mas "faz parte do jogo". Muito pertinente seus ótimos comentários a respeito desta obra única, agregou ótimas informações à postagem. Shane, como você bem disse, não é uma obra de clichês, na verdade é uma referência a tantas outras que tornaram situações do filme comuns, muitos viram o filme posteriormente e criou-se essa sensação de "já vi isto", mas quem observa a cronologia dos filmes sabe diferenciar.
    Também gosto muito de gibis e fui até o seu site, e realmente recomendo a quem estiver lendo estas linhas que dê uma olhada em 70-anos-de-gibis, muitas capas de quadrinhos e muita informação relacionada a um dos gêneros que, durante um período, foi o mais importante do cinema. Inclusive capas da revista "Cinemin"
    Mais uma vez muito obrigado pelos elogios e comentários. Seja bem-vindo visitar e comentar sempre. Parabéns pelo seu belo e árduo trabalho de pesquisar e trazer informações em um país sem memória. Um grande abraço

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