ERRO JUDICIÁRIO
1992,
David Dougherty (Cohen Holloway) vai a julgamento e é condenado pelo rapto e
estupro de Kate Coburn (Holly McDonald), sua vizinha de apenas 11 anos. A
defesa apela e novamente David é condenado, mesmo com provas inconclusivas. Seu
advogado, Murray Gibson (Peter Elliott), resolve fazer uma petição ao
governador geral. Entra em cena Donna Chisholm (Jodie Rimmer), repórter à
procura de uma boa matéria. Ao conversar com David, ela passa a ter a convicção
de que prenderam um inocente. Enquanto David amarga seus anos na prisão, a
dupla passa a tentar rever provas e furos no processo que tinha como principal
carta na manga o depoimento da menina que, mesmo vendada, o reconhecera e de
uma doutora que, mesmo após o exame de DNA ter dado negativo, manteve a
convicção de que não podia dizer que David não havia sido o responsável.
Telefilme
neozelandês, de 2009, que aborda um caso de condenação errônea. David aceita
fazer todos os testes, mas erros processuais o levaram a amargar sua prisão.
Não consegue entender porque fora acusado ou porque seus exames negativos não
são considerados como prova irrefutável. Donna parece ser a tábua de salvação
de David que já não acredita mais no sistema. Seu passado de problemas com a
polícia o torna um suspeito ideal.
Até
Que Provem a Inocência é um filme desconhecido do grande publico talvez devido
ao seu pais de origem: Nova Zelândia. Poucos são os filmes desse país que
chegam por aqui, mais voltado aos Estados Unidos e filmes europeus.
Donna, ao tentar defender David, começa a perder seus amigos que não acreditam
que ela está defendendo um estuprador. Mas Donna é determinada. Descobre-se
grávida, mas segue tentando a liberdade de David pelo senso de justiça. Ela
sabe que se estiver errada sua carreira se encerra naquele ponto, mas a
determinação do advogado de David e o próprio alegando justiça dão á repórter o
combustível neessário para seguir adiante, mesmo que implique ficar contra
todos. Donna e o advogado de David passam a fazer um nova investigação e
descobrem que muitos profissionais, principalmente no exterior, acreditam que o
teste de DNA negativo já seria suficiente. Um novo método de análise pode ser a
esperança que David aguarda, mas o exame apenas o levará para um novo
julgamento que pode deixa-lo atrás das grades.
Baseado
em fatos reais ocorridos em 1992, que deixaram David Dougherty preso até sua
soltura em 1997, o filme é conduzido em um ritmo cadenciado, mostrando as
narrações da jovem atacada, mas evitando, acertadamente, mostrar a cena em si.
A ideia foi mostrar o empenho da repórter e do advogado, ajudados por uma
terceira pessoa (um cientista) que se conectava com médicos e outros cientistas
para embasar a defesa.
Temos
uma Donna vacilante, a ponto de desistir, parte por estar grávida e sofrer
pressão do marido, parte por ver as portas se fechando para David, mas sua
determinação falam mais alto. David é mostrado como um homem sem esperanças,
amargurado e descrente do sistema que duas vezes o condenou injustamente.
Admite já ter tido problemas com a polícia (o filme não entra em detalhes), mas
o crime de que é acusado não é culpado. O Estado, de certa forma, não parece
mais interessado em seu caso, nem o público. David sabe que é sua última
cartada, mas a jovem que o acusa é firme em suas acusações que o
incriminam. O filme mostrará, por fim, o culpado e também que a jovem,
mesmo com a inequívoca prova de DNA, acredita na culpabilidade de David. O
filme deixa bem claro que Kate, não acusou David levianamente, ela sempre
acreditou que ele fosse o culpado.
Até
Que Prove a Inocência é um bom filme investigativo e um bom filme de tribunal.
Por ser um telefilme não se deve esperar nenhuma superprodução ou gastos
elevados. É um filme muito interessante e que agradará aqueles que gostam da
temática erro judicial. Não é um primor de filme, mas não deixa que o
espectador perca o interesse na trama. Bom passatempo de um filme pouco
conhecido.
Trailer:
Obrigada,a sua narrativa(SINOPSE)foi o combustível para par eu assistir o filme.Já assisti filmes da Nova Zelândia e realmente eles fazem filmes maravilhosos e com baixos custos, pena que não são divulgados.Assisti (Um Refúgio no Passado) e lembro que Jodie Rimmer faz parte do elenco
ResponderExcluirMuito Obrigado pelo Comentário Sofia So. Esse filme é o mais visualizado no blog. É impressionante que quase todos os dias tenha acessos. O interessante é que tive dúvidas em postar por ser um telefilme, mas a ideia do blog é analisar também produções que não sejam muito conhecidas do grande público. Outro filme de muito impacto desse país que também já postei aqui é "O Amor e a Fúria" tido, durante anos, como o filme mais conhecido da Nova Zelândia. Muito legal comentar a respeito de um filme também (Um Refúgio do Passado). Não assisti, mas se encontrar verei e postarei. Seja sempre bem-vinda a visitar o blog. São poucas as pessoas que comentam, mas as que o fazem me dão uma orientação se as postagens estão agradando ou não. Abs de Cinéfilos Para Sempre
ExcluirFiquei muito intrigado pelo fato do Estado levar em consideração a fala da menina, mesmo diante de provas. Desta forma o sistema permitiria qualquer um acusar outrem, bastava ser claro na criação de uma ilusão da verdade. Sobretudo tinha a advogadada da garota que criou um fato, onde averia resquícios de um outro DNA, mesmo diante de um que fora comprovado. Estavam desconsiderando que ela foi comprovadamente abusada por um não identificado para tentar, de alguma forma, colocar o David no meio disto. Este sistema jurídico apresentado no filme realmente era falho com enormes brechas(buracos) para promover a injustiça.
ResponderExcluirMuito Obrigado pelo comentário Felipe Magalhães. Realmente, essa observação feita por você também me deixou bastante curioso quando assisti. O filme passa a mensagem de que todo o caso foi tratado de uma forma irresponsável. Me parece que foi um caso isolado, em que um erro se transformou em uma sucessão de equívocos. O filme é muito interessante mesmo.
ExcluirSeja bem vindo para comentar sempre que desejar e obrigado pela visita. Abraços.Cinéfilos Para Sempre.