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domingo, 28 de maio de 2017

CORRA ! / GET OUT ! (2017) - ESTADOS UNIDOS


 
CUTUCADAS SOCIAIS NUM SUSPENSE / TERROR DE TIRAR O FÔLEGO.

Chris (Daniel Kaluuya) e Rose (Allison Williams) são um casal de namorados com um relacionamento de 4 meses. Finalmente chega o dia de conhecer os pais de Rose, mas Chris tem um receio: ele é negro e ela é branca. O casal é muito bem recebido pela família, mas ele começa a suspeitar de que existe algo muito estranho acontecendo.




Corra ! (Get Out, cuja tradução mais apropriada seria “caia fora”) tem vários momentos de suspense inquietantes, quando, por exemplo, o protagonista passa a desconfiar do ambiente “certinho” em que se encontra, misturado a momentos de puramente de terror psicológico. Não há como evitar lembrar do título de um antigo filme chamado “Advinhe Quem Vem Para o Jantar” onde o personagem de Sidney Potier (de "Ao Mestre Com Carinho") é apresentado à família branca de sua namorada. O filme é uma grande narrativa de contrastes sociais, juntada ao preconceito americano da época. E porque a comparação? O Que Mudou de lá pra cá ? O diretor estreante Jordan Peele (um ator de seriados em sua estreia atrás das câmeras), também responsável pela estória, nos trouxe um conto de suspense, terror e preconceito.


Ao narrar a estória de um jovem negro que é apresentado a uma família branca, Jordan resolveu abordar o racismo em segundo plano, mas se observarmos bem (e isso é uma obrigação nesse filme) a cada mudança no andamento do filme há uma alfinetada no preconceito social pelo qual a América passa hoje. Ao invés de abordar de forma direta o problema e ser comparada a diversas produções do gênero, optou-se por apresentar uma narrativa de terror bem diferente do tradicional, colocando-se pitadas de racismo e preconceito. E aí houve um acerto, ele foge dos clichês: nada de música ou sons precedendo uma cena. Ela simplesmente surge, te pega de surpresa e volta a incômoda sensação de claustrofobia. Pistas vão sendo lançadas e são muitas, mas por mais que se possa matar a charada do que possa estar acontecendo, o final do filme é muito bem sacado e em nada previsível.


Um dos méritos da produção está em seu custo / benefício. O filme custou a bagatela de 5 milhões de dólares (o que não paga nem de longe o cache de Leonardo Di Caprio) e já ultrapassou a casa dos 170 milhões só nos Estados Unidos - Os Estúdios Universal devem estar dando uma festa !). Filmado no Alabama (sul dos Estados Unidos, onde a escravidão demorou a ser abolida), "Corra" traz um suspense bem inovador: excelente roteiro, ótimos atores e uma direção inspirada. O filme vai relevando a Chris (e ao público) onde ele se meteu: uma localidade culturalmente mais racista (menos atualmente, claro), a chegada de pessoas aparentemente comuns para uma reunião anual e o comportamento estranho dos que ali se encontram. Através dessa interação os dados são lançados. Todos parecem fingir que não estão incomodados com sua presença. Ou será que realmente anseiam por conhecê-lo melhor?



A questão do racismo está escondida nas estrelinhas. Pessoas de cor negras desaparecem, mas há uma investigação apurada? Rod, seu melhor amigo, prova que não e ainda passa por uma situação vexatória ao tentar expor que algo pode estar acontecendo de errado com Chris. E se fosse uma pessoa de pele branca, seria levada à serio? Em determinada cena temos uma guarda fazendo uma abordagem. Seria o mesmo com uma pessoa não negra? A namorada fica indignada com o a atitude do policial, Chris já está acostumado e isso incomoda ao espectador. È o estereótipo de fazer abordagens diferentes para pessoas de cor de pele diferentes. É o típico racismo velado, tão comum na América. Mas, lembrem-se, o filme não é só sobre preconceito. É sobre suspense e terror e o espectador verá que Chris caiu na teia da aranha e não será fácil sair tão facilmente. E nisso o diretor Jordan Peele mostrou a que veio, nos presenteando com uma produção bem acima da média e uma grata surpresa na mesmice do gênero que invade nossas telas. 




O elenco fez toda a diferença (e quando isso acontece é difícil dar errado). Catherine Keener faz a mãe misteriosa, com aquele olhar difícil de interpretar o que pode estar pensando. Quem a viu no filme "Um Crime Americano" (um filme chocante), sabe que a atriz  consegue extrair interpretações excelentes e se sobressai mesmo como coadjuvante. O pai "gente boa", que tenta deixar Chris o mais a vontade possível, ficou a cargo do ator Bradley Whitford, com participação em bons filmes e vários seriados. Sua atuação de um homem metódico e muito incisivo ficou ótima.  O ator Caleb Landry Jones faz o irmão de Rose, meio maluco, meio dissimulado, com tiradas sarcásticas e sem deixar de ser ameaçador. Os mais atentos de lembrarão dele no personagem Bashee de “X-Men: Primeira Classe” (2011).  Betty Gabriel faz a  empregada sempre com um sorriso meio bobo no rosto, modos gentis, olhar perdido, mas que passa uma aura de estranheza e medo. A atriz pouco fala, mas consegue apresentar uma expressão facial que deixa o espectador preparado para alguma coisa. Parece uma daquelas entidades sobrenaturais que costumamos ver nos filmes. Se encaixaria perfeitamente, mas, ainda bem, não é disso que se trata. LilRel Howery  faz o amigo que se acha um verdadeiro investigador e é o lado cômico que o filme precisava. Não há como não rir de suas tiradas. Ele é a parte que faz o espectador dar uma relaxada na tensão, mas ainda deixa a gente com aquele sorriso nervoso, entre os dentes. Se sua atuação fosse exagerada ou apagada o filme teria ido para o ralo, porque colocar risadas no timing errado, em um filme de terror, pode ser o terror para qualquer produção. E, finalmente, o casal protagonista: Daniel Kaluuya (que estará o filme do "Pantera Negra" da Marvel, em um papel de destaque) vem de poucos filmes e muitos seriados. Aqui ele esteve perfeito: suas feições mudam de acordo com as cenas, assim como suas atitudes. E a principal, das lágrimas, ficará um bom tempo na mente dos espectadores. Allison Williams (do seriado  Girls) faz a jovem apaixonada com grande relevância para a trama. O restante do elenco não compromete.



Há quem possa ter uma lembrança com o filme “A Chave Mestra” quando assistir este “Corra”, que é uma produção muito bem concebida deixando pistas dadas durante a projeção (coloco algumas delas após a “Filmografia Parcial” porque são verdadeiros Spoilers, mas pode ajudar na melhor compreensão do filme). 



Nenhuma cena foi feita por acaso, mesmo as aparentemente sem sentido (como a do homem correndo), revelam-se ao final, quando o espectador resolver processar com calma essa enxurrada de informações. Não considero ótimo por causa da questão de como o filme revela o mistério. Minha opinião é que há que se ter certa benevolência, a famosa “suspensão voluntária da descrença” para se aceitar a explicação do porquê do comportamento de certos personagens, mas nada que impeça de assistir e curtir, mesmo porque até o implausível soa natural neste filme. Para ser assistido no cinema.


Trailer:





Curiosidades:
Rod, amigo de Chris, cita o nome de Jeffrey Dahmer. Pouco conhecido por aqui, Dahmer (1960-1994) foi um serial Killer americano, responsável por 17 assassinatos entre 1989-1991. 

Jesse Owens (1913-1980) participou nos Jogos Olímpicos de Verão de 1936 em Berlim, onde ganhou quatro medalhas de ouro; nos 100 e 200 metros rasos, no salto em distância e no revezamento 4x100 metros em plena Alemanha Nazista (fonte Wikipedia)

Catherine Keener já foi indicada a dois Oscars de Melhor Atriz Coadjuvante: "Quero Ser John Malkovich" (1999) e "Capote" (2005)

Bradley Whitford foi indicado 3 vezes ao Golden Globe, como Melhor Ator Coadjuvante, pela série "West Wing" (2001, 2002 e 2003).

Catherine Keener e
Bradley Whitford já trabalham juntos no filme  "Um Crime Americano" (2007)

Rod informa que trabalha para a TSA que quer dizer Transportation Security Administration

Muitos críticos citam que o filme é recheado de Easter Eggs, que significa "ovos de páscoa", mas na linguagem cinematográfica tornou-se as referências (pistas) colocadas em filmes que podem estar ocultas ou explícitas para o espectador localizar.

Esta cena me lembrou o clássico Poltergeist de 1982 (as fotos lado a lado)




Foi feito um final rejeitado nas exibições testes e que hoje consta como o final alternativo

 




Filmografia Parcial:
Daniel Kaluuya










Chat: A Sala Negra (2010); Inimigos de Sangue (2013); Kick-Ass 2 (2013); Sicario: Terra de Ninguém (2015); Corra! (2017); Pantera Negra (2018); As Viúvas (2018); A Christmas Carol (2020); Judas e o Messias Negro (2021); Black Panther: Wakanda Forever (2022)

Allison Williams 










Will & Kate: Before Happily Ever After (seriado 2011); College Musical (2014); Peter Pan Live!  (2014); Corra (2017); Girls (seriado 2012 -2017); A Perfeição (2018); Lemony Snicket: Desventuras em Série  (serioado 2018 -2019); Pesadelo nas Alturas (2020)

Catherine Keener










Sobre Ontem a Noite... (1986); Atraída Pelo Perigo (1990); Switch: Trocaram meu Sexo (1991); Irresistível Paixão (1998); 8mm - Oito Milímetros (1999); Quero Ser John Malkovich (1999); A Intérprete (2005); O Virgem de 40 Anos (2005); Capote (2005); Um Crime Americano (2007); Na Natureza Selvagem (2007); Sinédoque, Nova York (2008); O Solista (2009); Cyrus (2010); Percy Jackson e o Ladrão de Raios (2010); Confiar (2010); Capitão Phillips (2013); Corra! (2017); Soldado (2017).

Bradley Whitford










Uma Noite de Aventuras (1987); Acima de Qualquer Suspeita (1990); Jovem Demais Para Morrer (1990); Tempo de Despertar (1990); Perfume de Mulher (1992); RoboCop 3 (1993); Filadélfia (1993); O Cliente (1994); A Musa (1999); O Homem Bicentenário (1999); Um Crime Americano (2007); O Segredo da Cabana (2012); Corra! (2017).


LaKeith Stanfield










Temporário 12 (2013); Uma Noite de Crime: Anarquia (2014); Selma: Uma Luta Pela Igualdade (2014); Dope: Um Deslize Perigoso (2015);A Vida de Miles Davis (2015); Snowden: Herói ou Traidor (2016); Corra! (2017); A Incrível Jessica James (2017); Máquina de Guerra (2017); Desculpe te Incomodar (2018); A Caminho da Fé (2018);  Millennium: A Garota na Teia de Aranha (2018); Alguém Especial (2019); Joias Brutas (2019);Entre Facas e Segredos (2019); Judas e o Messias Negro (2021); Vingança & Castigo (2021); Atlanta (seriado 2016-2022); Haunted Mansion (2023)


Algumas das pistas lançadas pelo filme que pude identificar (Não leia se não assistiu)
Os pais se vestem de preto no início;
Rose não deixa Chris mostrar seus documentos ao policial;
Dean (o pai) fala a Chris que a mãe gostava muito do lugar e que mantiveram um pedaço dela ali;
Os dois personagens negros que Chris conheceu usavam boné e chapéu e Georgina peruca (na cena em que Chris tira foto dela na janela); 
Seu avô perdeu para Jesse Owens a vaga para as olimpíadas e o jardineiro aparece aprimorando a forma correndo;
Dean cita que os empregados foram contratados para cuidarem de seus pais e, quando estes "morreram", eles simplesmente não puderam deixar eles irem embora;
O homem mascarado no início do filme e a máscara no carro no fina
l;
A cena do bingo remete aos antigos leilões de escravos;
O cego elogiando o olhar de Chris para a fotografia;
O cervo atropelado, a cabeça de um cervo na sala e a morte pelo cervo;
Quando Chris fala com Georgina e ela não entende a gíria "dedo duro" e "traíra";
Quando Chris faz um gesto de cumprimento e recebe um aperto de mão de Andrew;
Rod trabalha com antiterrorismo, logo é treinado em perceber situações;
Quando o grupo faz perguntas como: se joga golfe, se luta. Ou quando a mulher apalpa seu braço;
A questão do algodão, lembrando que os sulistas americanos tinham grandes plantações de algodão colhidas por escravos.

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

AS TRÊS MÁSCARAS DE EVA / AS TRÊS FACES DE EVA - THE THREE FACES OF EVE (1957) - ESTADOS UNIDOS



MÚLTIPLAS PERSONALIDADES EM UM CASO TIDO COMO REAL

Filme em preto e branco, de 1957, que deu o Oscar de melhor atriz a Joanne Woodward onde interpreta com maestria 3 personagens na história. O filme trata do famoso caso de Transtorno Dissociativo de Identidade (mais conhecido como Transtorno de Múltiplas Personalidades, ou Personalidade Múltipla), um fato real ocorrido com Chris Costner Sizemore (1927) que gerou o filme em questão e cujo personagem passou a chamar-se Eve White. A identidade real de Chris só foi revelada na década de 70. Foi um dos primeiros casos publicados pela dupla de psiquiatras, em 1953, para a Associação Americana de Psiquiatria, Drs  Corbett H. Thigpen e Hervey M. Cleckley um tema que até hoje gera controvérsias no meio. O filme conta a história de Eve White dona de casa em plenos anos 50, na cidade de Georgia,  cujos os costumes sociais diferiam em muito dos nossos atuais.


Nesse contexto encontramos uma esposa tímida e recatada que, de uma hora para outra, começa a ter um comportamento estranho, bem diferente de sua personalidade. Ao ser encaminhada à um psiquiatra, Doutor Curtis Luth (Lee J. Cobb excelente), relata possuir momentos de amnésia completa que chega a durar horas, sempre iniciada de uma forte dor de cabeça. A princípio o Dr Curtis não vê nada de muito complicado e apenas acompanha o caso. Certo dia ao chegar em casa o marido de Eve, Ralph, se depara com roupas caríssimas sobre a cama da esposa. Roupas mais adequadas a uma mulher solteira. Ao ser questionada, Eve diz que pensara que o marido lhe comprara. Ralph liga para a loja e descobre que ela comprou pessoalmente e ainda citou que estaria indo para outra cidade.  Ao tentar confrontar a verdade com Eve, ele vê uma cena chocante: A esposa está enforcando sua filhinha com uma corda como se quisera matá-la. A filha é salva e Eve volta para uma nova sessão com Dr Curtis, onde relata estar sendo vítima de difamação do marido que quer interná-la e assim conseguir uma separação ficando com custódia da filha.
 

No meio da análise surge Eva Black, uma mulher sensual, extremamente extrovertida que informa que não é casada com Ralph e que não tem filha e que sabe a condição de Eva White. Intrigado Cutis chama seu colega de profissão o doutor Francis Day que, no início, acredita estar diante de uma farsa, mas com a volta de Eve White percebe que o caso é muito complicado. A dupla iniciará um acompanhamento das duas Evas que se revezarão em cena, às vezes seguidamente, até que aparece Jane, uma personalidade que Eva White tem simpatia, mas que assusta Black, pois não consegue "ler" seus pensamentos. A entrada de Jane mudará por completo toda a história que nos mostrará um final empolgante e inesperado. 


Hoje um pouco esquecido em nossa programação e Videotecas, As Três Máscaras de Eva é cinema de primeira qualidade, indicado às pessoas que gostam do gênero e que procuram filmes antigos que possa lhes prender até o instante final.
A apresentação do filme começa bem diferente dos demais, com um apresentador narrando que o filme é realmente verdadeiro e não um filme baseado em fatos reais, normalmente preenchido com muita ficção. 


A atuação de Joanne Woodward é extremamente convincente fazendo-nos acreditar que, durante o filme, existem três atrizes atuando. A narrativa é intensa, dramática, repleta de suspense com uma montagem dinâmica, que não perde tempo com cenas sem interesse. A produção fez  questão de concentrar-se em Joanne que leva o filme nas mãos. Para brindar esse grande filme, Lee J. Cobb dá a empatia necessária ao sem personagem, que consegue dialogar com as "três mulheres" e ter a confiança de todas como um doutor, amigo e confidente.
 

As melhores partes são as investidas da desinibida, porém inconveniente, Eva Black sobre o doutor, numa tentativa de seduzi-lo apenas para ver qual o alcance de seu poder. Além das cenas em que o doutor consegue controlar as três personalidades, trazendo à tona para uma conversa toda vez que se faz necessário. Em determinada cena Lee J. Cobb  e Joanne Woodward dão um show de interpretação quando Black & White submergem, uma após a outra em intervalos de minutos. Cena muito difícil de ser feita e que apenas um exagero na interpretação de ambos poderia por abaixo totalmente a credibilidade do filme.


Filme antigo de primeira que gerou até uma canção do extinto grupo musical Siouxsie and the Banshees que gravou a música "Eve White/ Eve Black".


Trailer: 






Eve White / Eve Black (Siouxsie and the Banshees) 





 
Curiosidades:
Lee J. Cobb  teve 2 indicações ao Oscar: Sindicatos dos Ladrões (1954) e Os Irmãos Karamazov (1958) na categoria Ator Coadjuvante.

Joanne Woodward foi indicada 4 vezes ao Oscar : As 3 (Faces) Máscaras de Eva (Oscar) ; Rachel, Rachel (1968); Lembranças (Summer Wishes, Winter Dreams) (1973) e Cenas de Família (Mr. & Mrs. Bridge) (1990) todas na categoria Melhor Atriz. Foi casada com o ator Paul Newman entre 1958 e 2008


A escritora Janete Clair, ao escrever a novela "Os Irmãos Coragem", baseou-se no livro "Os Irmãos Karamazov" de Dostoiévski para criar os irmãos e em "As Três Faces (Máscaras) de Eva" para criar Laura (Glória Menezes) que possuía três personalidades distintas.
 
Foi o primeiro filme de Joanne como protagonista


Cartaz:




Filmografia Parcial:
Joanne Woodward (1927):









As 3 Máscaras de Eva (1957); O Mercador de Almas (1958); Sublime Loucura (1966);  Rachel, Rachel (1968); O Preço da Solidão (1972);Se Não Me Mato, Morro! (1978); Meu Pai, Eterno Amigo (1984); Cenas de uma Família (1990); Filadélfia (1993);
 
Lee J. Cobb (1911–1976):









A Canção de Bernadette (1943); Sindicato de Ladrões (1954); 12 Homens e uma Sentença (1957);  As 3 Máscaras de Eva (1957); Os Irmãos Karamazov (1958); Exodus (1960); Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse (1962); A Conquista do Oeste (1962); Flint Contra o Gênio do Mal (1966); Meu Nome É Coogan (1968); O Ouro de Mackenna (1969); A Libertação de L. B. Jones (1970);  O Exorcista (1973)