sábado, 5 de outubro de 2024

O SALÁRIO DO MEDO / THE WAGES OF FEAR / LE SALAIRE DE LA PEUR (1953) - FRANÇA / ITÁLIA



EPOPEIA DA CORAGEM E DO MEDO

Em um país indefinido da América Central, aventureiros e párias de várias procedências ali se estabelecem à procura de trabalho, refúgio ou fortuna até não terem mais condições econômicas de retornarem aos seus respectivos países. O sonho dos que ali chegaram agora é evadirem-se da miséria, sordidez e do tédio da qual se encontram esperando uma oportunidade de saírem de seus próprios infernos. E a única maneira de voltar à civilização é de avião, cuja passagem é caríssima, as únicas rodovias disponíveis levam aos poços de petróleo e refinarias.


Quando um incêndio irrompe em um dos campos de petróleo, a empresa Shouthern Oil Company (empresa fictícia, mas que tem as mesmas iniciais da Standard Oil Company) resolve que a única forma de aplacar o incêndio é com nitroglicerina, um explosivo altamente volátil, mas utilizar os habitantes locais mostra-se um problema, pois, recentemente, muitos pereceram trabalhando para a empresa. A melhor alternativa mostra-se recrutar homens que não estejam vinculados à sindicatos ou que não possuam famílias, pessoas que ninguém virá reclamar. Quatro vagas são oferecidas junto com um vultoso pagamento. A missão: transportar por um caminho tortuoso de 500km dois caminhões carregados de quase meia tonelada de nitroglicerina. Os caminhões partirão com um espaço de tempo entre si, pois se um explodir, ainda há a esperança que o outro consiga completar o trajeto. Quatro homens são selecionados: Mario (Yves Montand) e Jo (Charles Vanel) que assumem a liderança e Luigi (Folco Lulli) e Bimba (Peter van Eyck) que seguirão meia hora atrás. Só que uma vez na estrada, a tensão nunca diminui, a promessa de salvação financeira se mostra imprevisível e angustiante para os quatro homens desesperados. Um dinheiro maldito para aqueles que aceitaram serem peças descartáveis.

Produção franco-italiana, “O Salário do Medo”, em seu lançamento original nos EUA, foi cortado em cerca de 50 minutos — segundo alguns, para eliminar o retrato desfavorável das empresas petrolíferas americanas que simbolizavam o imperialismo corporativo (mas foi dito que seria para atender necessidades comerciais de exibição, pois era “muito longo”). A bem da verdade, é que esse tempo inicial é dedicado a definição dos personagens tanto no plano social como no plano sentimental, sendo bem arrastado e desarticulado. Extraído do romance de Georges Arnaud – “Le Salaire de la Peur”, a produção conquistou o grande prêmio no Festival de Cannes ao criar um ambiente de constante tensão a partir da saída dos caminhões.

O diretor Henri-Georges Clouzot (1907-1977) criou uma obra simples, narrada de uma forma linear, mas cheia de elementos interessantes: retrata como as companhias americanas lidam com vidas humanas em países menos favorecidos; analisa a personalidade humana e faz um estudo do comportamento diante do medo, o medo angustiante e paralisador diante de uma eminente catástrofe; a alienação humana e social; uma notável indiferença às vidas humanas e como certas pessoas são tratadas e aceitam serem peças descartáveis por um preço. E essas pobres figuras humanas serão os heróis da estória. 

Obstáculos de toda sorte se interpõe na marcha dos veículos, sem qualquer segurança, numa estrada miserável. A angústia da plateia começa a ultrapassar a dos protagonistas. Metro a metro a perigosa carga avança para o seu destino. Uma hora a velocidade não pode diminuir, na outra devem ir muito devagar. Um balanço a mais, um buraco, uma pedra, um simples desnível na estrada, e tudo vai pelos ares. O medo progressivo transforma fortes em fracos e nos revela a riqueza que traz a miséria. Vícios e virtudes são exaltados. Clouzot nos coloca junto com os caminhoneiros, cujo o medo rouba até a dignidade de um dos protagonistas. Nervos à flor da pele. Quatro homens tentando ludibriar a morte com suas almas sendo descortinadas a cada situação limítrofe. Como não recordar da cena do estrondo apocalíptico? E a dos caminhões na plataforma de madeira frágil e inacabada? ou até mesmo a forte intensidade dramática na cena do caminhão preso em uma cratera de óleo (cenas que nos revelam muito sobre esses dois protagonistas)?. E o inesperado e irônico final, ousado, poderoso e reflexivo, que nos dias atuais, com um formato mais pasteurizado, que visa sempre o lucro e evita ao máximo o descontentamento da plateia, nenhum estúdio hollywoodiano ousaria arriscar?

O elenco central esteve muito bem. Yves Montand interpretou Mário, um jovem que se lança em uma empreitada sem medir suas reais consequências, apenas para sair daquele local. Que, com a chegada de Jo (Charles Vanel), francês como ele, passa a acompanhá-lo numa espécie de idolatria, mas que perceberá, na estrada, que seu ídolo tem pés de barro. Charles Vanel interpreta Jo, um homem de meia idade que gastou seus últimos trocados para chegar até ali. Uma pessoa que aparentemente já esteve envolvido em negócios escusos. Mostra-se um homem cheio de certezas, atrevido e ameaçador, mas quando consegue sua vaga no caminhão (de uma forma diferente dos demais) percebe que talvez tenha tomado a pior atitude de sua vida. Sua auto-alardeada coragem não se põe à prova quando ao seu lado existe um explosivo que poderá tirar sua vida antes mesmo que possa perceber. Um homem cuja maturidade o obriga a refletir qual é o seu limite. Sua interpretação rendeu-lhe, no Festival de Cannes, o prêmio de melhor interpretação masculina. Folco Lulli interpretou o italiano Luigi, um homem que recebe um diagnóstico que o torna desesperançoso quanto ao seu futuro. Entrar nessa "aventura" passa a ser a chance de aproveitar o pouco tempo que lhe resta bem longe dali. Já Peter van Eyck interpretou Bimba, um homem que sobreviveu ao trabalho forçado em um campo nazista e tornou-se uma pessoa que vê a vida em tons cinzas. William Tubbs interpretou Bill O'Brien, um homem sem escrúpulos, que conseguiu um emprego da qual não aceitará perder. Antigo conhecido de Jô, ele só deseja resolver o problema, as vidas que custarão nesse processo, para ele, é uma perda aceitável. Foi o último filme do ator, que morreu meses antes da estreia do filme. Véra Clouzot, nome artístico da brasileira Véra Gibson-Amado, foi atriz e roteirista. Casada com Georges Clouzot, atuou apenas em três filmes (todos do marido) e recebeu elogios por este filme e por “As Diabólicas” (1955). Vera interpretou Linda, a jovem apaixonada por Mário, que pouco lhe retribui afeto. Enquanto ela sonha em viver ali com seu grande amor, este a vê como um passatempo temporário. Ela simboliza o que ele menos deseja: permanecer naquele local.

 


Epopeia da coragem e do medo, ambientado no pós-Segunda Guerra Mundial, “O Salário do Medo” será sempre lembrado como um dos melhores filmes feitos nos anos 50 e cuja sua temática ou parte desta expandiu-se, de forma camuflada, para vários filmes. É um filme que muitos classificaram como cruel, mórbido, cínico, antiamericano e pessimista, mas é antes de tudo uma aula de cinema. Talvez seu maior defeito seja a longa metragem no primeiro arco (início) da estória, que define a ambientação e os personagens. Mas quando o filme “começa”, mostra-se uma obra única. Gerou também uma refilmagem elogiada pela crítica, dirigida pelo diretor de “Operação França” e “O Exorcista”: “O Comboio do Medo” (Sorcerer) em 1977. 

 

Trailer:

 


 

Curiosidades:

Yves Montand e Charles Vanel sofreram de conjuntivite após filmar em uma piscina de petróleo bruto e serem expostos a vapores de gás.

 As filmagens começaram em 27 de agosto de 1951 e estavam programadas para durar nove semanas. No entanto, vários problemas atormentaram a produção. O sul da França teve uma estação chuvosa incomum naquele ano, fazendo com que veículos atolassem, guindastes caíssem e cenários fossem destruídos. O diretor Henri-Georges Clouzot quebrou o tornozelo. Véra Clouzot adoeceu. A produção estava 50 milhões de francos acima do orçamento. No final de novembro, apenas metade do filme estava concluída. Com os dias ficando mais curtos por causa do inverno, a produção foi interrompida por seis meses. A segunda metade do filme foi finalmente concluída no verão de 1952.

Acusações de antiamericanismo levaram a censura dos EUA a cortar várias cenas importantes do filme.

Henri-Georges Clouzot planejou originalmente filmar o filme na Espanha, mas Yves Montand se recusou a trabalhar na Espanha enquanto o ditador fascista Francisco Franco estivesse no poder. As filmagens ocorreram no sul da França, perto de Saint-Gilles, na Camargue. A vila vista no filme foi construída do zero.

Este foi o primeiro filme a ganhar a Palma de Ouro no Festival de Cinema de Cannes e o Urso de Ouro no Festival de Cinema de Berlim.

Esta foi a estreia cinematográfica de Véra Clouzot . Ela era esposa do diretor Henri-Georges Clouzot . Ela atuou em apenas três filmes, todos para seu marido.

Yves Montand - na época mais conhecido como cantor - ficou bastante intimidado por seu colega de elenco mais experiente, Charles Vanel, que inevitavelmente arrasava nas cenas em apenas uma ou duas tomadas.

Foi o quarto filme de maior bilheteria do ano na França.

A opinião consensual, juntamente com fatos históricos, sugere que a Venezuela, rica em petróleo, era o país mais provável em que O Salário do Medo teria ocorrido logicamente. De fato, há cenas no filme em que os povos indígenas estão usando chapéus bombin (tipo coco), que são tradicionalmente usados ​​em certos países da América do Sul, como Bolívia e Peru, mas não na América Central. No livro sugere ser Guatemala.

O primeiro papel dramático de Yves Montand .

32 anos antes de Super Mario Bros. ser lançado para o NES, este filme apresenta dois personagens chamados Mario e Luigi.

Em 1:22, a melodia que Bimba toca em sua gaita é "Der Gut Kamerad", tradicionalmente associada a funerais militares alemães. Essa melodia também é usada em A Raposa do Mar (The Enemy Below), quando um marinheiro alemão é enterrado no mar.

Observem como o personagem Mario, de Yves Montand, ainda fuma seu cigarro permanente, mesmo sob efeito de nitro.

Colorido em 1996 com a aprovação da filha de Henri-Georges Clouzot .

A versão restaurada tem 153 minutos

O filme foi proibido na Guatemala  em 1955 e os livros retirados das livrarias. Lvros também forma recolhidos na Argentina

Vera Clouzot era filha do embaixador brasileiro Gilberto Amado

Em seu lançamento original nos EUA (1955) foi cortado em cerca de 50 minutos.

Véra Clouzot faleceu aos 46 anos em decorrência de um ataque cardíaco


Cartazes:

 



 

Filmografias Parciais:

Ives Montand (1921-1991)






Estrela Sem Luz (1946), Portas da Noite (1946), Lembranças do Pecado (1950), Paris é Sempre Paris (1951), O Salário do Medo (1953), Nossos Tempos (1954), Napoleão (1955), Os Heróis Estão Cansados (1955), O Homem que Vendeu a Alma (1955), Homens e Lobos (1957), As Virgens de Salem (1957), A Grande Estrada Azul (1957), A Lei dos Crápulas (1959), Adorável Pecadora (1960), Santuário (1961), Mais uma Vez, Adeus (1961), Minha Doce Gueixa (1962), Crime no Carro Dormitório (1965), A Guerra Acabou (1966), Paris Está em Chamas? (1966), Grand Prix (1966), Viver por Viver (1967), Sr. Liberdade (1968), Laços Eternos (1968), O Diabo Pela Cauda (1969), Z (1969), A Confissão (1970), Num Dia Claro de Verão (1970), Os Guerreiros Pilantras (1970), O Círculo Vermelho (1970), Mania de Grandeza (1971), Tudo Vai Bem (1972), Estado de Sítio (1972), Ange, O Gangster (1973), Sessão Especial de Justiça (1975), O Selvagem (1975), Calibre Python 357 (1976), O Grande Espertalhão (1976), Encurralado Para Morrer (1977), Um Homem, uma Mulher, uma Noite (1979), I... como Ícaro (1979), A Escolha das Armas (1981), Que Figura, Meu Pai (1982), Garçom! (1983), Jean de Florette (1986), A Vingança de Manon (1986), IP5 - A Ilha dos Paquidermes (1992)

 

Charles Vanel (1892-1989)






Alma de Artista (1924), A Agonia do Submarino (1926), Romance de uma Princesa (1927), A Escrava Branca (1927), Sua Última Noite (1927), Beijo de Apache (1927), Rainha Luiza e Napoleão (1928), Acusada, Levante-se! (1930), Cruzes de Madeira (1932), Em Nome da Lei (1932), Heróis Sem Pátria (1934), Os Miseráveis (1934), A Última Cartada (1934), Tripulantes do Céu (1935), Mulher Mascarada (1935), Vertigem de uma Noite (1936), Camaradas (1936), Abuso de Confiança (1937), S.O.S. Sahara (1938), A Brigada Selvagem (1939), A Lei do Norte (1939), Virgem e Pecadora (1945), Em Nome da Lei (1949), O Coração no Mar (1950), Os Implacáveis (1950), A Encruzilhada (1951), A Última Sentença (1951), O Salário do Medo (1953), Se Versalhes Falasse... (1954), As Diabólicas (1955), Ladrão de Casaca (1955), Defendo o Meu Amor (1956), A Morte no Jardim (1956), O Traficante Sinistro! (1957), Desforra (1958), Prisioneiros do Desejo (1958), O Gorila em Conflitos Alucinantes (1958), Os Barqueiros do Volga (1959), Ninho de Espiões (1959), A Verdade (1960), Tintin e o Mistério do Tosão de Ouro (1961), Rififi em Tóquio (1963), Sinfonia para um Massacre (1963), Um Homem de Confiança (1963), O Canto do Mundo (1965), Acerto de Contas (1971), Camorra (1972), A Mais Bela Noite da Minha Vida (1972), Receita para Sete Mortos (1975), Cadáveres Ilustres (1976), Boomerang (1976), Três Irmãos (1981) 

 

Folco Lulli (1912-1970)






O Bandido (1946), Delito (1947), Trágica Perseguição (1947), A Filha do Capitão (1947), Fora da Lei (1947), O Diabo Branco (1947), Sem Piedade (1948), Ao Diabo a Fama (1949), Totó Procura Casa (1949), Páscoa de Sangue (1950), Mulheres e Luzes (1950), Mercado Infame (1951), Os Filhos de Ninguém (1951), Outros Tempos (1952), O Salário do Medo (1953), Resgate (1953), Nós, Os Canibais (1953), A Pecadora da Ilha (1954), A Grande Esperança (1954), O Diabo do Deserto (1955), Arroz Maldito (1956), Todos Somos Necessários (1956), Rapto de Mulheres (1956), Londres Chama Polo Norte (1956), Olho por Olho (1957), Serenata dos Canhões (1958), O Escudo Romano (1959), A Grande Guerra (1959), Maria das Ilhas (1959), A Noite dos Perseguidos (1959), Sob Dez Bandeiras (1960), A Rainha dos Tártaros (1960), Esther e o Rei (1960), Os Bravos Tártaros (1961), Espadachim Mercenário (1961), O Rapto das Sabinas (1961), A Vingança dos Vikings (1961), Epopéia de Bravos (1962), Marte, Deus da Guerra (1962), Os Valentes não Se Rendem (1962), A Marca da Vingança (1963), Os Companheiros (1963), D'Artagnan Contra os 3 Mosqueteiros (1963), Marco Polo, O Magnífico (1965), O Incrível Exército Brancaleone (1966), A Fúria do Raio (1966), Analfabeto e Cabeçudo (1966), Um Roubo em Paris (1967), Inferno no Oeste (1968), Uma Viúva Toda de Ouro (1969)

 

Peter van Eyck (1911-1969)





Os Filhos de Hitler (1943), Noite Sem Lua (1943), Cinco Covas no Egito (1943), O Capanga de Hitler (1943), O Impostor (1944), Endereço Desconhecido (1944), Epílogo (1950), Furioso (1950), Dançarina Infernal (1950), Raposa do Deserto (1951), Amor de Casbah (1952), O Salário do Medo (1953), Marinheiro do Rei (1953), Ao Sul do Sahara (1953), A Sombra da Noite (1954), A Grande Paixão (1954), Tarzan e os Selvagens (1955), Cada Bala uma Vida (1955), Um Salto no Inferno (1955), Grilhões do Passado (1955), Crime na Madrugada (1955), O Vício Singra o Mississipi (1956), Dois Destinos se Encontram (1956), Morte sem Glória (1956), Os Covardes Também Amam (1957), Todos Podem Me Matar (1957), Ídolo do Pecado (1958), Meias Pretas, Noites Quentes (1958), Acorrentados pelo Pecado (1959), Crime Depois das Aulas (1959), Os Mil Olhos do Dr. Mabuse (1960), Emboscada no Cairo (1960), Quem com Ferro Fere... (1962), O Mais Longo dos Dias (1962), Cinco Homens a Desejavam (1963), Ronda de Amantes (1963), O Mistério da Ilha dos Thugs (1964), O Espião que Saiu do Frio (1965), A Outra Face da Felicidade (1966), O Homem que Valia Bilhões (1967), Rosas Vermelhas para Hitler (1968), Tarefa Sinistra (1968), Shalako (1968), A Ponte de Remagen (1969) 

 

William Tubbs (1907-1953)





Sinfonia fatale (1947), Ao Diabo a Fama (1949), Os Piratas de Capri (1949), 13º Homem (1950), Táxi de Noite (1950), A Sombra da Águia (1950), Vivamos Hoje (1951), 3 Passos ao Norte (1951), Quo Vadis (1951), Totò in Guardas e Ladrões (1951), O Filho de Outra Mulher (1952), A Máquina de Matar Pessoas Más (1952), A Carruagem de Ouro (1952), O Salário do Medo (1953)

 

Véra Clouzot (1913-1960)





O Salário do Medo (1953), As Diabólicas (1955), Os Espiões (1957)



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